Chegada de Bauza vira modelo, e São Paulo pode terminar ano sem reforços Diretoria mantém silêncio adotado na contratação do técnico, ignora cobranças por pressa e, sem dinheiro, exercita a criatividade para conseguir formar elenco para 2016

 
Buffarini, lateral-direito do San Lorenzo  (Foto: Diego Guichard)Buffarini, lateral-direito do San Lorenzo, agrada à diretoria do São Paulo (Foto: Diego Guichard)
Em silêncio e sem a pressa cobrada por boa parte dos torcedores, o São Paulo anunciou seu novo técnico, o argentino Edgardo Bauza. É dessa mesma forma, sigilosamente e dando de ombros a quem acusa atraso no planejamento, que a diretoria trabalha para reforçar o grupo.
Com problemas financeiros, o departamento de futebol admite que nunca teve tanta dificuldade para formar um elenco. Participar de disputas financeiras, como Grêmio, Flamengo e Fluminense estão travando, por exemplo, pelo zagueiro Henrique, é inviável. Contratar sete reforços antes do Natal como o vizinho Palmeiras, então, nem se fala. A palavra no São Paulo é "criatividade".
A diretoria não sentiu, dessa vez, a mesma receptividade de outrora para fazer trocas como as de Jadson por Pato ou Rhodolfo por Souza, consideradas bem sucedidas internamente. Por isso, a não ser que alguma negociação clareie muito nos próximos dias, a possibilidade de terminar o ano sem reforços é grande e tratada com naturalidade pelos dirigentes.
Lugano, desejado por quase a totalidade da torcida, continua tendo sua situação monitorada de perto. Como ele tem contrato em vigência com o Cerro Porteño, o São Paulo toma todo cuidado para não infringir nenhuma regra numa possível negociação.
Cientes do desejo de uma reformulação econômica, empresários acionam o clube por toda parte. Bastou Edgardo Bauza assumir e cinco agentes se apresentaram como soluções para a contratação do lateral-direito Buffarini, destaque do San Lorenzo comandado pelo argentino. O São Paulo tem interesse, mas tenta fugir de intermediários para baratear o negócio.
Patón deixou claro à diretoria que perfis de jogadores precisa e/ou gosta de trabalhar. Um zagueiro com facilidade de atuar pelo lado esquerdo, por exemplo, já que para a direita o clube tem Rodrigo Caio, Lucão, Breno e Lyanco, em quem deposita-se muita esperança. Outra posição na mira é o ataque, preferencialmente atletas que atuem pelos lados e tenham força física.
Aliviado com um fim de ano bem melhor e sem os escândalos que marcaram a gestão anterior, o São Paulo vive clima de otimismo para 2016, mas sabe que ainda vai sofrer por algum tempo as consequências da bagunça financeira de muitos anos atrás.
São Paulo Edgardo Bauza  aponta (Foto: Marcos Ribolli) 




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