Tigre afia as garras e promete brigar de igual para igual no Estadual 2013 Após ser eliminado na semifinal em 2012, Tiradentes busca o título, aproveitando as ausências de Ceará e Fortaleza na primeira fase


Para Francisco Carlos, supervisor do Tiradentes, basta passar mais de um ano no clube e a relação vira casamento. Conhecido como Chicão, ele está há seis anos no Tigre da Polícia Militar do Ceará e transformou o clube na sua segunda casa (veja no video ao lado).
- O Tiradentes se tornou a minha casa. Quando você passa de um ano trabalhando num clube, é como se ele entrasse no seu sangue e fizesse parte da sua vida. Você faz tudo por ele e faz tudo pra trabalhar de uma maneira que ele sempre cresça - diz o supervisor.
Chicão tem papel fundamental no Tigre. A modernização das contratações e a informatização dos processos relacionados a transferências de atletas facilitou e agilizou o trabalho do supervisor de futebol. Por isso, Chicão assume ainda outras funções dentro do clube que ele considera como lar.
- Eu me sinto orgulhoso de trabalhar aqui, me sinto útil. O supervisor não trata somente dos contratos dos jogadores, mas tem que se peocupar com o bem-estar deles quando chegam e por quanto tempo eles estejam no clube. Você ainda tem que colocar os jogadores em situação perfeita para que ele possa jogar o campeonato. Nos jogos você tem que preparar as relações, juntar documentação, por isso a função do supervisor é muito importante e de muita responsabilidade - analisa Chicão.
Com tantas atribuições, Chicão passa mais tempo convivendo com atletas do que com a família, mas ele gosta do que faz.
- Eu faço tudo para trabalhar certo, correto, para que, através do meu trabalho, o Tiradentes esteja sempre por cima.
Chicão aposta na conquista do título cearense (Foto: Diego Morais / Globoesporte.com)Chicão aposta na conquista do título cearense
(Foto: Diego Morais / Globoesporte.com)
Tigre por cima
Quando Chicão chegou ao Tiradentes, a situação não era das melhores. O clube lutava na Segundona para voltar ao grupo de elite do futebol cearense sob condições bastante adversas.
- Nós vínhamos de campeonatos mediocres, não tínhamos campo para treinar, estávamos na Segunda Divisão. E você sabe que a Segunda Divisão do Campeonato Cearense é muito dificil. Naquele tempo, 2007, não tinha o acompanhamento que tem hoje. Não tinha dinheiro. O começo foi muito difícil.
Mas as coisas mudaram para o Tigre. Em 2011, retornou à Primeirona Cearense e já com uma boa campanha: terminou a competição em sexto lugar. No ano passado foi amis longe e terminou em quarto lugar, perdendo apenas na semifinal para o campeão Ceará. A continuar pelo progresso, a aposta de Chicão é alta.
- Sem a presença de Ceará e Fortaleza, há uma chance da gente ganhar esse campeonato e chegar a uma Copa do Brasil. Com certeza o Tiradentes desse ano é mais forte do que o disputou a semifinal no ano passado - avalia o supervisor.
Ceará e Fortaleza entram apenas no hexagonal final da competição. Mas quem disse que Chicão se importa com isso?
- Muita gente pensa que o Tiradentes é pequeno, sem torcida, sem expressão. Mas os campeonatos têm mostrado o contrário. Sem sombra de dúvidas, hoje, o Tiradentes e o terceiro clube aqui de Fortaleza. A gente pretende não ser igual a Fortaleza, Ceará, por causa da torcida. Mas dentro de campo, nós vamos jogar de igual pra igual. O Tigre está afiando as garras. Com certeza o Tigre é capaz de brigar com um leão e é capaz de botar um caçador velho pra correr - brinca Chicão. 


 Varjota  Esportes - Ce.          /            Globoesporte

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