Além da eliminação precoce na Copa do Brasil, contra o ABC, o Botafogo sentiu a problemática de mais uma lacuna em aberto na equipe: o ataque. Isso porque, após a ida de Matheus Babi ao Athletico-PR, Marcelo Chamusca se viu apenas com opções da base para atuar como '9', em um setor que protagoniza a média de idade mais baixa nos últimos 11 anos no Botafogo. Assim, confira os pros e contras das soluções caseiras, em um time que passa por um momento de reestruturação total em todos os âmbitos.
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JOVENS NOS HOLOFOTES
Com a atual temporada em pleno vapor, a torcida do Botafogo já começa a sentir o impacto de uma reestruturação na equipe. Dessa forma, com um time completamente novo e negociações já concretizadas - como as saídas dos atacantes Pedro Raul e Matheus Babi -, o ataque do Alvinegro se torna, cada vez mais, uma dúvida para o restante da temporada.
Atualmente, no plantel do profissional, Chamusca se vê basicamente com duas opções para atuar como referência na área: Matheus Nascimento, de 17 anos, e Rafael Navarro, com 21 anos recém completados.
Com isso, mais que o desempenho apresentado pelos jovens, a falta de opções para momentos inesperados preocupa.
Como o ocorrido em Natal, na eliminação para o ABC, na segunda fase da Copa do Brasil. Sem o lesionado Navarro, Matheus Nascimento ganhou uma chance no time titular, mas pouco apareceu na partida. Logo, no segundo tempo, Chamusca teve que optar por Gabriel, jovem puxado do sub-20, para tentar reanimar o setor. Tentativa esta que não deu certo, e faz um alerta para a responsabilidade jogada aos jovens em possíveis momentos decisivos da temporada.
Dessa forma, mesmo com toda a dificuldade financeira, o Botafogo já deixou claro que, caso vá ao mercado novamente com efetividade, um centroavante mais experiente esta entre as prioridades do clube. Dentre as alternativas no mercado, nomes como o de Anselmo Ramon, da Chapecoense, foram monitorados, embora nada tenha passado das especulações.
DESEMPENHO NO ATAQUE
Em quinto lugar no Campeonato Carioca, o Glorioso vê sua produtividade ofensiva ser, de fato, uma das menores no Estadual. Com 10 gols marcados, o Alvinegro tem o pior ataque entre os quatro grandes do Rio e o terceiro menos efetivo da competição. Culpa dos garotos? Não.
Basta analisar a formatação do elenco que tem como seus principais articuladores dois volantes - Ricardinho e Matheus Frizzo. Logo, o time vem encontrando pouca sintonia para municiar os atacante.
Babi saiu com quatro gols marcados - três no Carioca, sendo dois só com o Resende -, Navarro balançou as redes uma vez, enquanto Matheus Nascimento ainda não deixou o seu.
O fato é que, das pouquíssimas opções, Navarro é, definitivamente, o mais pronto. Aos 21 anos, o jovem que chegou ano passado do Atlético-GO, para o sub-20 do Glorioso, apresenta muito vigor físico e, por mais que ainda não tenha deslanchado em gols, consegue incomodar bastante a zaga adversária. Veja o números do atacante no Carioca:
Jogos: oito
Passes: 60 - 75% de precisão
Finalizações: sete - 57% de precisão
Assistências: quatro para finalizações e uma para gol
Gols: um
+ Botafogo tem média de 3,7 finalizações na direção do gol por jogo no Campeonato Carioca
Por outro lado, embora tenha feito mais de 150 gols na base e seja visto como uma grande promessa do Botafogo e da Seleção Brasileira, Matheus Nascimento ainda não conseguiu se destacar no profissional. Isso porque, é nítido que a pouca idade influencia na alternância de boas e más atuações.
Assim, mesmo já tendo evoluído bastante no quesito físico - em 2020, porte corporal do atleta preocupava a comissão técnica -, Matheus ainda encontra dificuldade para participar do jogo e conseguir embates equilibrados com as defesas adversárias.
Nesse sentido, contra o ABC, por exemplo, o jovem chegou a demostrar qualidade com os pés, mas pouco apareceu na partida e foi basicamente anulado pelos zagueiros do Alvinegro Potiguar. Veja os números do atleta no Estadual:
jogos: cinco
passes: 20 - 75% de precisão
finalizações: cinco - 20% de precisão
assistências: duas para finalizações
gols: nenhum
MÉDIA DE IDADE
Com isso, atualmente, com 19 anos de média, o Botafogo tem a estatística mais jovem de centroavantes nos últimos 11 anos do clube. Confira como eram as médias dos anos anteriores:
2011: 31 anos
2012: 20,6 anos
2013: 22,57 anos
2014: 24,7 anos
2015: 25, 4 anos
2016: 24, 7 anos
2017: 23, 75 anos
2018: 24, 42 anos
2019: 25, 85 anos
2020: 21,8 anos
Dados dos sites ogol e footstats
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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