Zico volta à Gávea e reencontra Patricia em homenagem a Junior Galinho e a presidente rubro-negra dão apenas um aperto de mão na inauguração da arena de areia que leva o nome do Maestro


A homenagem ao amigo Junior, que emprestou o nome para a arena de futebol de areia inaugurada neste sábado, fez Zico retornar à Gávea pela primeira vez desde a sua saída conturbada do Flamengo em outubro de 2010, quando deixou de ser diretor executivo. Muito festejado por torcedores e antigos companheiros ao chegar, ele se reencontrou com a presidente Patricia Amorim, também presente no evento.
No único contato entre os dois, houve apenas um rápido aperto de mão, sem tempo para troca de palavras. Cada um ficou em um canto e, depois da inauguração da placa, Patricia Amorim deixou a Gávea, e Zico foi para o vestiário se preparar para o jogo festivo entre seleção brasileira de masters (com Adílio, Júlio César e Cláudio Adão) e uma seleção carioca (com Gottardo, Duílio e Arthurzinho).
Ao ser perguntado sobre o reencontro, o Galinho apenas disse que aceitou o convite por causa da amizade com Junior:
- Faço qualquer coisa por ele. Disse a ele que, caso estivesse no Rio, participaria. A instituição vem sempre em primeiro lugar - disse o Galinho, que chegou ao Rio na sexta-feira e não quis fazer comentários sobre o atual momento do time no Brasileiro. - Eu estava fora. Só vejo as manchetes. 
 Depois de ler uma placa de homenagem a Junior, o jogador que mais defendeu a camisa rubro-negra (876 vezes), a mandatária fez um agradecimento e citou Zico, que, de óculos escuros e braços cruzados, não demonstrou qualquer reação.
- Parabéns ao Cacau Cotta (vice-presidente do Fla Gávea e de Administração). Quando as coisas dão certo no Flamengo, damos nome. Neste caso é Cacau Cotta. Quando as coisas saem errada, é Patricia Amorim. Agradeço ao Zico em nome do Flamengo por prestigiar o amigo Junior. Quando formos fazer uma homenagem ao Zico, vamos ter que entregar a chave do clube - discursou Patricia Amorim.
Convidado por ela para o cargo de diretor executivo em maio de 2010, Zico pediu demissão cinco meses depois, sem esconder sua mágoa com a presidente. Na sua avaliação, ela pecou por não defendê-lo de acusações - dirigidas também a seus filhos - de supostas irregularidades em contratações e no contrato de parceria com o CFZ. As suspeitas foram levantadas na época pelo presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, conhecido como capitão Léo.
Junior, que começou sua trajetória esportiva nas areias de Copacabana, agradeceu a homenagem feita pelo clube - que deu à quadra o nome de Arena Maestro Junior. E espera que o local seja bem utilizado daqui para frente.
- Receber homenagem em vida tem uma importância maior. Minha origem foi na praia, é mais um reconhecimento para mim. Durante minha vida profissional, passei mais tempo aqui do que na minha casa. Ter este espaço com meu nome é motivo de orgulho. Independentemente de quem esteja aqui, a instituição vai permanecer. Que este espaço possa dar mais conquistas para o Flamengo. 

   Varjota  Esportes - Ce.    /     Globoesporte

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