Grêmio revive pressão interna e marca reunião para debater Luxa Após eliminação na Libertadores, críticas feitas ao técnico na queda para o Juventude, no Gauchão, voltam a ocupar ambiente tricolor


Não precisava nem conversar, bastava olhar. A expressão dos dirigentes Marcos Chitolina e Rui Costa na zona mista do El Campín, após a derrota para o Santa Fé, em Bogotá, indicava, além da decepção pelo resultado, a certeza de que a pressão interna pela eliminação da Libertadores voltaria ao ambiente do Grêmio. Com ressalvas ao trabalho de Vanderlei Luxemburgo, o presidente Fábio Koff decidiu marcar uma reunião com os dirigentes do futebol e o próprio treinador. Disse que "talvez não resida em Luxemburgo o problema maior", mas também não garantiu a permanência do comandante.
- Não faria qualquer manifestação neste sentido. Vamos fazer uma reunião, sentar e conversar - afirmou Koff.
É provável que o encontro ocorra neste sábado – a delegação tem chegada prevista a Porto Alegre para a meia-noite de sexta-feira. Não há local nem horário definidos. A única certeza é a de que chegou o momento de uma análise profunda.
- Vamos falar sobre os problemas, o motivo da atuação, o motivo do resultado. Eu tenho a minha opinião. Todo mundo dá a sua. Vamos fazer uma avaliação. Fazemos isso sempre, faremos agora de novo. Pode ser sábado, domingo ou segunda. Futebol, porém, eu discuto com o presidente. Cuido da minha área. O que pensam os outros vice-presidentes, isto é assunto do presidente – disse um abatido Chitolina, o assessor de futebol.
Foi a mesma linha adotada por Rui, diretor executivo de futebol, que, praticamente a cada resposta, recebia uma mensagem no celular. Possivelmente com repercussões vindas desde a capital gaúcha:
- Quem critica é testemunha do trabalho que estamos fazendo. Renovamos contrato com uma comissão técnica vencedora, fizemos grandes investimentos. Nosso sentimento é o mesmo de todos: tristeza. Agora, a eliminação é uma questão muito mais ampla do que a simples análise do treinador.
A eliminação para o Juventude, no Estadual, no final de abril, já havia gerado críticas a Luxa – amenizadas pela vitória por 2 a 1 sobre o Santa Fé, no jogo de ida das oitavas do torneio sul-americano. Entre os 14 grupos políticos que elegeram Koff, há restrições ao treinador. A maior crítica é a falta de titulos em 15 meses de trabalho, embora tenha conseguido uma vaga na Libertadores. Desde a época da renovação de contrato por duas temporadas, membros da direção e conselheiros se mostravam contrários à continuidade do projeto.
O Grêmio tem no Brasileirão – estreia dia 26 contra Náutico – e na Copa do Brasil – entrará nas oitavas em agosto – as próximas chances de voltar a conquistar título. Desde 2001, ano do tetra da Copa do Brasil, não há uma taça de relevância. O último caneco levantado foi o Estadual de 2010. 

 Varjota  Esportes - Ce.            /             Globoesporte

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