Fortaleza Esporte Clube NOTÍCIA Presidente do Fortaleza vê necessidade de redução salarial para jogadores durante paralisação Entretanto, ainda não há qualquer definição sobre qual será a porcentagem aplicada na remuneração e quando ocorrerá tal medida

Marcelo Paz, presidente do Fortaleza 
Marcelo Paz, presidente do Fortaleza (Foto: Xandy Rodrigues/Divulgação)
A diretoria do Fortaleza Esporte Clube avalia como necessária a redução salarial dos jogadores devido à pandemia do coronavírus, que resultou na paralisação do futebol brasileiro. Entretanto, ainda não há qualquer definição sobre qual será a porcentagem aplicada na remuneração e quando ocorrerá tal medida.
Redução salarial de 25% dos atletas é uma das propostas formuladas pela Comissão Nacional dos Clubes (CNC) para flexibilizar a remuneração de atletas e amenizar os prejuízos durante a quarentena. A CNC tem a participação de 48 clubes, incluindo o Fortaleza.
O presidente do Tricolor, Marcelo Paz, participou da última reunião da Comissão, realizada de forma virtual. "Entendo que é necessário que tenha algum tipo de redução de salário nesse período. Não tem como manter as receitas bem menores do que o normal e manter salários na mesma condição. Essa conta não fecha", afirmou o mandatário ao Esportes O POVO.
Apesar do entendimento, o dirigente explica que a situação requer diálogo. No momento, o Fortaleza estuda a melhor forma de aplicar a medida de redução salarial em meio à pandemia. A diretoria tricolor tem mantido conversas com os jogadores do elenco tricolor.
"Diálogo e compreensão são o melhor caminho. Mas tenho certeza de que todos os clubes terão dificuldades de manter suas obrigações a serem pagas em abril", diz Marcelo.
Outra proposta da Comissão é de férias coletivas para os jogadores de 20 dias, entre 1º a 20 de abril. A diretoria do Leão também avalia a situação, mas não tem nada decidido até o momento.
Para formular a proposta de redução salarial, a CNC se ancorou no Artigo 503, da Lei Trabalhista, que afirma: “É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25%, respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo da região”.
O documento elaborado pelo CNC afirma que as propostas levam em consideração “o cenário de dificuldades que se apresenta no Brasil a partir das previsões das autoridades sanitárias”, a Medida Provisória 927, editada pelo presidente Jair Bolsonaro, e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). As negociações da Comissão com os atletas são lideradas pelo presidente do Fluminense, Mário Bittencourt.
As propostas da CNC serão apresentadas à Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf). A entidade se posicionará nos próximos dias, de acordo com o desejo dos atletas. 

 Varjota Esportes - Ce.            /             O Povo.

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