Tifanny dá de ombros para críticas de jogadoras: 'A única importância que dou é para o COI'

Tifanny marcou 36 pontos pelo Bauru na derrota para o Hinode Barueri 
Alvo de críticas de torcedores e jogadoras por ser a primeira atleta transexual a disputar a Superliga de Vôlei, Tifanny, do Bauru, dificilmente consegue escapar da polêmica ao final das partidas. Não foi diferente na última sexta, depois da derrota por 3 sets a 2 para o Hinode Barueri, pelo returno da competição feminina. Mas a oposta garante: a única coisa que lhe interessa á a regra.
Jogadoras de peso como Tandara – com quem divide o posto de maior pontuadora em uma só partida da Superliga, com 39 pontos – e a bicampeã olímpica Sheilla já se pronunciaram contra a permissão dada a Tifanny para disputar a competição nacional. Questionada sobre a opinião das colegas, a jogadora do Bauru foi enfática.
“Eu não me importo porque essas críticas são o que elas sentem. Continuo gostando de todas. Para mim, não vai mudar nada porque a única importância que dou é para o COI. Enquanto o COI não mudar a lei, as críticas que vierem podem ser de quem for. Só tentam me colocar para baixo para desestabilizar meu jogo. Então, tento não prestar atenção. É a palavra delas e eu respeito.”  
Oposta do Bauru é a primeira transexual a disputar a Superliga
© Neide Carlos/Vôlei Bauru. Oposta do Bauru é a  primeira transexual a disputar a Superliga
Tifanny marcou 36 pontos no duelo com o Hinode Barueri. “Fico agradecida que a lei se cumpra. Não são 36 pontos por ser uma mulher trans; são 36 pontos por mudar meu estilo de jogo. Cada jogo tento mudar a forma de bloqueio. Quando faço o mesmo ataque que já foi marcado, paro na defesa ou no bloqueio. Tenho que buscar golpes novos. Então, na verdade, vai mais de experiência de ataque do que ser uma mulher trans... porque já não aguento mais segurar só essa barra.”
Antes de fazer a transição de gênero, a oposta se chamava Rodrigo e chegou a disputar a Superliga Masculina por Juiz de Fora e Nova Iguaçu, além da série B na Bélgica e campeonatos em Portugal, Espanha, França e Holanda, todos entre homens.
No início de 2017, já como Tifanny, recebeu a permissão da Federação Internacional de Vôlei para competir profissionalmente entre mulheres. Desde janeiro de 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI) permite a participação de mulheres trans em competições femininas. Uma das exigências é fazer controle hormonal para garantir que o nível de testosterona esteja adequado. 

 Varjota Esportes - Ce.          /           MSN.

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