Final da Copinha opõe 'superbase' do Corinthians e zebra montada 'em cima da hora'


 Corinthians e Batatais fazem a final da Copa São Paulo, nesta quarta-feira
© Montagem Gazeta Press Corinthians e Batatais  fazem a final da Copa São Paulo, nesta quarta-feira
Corinthians e Batatais, adversários na decisão da Copa São Paulo de futebol júnior, às 16h, nesta quarta-feira, no Pacaembu, fazem um verdadeiro duelo de contrastes. E não é clichê.
Isso porque enquanto o time corintiano esbanja tradição no torneio, sendo o recordista com nove títulos e em busca do décimo, o Batatais jamais teve alguma conquista relevante na categoria, disputa a Copa São Paulo pela terceira vez e ainda entrou "em cima da hora".
A Federação Paulista convidou o Fantasma da Mogiana, como é conhecido o time do interior, após a cidade de Cravinhos virar uma das sedes da fase de grupos do torneio (a distância para a cidade de Batatais é de 60 km ou apenas uma hora de ônibus).
"Entramos aos 48 minutos do segundo tempo na Copinha. Recebemos o convite da federação e tivemos apenas um mês para nos prepararmos", disse o presidente do Batatais, André Tofetti, por telefone, para o ESPN.com.br.
"Antes, o Batatais não era convidado porque não conseguia arcar os custos para ser sede, mas havia um pedido do clube para a federação pedindo para jogar a Copa, o que foi possível após Cravinhos virar uma das sedes da primeira fase", complementou.
A formação dos times também é outro contraste.
A diretoria corintiana investe cerca de R$ 20 milhões anuais nas base. Mantém o técnico Osmar Loss desde 2013 e tenta manter uma integração com o departamento profisisonal. O resultado tem sido visto. Foi campeão em 2012 e 2015 e vice em 2014 e 2016.
 Além disso, o clube viu seus jogadores valorizarem. Conforme mostrou o ESPN.com.br, o trio Guilherme Mantuan, Pedrinho e Carlinhos tem a maior parte da porcentagem dos direitos econômicos ligados ao Corinthians e foi responsável por 19 dos 28 gols do time.
Os três devem ser aproveitados por Fábio Carille no time profissional.
Já o Batatais afirma não ter gastos com a base porque conta com a empresa WG Sports como parceira, o que representa um respiro para a equipe que tem orçamento bem enxuto. Segundo o presidente, a previsão de gastos para a Série A2 é de R$ 90 mil por mês.
A parceira, no entanto, é polêmica porque é do vereador de Ribeirão Preto, Walter Gomes, que está preso por causa da Operação Savandija, da Polícia Federal.
"Não temos como investir na base sem receitas. Não gastamos nem com salários nem com viagens e infraestrutura. Tudo fica a cargo da nossa parceira, dos nossos patrocinadores, mas todos os jogadores têm contrato conosco", disse Tofetti.
O clube utilizou praticamente a mesma equipe que jogou o Paulista sub-20 e já prevê utilizar alguns na disputa da Série A2 deste ano. "Cinco serão promovidos ao profissional. Isso deve ocorrer já nesta sexta-feira, após a Copa", disse Tofetti. 
Mas as dificuldades são grandes. Em alguns jogos, os atletas tinham que revezar chuteiras por falta de equipamento para todos, segundo apurou a reportagem da ESPN.
Um exemplo de superação é o goleiro Gerson, que pegou seis pênaltis na Copinhas, chegou a abandonar o futebol em 2015 após perder a irmã, Emmanuelle, em um acidente de carro. Trabalhou para ajudar os pais, mas chegou a disputar o Paulista de 2016 por insistência de um amigo e, após a equipe ser eliminada, parou novamente. Mas foi convecido a retornar para a Copinha, mesmo acima do peso e com pouco tempo de preparação.
  • CAMPANHAS
As campanhas também foram distintas.
O Corinthians chega à final com oito vitórias em oito jogos, 28 gols marcados e seis sofridos. É o dono da melhor campanha, disparado.
Na fase de grupos, derrotou Taubaté, Operário-MS e Pinheiro-MA. Depois eliminou no mata-mata Manthiqueira, Coritiba, Internacional, Flamengo e Juventus.
Já o Batatais teve uma campanha mais difícil após uma boa primeira fase. Foram quatro vitórias, três empates e uma derrota, com 15 gols marcados e 13 sofridos.
Na fase de grupos, derrotou Sport, Comercial e Rio Claro. No mata-mata passou por Ferroviária (nos pênaltis), Sport, Ponte Preta (nos pênaltis) e Botafogo (nos pênaltis). Foi eliminado pelo Paulista, ao perder de goleada por 5 a 1, mas a equipe de Jundiaí foi excluída do torneio por ter o zagueiro Heltton (jogou como Brendon) com documentos falsos

 Varjota  Esportes - Ce.              /             MSN.

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