37ª RODADA CRICIÚMA VOLTA À SÉRIE A COM AJUDA DO GOIÁS, E FURACÃO ADIA O ACESSO Empate em 1 a 1 entre Esmeraldino e Azulão não permite que Tigre saia mais do G-4, enquanto Atlético-PR depende só de si diante do Paraná


Os torcedores do Criciúma queriam a vitória, mas o empate em 0 a 0 contra o Atlético-PR, neste sábado, no Estádio Heriberto Hülse, serviu para garantir o acesso do Tigre para a Série A do Campeonato Brasileiro em 2013, após oito anos afastado da elite do futebol nacional. Com a defesa do Furacão tendo uma ótima atuação ao longo da partida, restou ao time catarinense contar com uma ajudinha do Goiás para conseguir a tão sonhada classificação. O time esmeraldino não permitiu que o São Caetano ganhasse, no Anacleto Campanella. Com o empate em 1 a 1 na partida realizada em São Paulo, os torcedores do Criciúma puderam finalmente comemorar. Já o Atlético-PR deixa a definição da sua vaga para o clássico da última rodada contra o Paraná.
A tensão foi um sentimento presente desde o primeiro apito do árbitro Márcio Chagas da Silva. O Criciúma não conseguia se desvencilhar da marcação dos visitantes. Foram poucos os lances de perigo na etapa inicial. Já no segundo tempo, o jogo no Heriberto Hülse ficou em segundo plano, pois a torcida do Tigre estava mais interessada no placar do jogo do São Caetano, no Anacleto Campanella. A partir dos 35 minutos, o resultado do jogo contra o Atlético-PR pouco importava mais, pois o Azulão não tinha conseguido a vitória, garantindo o acesso da equipe catarinense. O Atlético-PR, por sua vez, correu atrás do placar para chegar na Série A por antecipação, mas não conseguiu sair do 0 a 0.
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O Criciúma ainda tem uma pequena chance  de conquistar o título da Série B, mas precisa passar pelo Avaí, no próximo sábado, às 16h20m (de Brasília), na Ressacada, e torcer pela derrota do Goiás em casa para o rival catarinense Joinville. Já o Atlético-PR espera garantir o seu retorno à elite do futebol brasileiro no clássico diante do Paraná, no mesmo dia e horário, no Ecoestádio.
Luiz Alberto e Zé Carlos disputam bola no Heriberto Hülse (Foto: Fernando Ribeiro / Agência Estado)
Tensão e pouco perigo na primeira etapa
Com mais de 10 minutos de atraso, a bola começou a rolar no Heriberto Hülse. Logo no primeiro lance do jogo, os torcedores do Tigre se animaram. Eric cobrou falta lateral no meio da área atleticana, e Ozéia desviou. O goleiro Santos defendeu parcialmente, e a defesa afastou o perigo. Aos sete minutos, o Criciúma balançou a rede, mas o assistente Rafael da Silva Alves marcou impedimento de três jogadores do time catarinense. Já o Furacão tocava pelo meio e procurava as escapadas pelas laterais, sobretudo com Marcelo.
Com o andamento da partida, o ritmo caiu e o nervosismo foi controlado sem lances de muito perigo. Os jogadores do Criciúma paravam constantemente na linha de impedimento feita pelo Atlético-PR. Para quebrar o marasmo da disputa no meio de campo, Kléber enfiou para o lateral-esquerdo Marlon, que iria sair na cara do goleiro. No entanto, Luíz Alberto botou o pé no caminho e derrubou o tricolor. Falta para Zé Carlos cobrar aos 42. O artilheiro chutou colocado, e o goleiro  Santos, que fazia a sua primeira partida nesta Série B, soltou. Mas o substituto de Weverton, suspenso, se recuperou e conseguiu fazer a defesa antes da chegada dos catarinenses.
O lance animou os donos da casa. A torcida pediu pênalti quando Lins recebeu passe de Zé Carlos e foi interceptado por Pedro Botelho. Com poucas chances, o empate parcial pareceu justo e bom para o Criciúma, que estava na Série A com os resultados daquele momento.

Um olho no jogo e o outro em São Caetano
O Atlético-PR voltou para a segunda etapa com a tradicional camisa listrada em vermelho e preto no lugar da branca. Mesmo precisando da vitória, as equipes não mudaram suas formações. Alteração maior aconteceu na classificação. Tão logo a bola rolou de novo, o São Caetano abriu o placar contra o Goiás, o que obrigava os dois times a buscar o triunfo para não deixar o acesso para a última rodada. Quem partiu para o ataque primeiro foram os atleticanos. Felipe passou por um e chutou rasteiro e cruzado, aos quatro. A bola passou por toda a pequena área, mas ninguém conseguiu alcançar.
Enquanto o Criciúma tentava chegar ao gol em lançamentos ou numa falha atleticana, o Furacão mantinha a marcação avançada e seguia trocando passes até chegar à área tricolor, irritando a torcida do Tigre. O alívio chegou com o empate do Goiás no Anacleto Campanella. O gol de Amaral minimizou o temor causado pela jogada lateral de Elias, que Pedro Botelho quase transformou em gol, aos 15 minutos. Marcão também tentou vazar Michel Alves, no lance seguinte. Já aos 18, Marcelo soltou a bomba, mas o goleiro do Criciúma defendeu. Com o resultado favorável em São Caetano, as ameaças do Furacão não minimizavam as esperanças dos tricolores.
Mas os donos da casa queriam uma festa maior. Por isso, o técnico Paulo Comelli mandou Gilmar para o jogo e colocou três atacantes para tentar o gol. No entanto, a vibração pelo acesso estava reservada para os 28 minutos. Não porque a zaga conseguiu evitar o tento atleticano, quando Michel Alves ficou vendido na jogada, mas sim porque Harlei, do Goiás, defendeu o pênalti que poderia dar a vitória ao São Caetano e tirar a vaga catarinense na Série A.
No ritmo da festa do torcedor, o Criciúma encontrou forças para ameaçar o gol de Santos. O Atlético-PR mantinha o empenho. Mas, no fim, ninguém conseguiu sair do zero. O placar mais chato do futebol foi o mais feliz para o torcedor do Tigre nesta Série B.       


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