Criciúma faz 2 a 1 no Paraná e segue líder na Série B Jogando em casa, Tigre abre vantagem no primeiro tempo e segura adversário na etapa final. Tricolor se distancia


Um líder não é feito apenas de vitórias folgadas. Foi com dificuldade que o Criciúma venceu o Paraná por 2 a 1 neste sábado, no Heriberto Hulse, para se consolidar um pouco mais na ponta da Segundona. Em um jogo equilibrado, o time catarinense abriu vantagem no primeiro tempo e conseguiu controlar o oponente no período final.
Os três gols saíram em um intervalo de três minutos, na etapa inicial. Desta vez, Zé Carlos não marcou, mas ajudou. Ele participou dos dois lances que garantiram a vitória do Criciúma, com gols de Válber e Fransérgio. Wendel descontou para o Paraná.
Zé Carlos participa dos dois gols do Criciúma na partida (Foto: Fernando Ribeiro / Ag. Estado)
Com o resultado, o líder da Série B subiu para 29 pontos. O Paraná, com 18, é o nono, momentaneamente. Na próxima rodada, o Criciúma visita o Barueri, na sexta-feira, e o Paraná recebe o Ceará no sábado.
 
Três gols em três minutos
 
Sequer haviam transcorrido cinco minutos de jogo, e o Criciúma já lamentava dois gols anulados pela arbitragem no Heriberto Hulse. Era um sinal de que a primeira etapa distorceria as noções habituais de tempo. Seria um período com sucessão de lances em velocidade de relâmpago.
O Criciúma começou em cima. O quarteto ofensivo do time catarinense, com Kléber, Válber, Lucca e Zé Carlos, infernizou o adversário desde o início. Só abriu o placar aos 16 minutos, mas poderia ter chegado lá antes – em avanço de Lucca pela esquerda, em falta batida por Zé Carlos, em cabeceio de Matheus.
Mas quem marcou foi Válber. E graças a Zé Carlos, o principal jogador do Tigre, o artilheiro da Série B, com 14 gols. O atacante recebeu dentro da área e, marcado por dois defensores, deu um passe de camisa 10 para o colega, com o lado do pé. O meia aproveitou a assistência e mandou chute cruzado.
O porém é que era um primeiro tempo de respostas rápidas. O Paraná logo reagiu. Anderson chutou, Douglas Leite espalmou e Wendel aproveitou o rebote: 1 a 1.
Outro giro dos ponteiros, outro gol. Em seu primeiro ataque após ser vazado, o Criciúma voltou a assumir a ponta do jogo. E de novo com participação de Zé Carlos. Ele mandou o chute, o goleiro Luís Carlos deu rebote e Fransérgio apareceu bem para completar.
Depois de três gols em três minutos, o jogo se acalmou. As duas equipes erraram muitos passes no meio. O Criciúma seguiu mais incisivo, mas o Paraná também soube ameaçar. Ficou, porém, tudo para o segundo tempo.

Paraná ameaça
Necessitado de mudar o panorama do jogo, o Paraná voltou melhor para o segundo tempo. O time treinado por Ricardinho passou a rondar a área adversária. Tentou jogadas aéreas, mas sem sucesso. Arriscou com Wendel e depois com Cambará – também em vão.
O Criciúma, mesmo mais discreto do que na etapa anterior, tentou não recuar. Aos 16 minutos, Lucca poderia ter dado a tranquilidade que os catarinenses esperavam. Recebeu livre na área, mas bateu mal, torto, para fora.
Conforme passava o tempo, mais inseguro ficava o Criciúma. Paulo Comelli mexeu no time. Tirou Válber, Fransérgio e Lucca para colocar Diego Oliveira, Giovanni Augusto e Lins. Deu certo. O Tigre conseguiu domar o oponente.
Mas ainda levou um grande susto. Quando o jogo já se encaminhava para o fim, a bola sobrou na área para Wendel. O atacante paranista, livre, isolou. Era a prova de que o Criciúma, mesmo sem ser brilhante, venceria a partida. 

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