O Fortaleza ainda não é o time competitivo que pode ser com o elenco que está montando. E o São Benedito está longe de ser um postulante à segunda fase do Campeonato Cearense e seria uma zebra em letras garrafais se tirasse uma vaga de Icasa, Horizonte ou do próprio Leão. Esse é o raio-x do jogo entre os dois times que terminou com uma vitória sofrida através de gol nos acréscimos. Com o placar de 3 a 2, o Leão venceu, mas não convenceu a torcida, na noite deste domingo (18), no Estádio Presidente Vargas, pela segunda rodada do Campeonato Cearense.
Atacante Cássio marca gol aos 48 minutos e decreta vitória tricolor (Foto: Kid Júnior/ Agência Diário)
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Carente de uma defesa segura e com meio-campo pouco criativo, o Fortaleza foi refém dos próprios passes errados, das assistências equivocadas e das mal executadas. O São Benedito era carente de mais técnica, mas conseguiu complicar a vida tricolor. Só não foi além porque os jogadores já não conseguiam trocar mais do que três passes nos minutos finais.
O resultado deixa o Tricolor do Pici em primeiro lugar junto com o Horizonte, com quatro pontos. Icasa e Quixadá (estes dois últimos com apenas um jogo) têm um ponto. O São Benedito não soma pontos.
Na próxima rodada, o Fortaleza vai a Juazeiro do Norte encarar o Icasa, na próxima quarta-feira (21), a partir das 20h20min, no Estádio Romeirão. O São Benedito vai a Iguatu jogar com o Quixadá, no Estádio Agenorzão, no mesmo dia e horário do jogo do Leão do Pici.
Gol, apesar das trapalhadas
Os primeiros 15 minutos foram um festival de trapalhadas. A não ser pela oportunidade desperdiçada por Uilliam, os dois times pouco ousaram e brincaram de errar passes e finalizar mal. Só com o gol do Fortaleza, aos 16 minutos, em nova falha da defesa do São Benedito, é que a partida começou a fluir de fato. O volante do time da serra se atrapalhou e seu companheiro precisou fazer falta. Corrêa cobrou, Cássio cabeceou, Fábio Lima espalmou e Lima teve a calma de só completar para as redes.
Atacante tricolor faz primeiro gol com a camisa do Fortaleza (Foto: Kid Júnior/ Agência Diário)
A partir da mudança de placar, naturalmente, o Fortaleza ganhou mais volume de jogo no setor ofensivo. O Azulão da Serra tomou de vez a atitude defensiva e chegou menos vezes ainda. E quando chegou foi mais por falha do meio-campo tricolor do que por méritos. Nessas horas, Nedo Xavier levava as mãos à cabeça como se temesse que seu time pudesse complicar um jogo que se encaminhava para ser fácil de vencer.
Do outro lado, Argeu dos Santos pouco alterava sua fisionomia. Sabia das dificuldades técnicas do São Benedito. E parecia mesmo era "ganhar o dia" cada vez que o ataque tricolor desperdiçava oportunidades de gol. Uilliam, por exemplo, ainda perdeu chance quase debaixo do gol e com Fábio Lima fora da jogada. Foi preciso que Corrêa pedisse mais calma à torcida inflamada que vaiava e xingava o atacante por mais um erro. Depois, houve aplausos até o apito do árbitro.
São Benedito reage, mas sofre gol nos acréscimos
Na volta para o segundo tempo, a torcida cansou de reclamar de Uilliam. Já tinha terminado a etapa inicial duvidosa e, com um minuto, viu-o perder novo gol após Fábio Lima bater roupa. Bateu palmas para não vaiar. Mas, no lance seguinte, essa mesma torcida bateria palmas em homenagem a Pio. Melhor do meio-campo tricolor, ele recebeu livre na entrada da área e bateu colocado. Nenhuma chance para Fábio Lima. A partir dali, o Leão cresceria em campo para tentar engolir o adversário.
Mas o São Benedito acabou se mostrando um adversário indigesto depois do segundo gol sofrido. Muito também porque o Tricolor do Pici se acomodou e voltou a ser o mesmo dos primeiros 15 minutos de partida: desatento e perdendo bolas de fácil domínio. O resultado foi que o Azulão ganhou escanteio, aproveitou falha da defesa e diminuiu com Wescley nos mesmos moldes do primeiro gol tricolor.
Azulão da Serra lutou, mas não evitou a derrota no final da partida. (Foto: Kid Júnior/ Agência Diário)
Daí pra frente, o São Benedito gostou de ser protagonista e pressionou a saída de bola leonina. E não demorou para que acontecesse o inevitável. Assim como Pio recebeu livre, França se viu na mesma situação, mas fez mais. Driblou Erivélton e mandou para as redes com méritos. O Tricolor, então, não foi mais o mesmo. Nervoso, não conseguia se articular no ataque. O adversário se segurava e tentava dar o bote final.
Restava ao Fortaleza chutar de longe. Longe como o futebol que a torcida esperava ver em campo e não viu. E só não ficou mais distante da expectativa porque Cássio acertou aquela cabeçada salvadora no apagar das luzes. Vitória que poderia ter uma outra cara se Fábio Lima tem salvado de novo. Mesmo ganhando, a torcida deixou o PV insatisfeita com o resultado.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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