VERSÃO IMPRENSA Jogando no ataque Leão na frente com modelo de jogo ofensivo, o fortaleza tem evitado ataques dos adversários. Defesa não é vazada desde que Rogério Ceni assumiu o comando do time

ROGÉRIO CENI orienta jogadores a reduzirem espaços do adversário durante a partida   MATEUS DANTASROGÉRIO CENI orienta jogadores a reduzirem espaços do adversário durante a partida MATEUS DANTAS 









Ainda não faz 30 dias desde que Rogério Ceni assumiu o comando técnico do Fortaleza - ele completa um mês no cargo amanhã -, mas seu trabalho já surte efeito no time. Em dois jogos realizados no Campeonato Cearense, são duas vitórias, e sem sofrer gols.

Levando em conta os dois amistosos realizados na fase de pré-temporada, contra Juazeiro e Gama-DF, o Leão fez quatro partidas perfeitas (sem levar gols) sob o comando do ex-goleiro. O estilo de jogo de Ceni está longe de ser a retranca, que justificaria facilmente o não vazamento da defesa. Pelo contrário, o ídolo do São Paulo é adepto do futebol ofensivo, que busca o gol o tempo inteiro, como ele mesmo descreveu ao fim da goleada por 7 a 0 sobre o Juazeiro, primeiro teste que realizou com o time que montou. Na época, o técnico tricolor destacou a pressão sufocante feita sobre o frágil adversário, atualmente sem divisão, que não conseguiu nenhuma finalização.
Contra o Gama, que se preparava para largar no Campeonato Brasiliense, foi diferente. Apesar de jogar melhor e aplicar 3 a 0, o Fortaleza foi atacado e o goleiro Marcelo Boeck precisou fazer pelo menos duas defesas de maior grau de dificuldade.  
Cenário parecido com a estreia no Estadual, contra o Uniclinic, que terminou com outra goleada (4 a 0). Ao menos duas cobranças de falta de Tiago Garça deram trabalho ao arqueiro tricolor. 
“Você pode conter uma equipe adversária com a bola em jogo, mas quando a bola para, através de falta e escanteios, qualquer equipe consegue levar perigo a você”, justificou Rogério Ceni, em coletiva, reforçando que “cada vez que o Fortaleza entra é para propor jogo e dar ritmo ao jogo”.  
A estratégia faz sentido. Se o Fortaleza pressiona na maior parte do tempo, não pode ser pressionado. O conceito é interessante, mas não novo. É apenas uma adaptação do “a melhor defesa é o ataque”. 
Para seguir nessa linha, entretanto, é necessário preparo físico. Tanto contra o Gama quanto contra o Maranguape, o Leão sentiu no segundo tempo - com o próprio Ceni admitindo - e cedeu espaços para o adversário.  
Quem mais correspondeu quando necessário na defesa até aqui foi o goleiro Marcelo Boeck. Suas defesas já evitaram pelo menos três chances de gol no Cearense. O camisa 1 do Fortaleza acredita em um equilíbrio tático do time. 

“Estamos muito seguros em todos os setores, mas cientes de que é preciso melhorar ainda mais”, defende. Boeck admite que a atuação do meio para frente da equipe tem contribuído para a defesa impecável do Tricolor. 

BRENNO REBOUÇAS 

VARJOTA ESPORTES - CE.       /     O  POVO.

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