Quem é Weverton Guilherme, o jovem lateral do Cruzeiro que deu caneta em Neymar na seleção

Weverton Guilherme posa ao lado de Neymar em vestiário da Granja Comary, em Teresópolis© Reprodução/Instagram Weverton Guilherme posa ao lado de Neymar em vestiário da Granja Comary, em Teresópolis
Weverton Guilherme fechou a terça-feira com mais de 15 mil seguidores em sua conta no Instagram. Horas antes, o número era pouco superior a 8 mil. O motivo do “boom” foi uma caneta aplicada em ninguém menos que Neymar em treino da seleção brasileira.
Na Granja Comary, as atenções estavam todas voltadas para os 16 de 23 convocados para a Copa América, que treinavam pela primeira vez em campo – até então, só nove estavam à disposição. Já Weverton é um dos dez jovens chamados para completar as atividades.
O lateral do Cruzeiro, de apenas 19 anos, vinha tendo participação discreta até então, como os demais garotos. Até que viralizou, no termo das redes, em trabalho em campo reduzido com a seleção, quando colocou a bola entre as pernas de Neymar, que o puxou e o levou ao chão.
Quando foi anunciado como um dos dez que completariam os treinos da seleção no início da preparação em Teresópolis, Weverton revelou ter Daniel Alves como referência em sua posição. Não teve a chance de tirar uma foto com o ídolo, mas o fez com o próprio Neymar.

“Vivendo um sonho de criança”, escreveu o lateral-direito, há dois dias, em seu Instagram, na legenda das fotos com Neymar, Casemiro e Gabriel Jesus no vestiário da Granja Comary.
Weverton chamou a atenção da comissão técnica da seleção, principalmente, pela campanha do Cruzeiro na Copa do Brasil sub-20, o vice-campeonato perdendo a final para o Palmeiras. Antes disso, o jovem já havia tido boas passagens por Internacional e Figueirense.
O acerto para vestir a camisa celeste aconteceu no último mês de março. O Cruzeiro acertou a compra de 60% dos direitos econômicos do lateral por R$ 720 mil. O valor foi parcelado em três vezes, sendo que apenas a primeira já foi quitada. O vínculo é válido até 2023.
Os outros 40% do jogador pertencem ao Santa Cruz, de Alagoas, da cidade de Barra de São Miguel, que é administrado pela empresa Paes Soccer, dos empresário Thiago e Daniel Paes.

“Ele foi levado para Barra de São Miguel, onde treinávamos. Vimos, gostamos e jogou campeonato sub-17 conosco. Depois, levamos para o Internacional para fazer avaliação e ficou. Foi emprestado, com opção de compra, por dois anos”, lembra Daniel, ao ESPN.com.br.
No Inter, Weverton disputou a Copa São Paulo de 2018, indo até a semifinal, e foi duas vezes campeão gaúcho sub-20. Sem acerto pela permanência, porém, acabou partindo rumo à Holanda, onde passou por testes no PSV. Durante as avaliações, contudo, acabou tendo um problema físico, o que acabou minando suas chances – além de não ter passaporte europeu.
No retorno ao Brasil, contou com a ajuda de Fabio Matias, técnico com quem havia trabalhado no Inter e estava nas categorias de base do Figueirense. Ainda ligado ao Santa Cruz e a Paes Soccer, se transferiu para Santa Catarina, onde viveria os momentos de maior destaque.
Foi com a camisa do Figueirense também que passou a trabalhar com o empresário Nenê Zini, do grupo BN Zini, o mesmo que administra a carreira de Roberto Firmino, outro alagoano com passagem pela equipe catarinense. Na Copinha de 2019, inclusive, mais uma vez foi longe, até as quartas de final, em campanha que inclui vitórias sobre Flamengo e Palmeiras.
No Figueirense, inclusive, chegou a fazer uma partida no time profissional, mas não conseguiu manter o espaço. Em março, com a proposta do Cruzeiro, se transferiu mais uma vez e, com boas atuações na Copa do Brasil da categoria, chegou aos treinos com a seleção.
“É um menino que vem trabalhando, está em uma crescente desde o ano passado. Fez uma Copa do Brasil excelente, e esse trabalho que a seleção vem fazendo é especial. Isso motiva os jovens em continuar se dedicando”, elogiou Zini, o empresário em comum do lateral e Firmino.
A visão de quem trabalha com Weverton é que ele ainda tem muito a crescer no Cruzeiro, com perspectiva de integrar trabalhos com o profissional ainda em 2019. Já em relação a caneta dada em Neymar na terça, a opinião de Zini e de Paes é a unânime.
“Mostra personalidade, talento, ousadia. Um futebol alegre, que acho que essa geração tem mostrado muito potencial”, disse o agente. “A gente fica orgulhoso pela personalidade, de ele não se intimidar, treinando contra um ídolo, referência no Brasil”, completou Paes.
No treino desta terça, depois da caneta em Neymar que acabou com puxão e falta, Weverton foi trocado de time com Daniel Alves, passando, então, a atuar na mesma equipe do craque do PSG – e evitando novos encontros entre o atacante e o jovem lateral na atividade. 

 Varjota Esportes - Ce.           /           MSN.

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