O presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, admitiu nesta quinta-feira a possibilidade de a América do Sul perder uma vaga na próxima Copa do Mundo, mas negou que isso faça parte de uma negociação com a Fifa relativa à punição dada ao Boca Juniors na Libertadores.
O jornal “As”, da Espanha, havia noticiado que a Conmebol aceitara perder a quinta vaga sul-americana, que dá direito a uma repescagem, para suavizar o castigo ao Boca – a Fifa exigia uma sanção exemplar por causa do incidente em que jogadores do River Plate foram atacados com gás de pimenta no gramado da Bombonera no clássico válido pelas oitavas de final da Libertadores.
- Existe a possibilidade de perder a vaga, mas não por causa do tema Boca-River. Talvez nossa incapacidade política seja a culpada. Faz mais de 14 anos que nos querem tirar a vaga. Só queremos os 180 minutos (dos dois jogos da repescagem), a América do Sul só quer jogar, contra o rival que for. Vou defender o direito que tem a América do Sul, por sua história, de jogar 180 minutos – afirmou Napout, em entrevista ao canal “Fox Sports”.
O dirigente negou ainda que a Fifa tenha pressionado por um castigo maior ao Boca – especula-se que o pedido da entidade máxima do futebol era de cinco anos sem poder jogar competições continentais. No fim das contas, o clube argentino foi eliminado da atual edição da Libertadores, levou uma multa de 200 mil dólares, terá de jogar quatro partidas com portões fechados e outras quatro sem direito a ingressos de visitante.
- Isso é irreal. Blatter nunca ligou. Ele respeita a independência de cada uma de suas confederações. Tampouco existiu alguma ligação política – finalizou Napout.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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