VERSÃO IMPRESSA Tempestade tupiniquim: como o Brasil virou referência na elite do surfe mundial | Surfe | Com três títulos mundiais em cinco anos, Brasil se tornou referência no esporte. Para especialistas, tendência é que o domínio se amplie nos próximos anos

Gabriel Medina garantiu o bi mundial no Pipe Masters, na praia de Pipeline, no Havaí ED SLOANE/WSLGabriel Medina garantiu o bi mundial no Pipe Masters, na praia de Pipeline, no Havaí ED SLOANE/WSL
Três títulos mundiais nos últimos cinco anos, o salto de Gabriel Medina a astro do esporte e o melhor resultado da história do surfe brasileiro em 2018. O Brasil surfa na crista da onda da elite da modalidade e deve ampliar domínio nos próximos dez anos.

Em 2018, o paulista Gabriel Medina, 25, conquistou o seu segundo título mundial após uma temporada praticamente impecável, que culminou com vitória na etapa final. Além do bicampeonato, os brasileiros dominaram o circuito mundial (WCT) deste ano. De 11 etapas disputadas ao redor do mundo, nove foram vencidas por atletas tupiniquins. O ano terminou com com três brasileiros no top-5 da liga.

Campeão do circuito, Gabriel Medina venceu três etapas. Com o mesmo número de vitórias, o potiguar Ítalo Ferreira, 24, ficou na quarta posição geral do torneio. O paulista Filipe Toledo, 23, conquistou duas paradas do tour e terminou o campeonato com o bronze.

Metade dos 22 melhores surfista da elite do circuito mundial em 2018 foram brasileiro. No WCT, participam ainda dez atletas indicados pelo QS (divisão de acesso) e dois convidados da liga, ampliando ainda mais a presença brasuca nas águas. Em 2019, o Brasil terá novamente 11 representantes na liga principal.

Mas o que levou o Brasil a se tornar uma potência do surfe, sobressaindo-se em meio aos gigantes das águas Estados Unidos e Austrália? "O Brasil se tornou uma potência muito por conta do amadurecimento e a evolução do esporte. Por aqui chegou um pouco mais tarde do que Austrália e Estados Unidos. Estamos vivendo hoje a primeira geração de filhos de surfistas. Houve uma desmitificação do esporte, agora mais atrativo para a molecada e menos proibido pelos pais", afirmou o jornalista Tiago Brant, apresentador do programa Série ao Fundo, no Youtube.

Ex-surfista da elite e comentarista dos canais ESPN e do programa Série ao Fundo, Renan Rocha explica que as gerações passadas foram construindo o espaço no surfe mundial. "Antigamente, não tinha internet, nem conhecimento. Era tudo muito novo. Era um circuito só com norte-americanos e australianos. De repente chegam dois, três brasileiros, depois nove. E fomos conquistando espaço de uma forma meio viking", diz ele.

Para Renan, o domínio do Brasil no esporte está apenas começando. "Na real, nós somos os caras do esporte. Temos o superatleta do momento (Medina). Vai haver um domínio por pelo menos mais dez anos. Os moleques estão com 23, 24 anos. Até o momento, não tem ninguém (de outros países) entrando no nível dos brasileiros", crava.

Brasileiros na elite em 2019

Gabriel Medina
Adriano de Souza
Filipe Toledo
Ítalo Ferreira
Willian Cardoso
Michael Rodrigues
Yago Dora
Jessé Mendes
Peterson Crisanto
Deivid Silva
Jadson André

TÍTULOS BRASILEIROS
2014 - GABRIEL MEDINA
2015 - ADRIANO DE SOUZA
2018 - GABRIEL MEDINA

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