Oswaldo vê classificação como divisor de águas e crava: “Estamos prontos” Treinador do Palmeiras destacou a motivação e a confiança adquirida pelo elenco depois de eliminar o Corinthians na casa do rival


 

Oswaldo de Oliveira vinha mantendo a cautela em suas entrevistas até a semifinal do Campeonato Paulista, mas a classificação sobre o Corinthians, na casa do rival e na disputa por pênaltis, fez com que o treinador mudasse o tom. Após o desafio vencido neste domingo, o comandante alviverde tem certeza de que seu elenco está pronto para conquistar um título. 
– Sim (está pronto para ser campeão). Por isso estabeleci esse jogo como divisor de águas. Estamos prontos. É a confirmação daquilo que venho tentando convencer os jogadores, convencer daquilo que eu coloco para eles. Uma vitória assim, da maneira que aconteceu, enche a equipe de confiança e motivação para chegar nas finais – avaliou Oswaldo de Oliveira após a classificação. 
CONFIRA A CRÔNICA DA CLASSIFICAÇÃO ALVIVERDE
O treinador admitiu que ainda não havia levado em consideração a importância da classificação deste domingo, concretizada no estádio em que o Corinthians mantém uma série de 31 jogos de invencibilidade.
– É realmente muito importante, sim. Ainda não tinha levado a consideração da importância, é o divisor de águas. Ouvi essa expressão várias vezes. Temos de valorizar muito. O Corinthians é uma equipe muito difícil de ser batida, fazer dois gols neles é uma tarefa bem complicada – acrescentou o comandante. 
Oswaldo também falou sobre o poder de reação de seu time, que saiu à frente do marcador, com Victor Ramos, mas sofreu a virada ainda no primeiro tempo. Na volta do intervalo, Rafael Marques apareceu dentro da área e deixou tudo igual, levando a decisão aos pênaltis.
– Tivemos dificuldades capitais que mudaram nossa forma de jogar. Pelo aspecto de motivação e moral, é uma vitória muito importante que vai nos ajudar. Muda o clima, muda a atmosfera, todo mundo fica mais confiante – destacou o técnico palestrino.
Confira a íntegra da entrevista coletiva:
Corinthians x Palmeiras  (Foto: Marcos Ribolli)
Oswaldo de Oliveira acredita que o Palmeiras está pronto para ser campeão (Foto: Marcos Ribolli)
O QUE REPRESENTA A VAGA?
É realmente muito importante, sim. Ainda não tinha levado a consideração da importância, é o divisor de águas. Ouvi essa expressão várias vezes. Temos de valorizar muito. O Corinthians é uma equipe muito difícil de ser batida, fazer dois gols neles é uma tarefa muito difícil. Tivemos dificuldades capitais que mudaram nossa forma de jogar. Pelo aspecto de motivação e moral, é uma vitória muito importante que vai nos ajudar. Muda o clima, muda a atmosfera, todo mundo fica mais confiante.
DEDO DO TÉCNICO
Posso considerar que o técnico teve interferência. Perdemos o Lucas no intervalo, não era uma coisa prevista. Tínhamos uma limitação muito grande no banco também. O Gabriel marcou bem o menino colombiano, foi até bom. A presença do Robinho ao lado do Arouca e do Cleiton, nosso time ficou com mais volume, mais qualidade. Depois, quando senti que o Valdivia não tinha mais condições de prosseguir na partida, fiz outra substituição também previsível. O Cleiton iria entrar no lugar dele.
MARCAS ATINGIDAS PELO PALMEIRAS
A diretoria do Palmeiras tentou mudar o clima, o ambiente, e o esforço foi muito grande. Isso me deixou muito otimista. Com tantas coincidências positivas, isso valoriza muito mais.  Ainda temos dois jogos importantes para decidir o campeonato e valorizar tudo o que conseguimos hoje.
RESULTADO
O resultado é o que rege as coisas no futebol. Você trabalha com afinco e as coisas acabam acontecendo. Isso valoriza muito o trabalho de todos do Palmeiras. O reconhecimento sempre resplandece pontos importantes do trabalho. Todo mundo fica valorizado.
ANTES DOS PÊNALTIS, O QUE ROLOU?
Normalmente, a gente procura tirar o estado de equilíbrio. Quando você vai para um momento decisivo, o jogador precisa estar bem no emocional, no psique. Dependendo do jogador, se ele for estimulado, se agiganta e perde o medo. Por outro lado, se deixar que ele reaja sozinho, pode se deprimir e perder a confiança. Usei algumas palavras ali só para jogar o moral para cima. Que olhassem para trás tudo o que fizemos desde a pré-temporada.
PRONTO PARA SER CAMPEÃO?
Sim. Por isso estabeleci esse jogo como divisor de águas. Estamos prontos. É a confirmação daquilo que venho tentando convencer os jogadores, convencer daquilo que eu coloco para eles. Uma vitória assim, da maneira que aconteceu, enche a equipe de confiança e motivação para chegar nas finais.
PÊNALTIS 
Selecionamos pênaltis do Cristian na Turquia, procuramos colher na internet as cobranças de todos os jogadores. O Fernando Prass viu isso, o Jaílson também. Observamos o Cássio também, é um goleiro dificílimo de ser batido, pela agilidade. Foram sete cobranças convertidas, e é muito difícil converter tantas cobranças contra o Cássio.
RAFAEL MARQUES
Esse reconhecimento é muito importante para mim. Admito que no Botafogo houvesse restrições, porque era um jogador desconhecido, tinha jogado na Turquia e no Japão. Houve um momento de instabilidade, voltou depois de muitos anos fora do Brasil. Lá no Botafogo já achei injusto, era uma coisa desmedida. Muita brincadeira porque ele era grande. Lá me aborreceu, aqui eu tenho tentado isolar. Não dou muita atenção a isso. 
Por isso os treinadores têm de ser levados mais à sério nas suas atitudes. Às vezes você pensa e não dá certo, às vezes dá. Depois do que ele mostrou no Botafogo, não se justifica fazer qualquer tipo de crítica. E ele tem mostrado isso. Parece que há um pouco de mania, as pessoas olham para trás para refletir alguma coisa pessimista.                          
RISCOS QUE O TIME CORREU
Precisava correr o risco, era inadmissível que eu não tentasse. Se levássemos um gol, já estávamos perdendo mesmo. Se fizesse, buscaria a classificação. Você tem de botar a cara para bater, hoje correu tudo bem. Hoje o maior risco foi o Kelvin na lateral esquerda, eu nem tinha testado ele por ali. Não deu para fazer esse tipo de experiência com ele. 
DISCIPLINA TÁTICA DO TIME
Eu os tento convencer a fazer as coisas. No Japão você tinha de mandar o jogador ousar, porque ele cumpria tudo direito. Aqui é o contrário, você tem de fazer eles executarem algumas coisas. Tem de cumprir. 
FORÇA DO ELENCO
Sou obrigado a caricaturar meu amigo Muricy: é trabalho! Vamos para o campo, a gente insiste, insiste, repete os trabalhos de compactação, oito contra oito, nove contra nove. Procuramos provocar o tempo todo a transição, tanto ofensiva quanto defensiva. Por isso fico muito satisfeito. É importante tentar fazer o jogador entender que ele precisa reagir muito rápido. Normalmente, nossos jogadores demoram a fazer isso, não reagem imediatamente. Isso temos de trabalhar muito para conseguir fazer, e eles estão dando essa resposta. 


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