- As acusações não são verdadeiras, eu sou inocente. É tudo armação, o delegado (irmão da suposta vítima) foi ao sítio sem ser convidado. Por volta das 4h, ele saiu, disparou um tiro e me deu voz de prisão. Só soube de tudo quando cheguei à delegacia
O meia chegou com 45 minutos de atraso à entrevista, acompanhado da mulher e do diretor executivo de futebol do Sport, Cícero Souza, e se mostrou bastante tranquilo e sorridente. Marcelinho agradeceu à direção do clube pelo apoio e aproveitou para pedir desculpas aos torcedores pelo acontecimento.
- Quero pedir desculpas às crianças, aos torcedores do Sport e ao povo brasileiro por esse tipo de situação. Que isso sirva de lição. Quero agradecer à direção do Sport por não ter me abandonado.
Marcelinho Paraíba acompanhado pelo Executivo de futebol do Sport, Cícero Souza (à esquerda) e do seu advogado, Afonso Villar (direita) (Foto: Aldo Carneiro)
O advogado do jogador, Afonso Villar, também falou e fez uma grave acusação:- Devido à fragilidade do conjunto de provas, o Marcelo foi solto. Hoje não existe nenhum processo contra o Marcelo. Caso o processo seja arquivado, não deixaremos isso passar em branco. Por sinal, se o Marcelo não tivesse sido solto, estaria numa cela com um rigor superior, pois o crime em questão é o de estupro. Marcelinho é vítima do corporativismo dos policiais.
Vestindo uma camisa com os dizeres "A vitória vem de Deus", Marcelinho disse ter conversado com os familiares assim que o caso se tornou público.
- Conversei com a minha mulher e disse tudo ao meu filho, que tem nove anos.
Carreira marcada por polêmicas
Esta não é a primeira vez que Marcelinho Paraíba se envolve em polêmica. Em janeiro de 2010, ele foi condenado a seis meses de prisão em regime aberto, acusado de agredir um homem em uma casa de shows de Campina Grande, em junho de 2004. Tal como agora, o atleta estava em sua cidade natal comemorando o fim da temporada (na época ele jogava no futebol europeu, cujo calendário termina no meio do ano) e se envolveu na briga.
Dois anos antes, em 2002, houve a primeira confusão grave. Marcelinho foi detido aparentemente bêbado, dirigindo em alta velocidade na Alemanha. Depois, já como atacante do Wolfsburg, também no país europeu, ele foi acusado de se envolver em uma briga numa boate de Berlim, em que teria quebrado uma garrafa de cerveja no rosto de outro cliente.
Marcelinho marcou 12 gols pelo Sport na Série B deste ano e foi determinante para o acesso à elite do futebol nacional. A festa que começou na tarde dessa terça era justamente para comemorar o acesso. O jogador pretendia voltar nesta quarta ao Recife para acompanhar uma partida de seu filho, que joga no futsal do Sport. Ele só voltaria a Campina na sexta para passar férias de 30 dias na Paraíba.
Globesporte.com / Varjota Esportes.
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