Bruninha vence e fica a uma vitória das semifinais no tênis de mesa Brasileira de 17 anos sonha ser olímpica em 2016, no Rio de Janeiro


Bruna Alexandre, a Bruninha, conquistou a única vitória brasileira no tênis de mesa nesta sexta-feira nas Paralimpíadas de Londres e agora está a um jogo das semifinais da classe 10, para amputados. A catarinense derrotou a francesa Audrey Le Morvan por 3 a 1 e vai enfrentar a australiana Melissa Tapper.
Bruninha tem 17 anos e sonha se classificar tanto para os Jogos Paralímpicos quanto para os Olímpicos em 2016, no Rio de Janeiro. A inspiração é a polonesa Natalia Partyka, campeã  paralímpica em Atenas-2004 e Pequim-2008. Ela disputou Sydney-2000 com apenas 11 anos.
Bruninha vai disputar vaga nas semifinais neste sábado (Foto: Reuters)                                 Varjota   Esportes - Ce.        /          Globoesporte

Santos oferece aumento a Ganso e dá tempo para o meia pensar Clube voltou a fazer proposta de reajuste salarial ao camisa 10, que recebe R$ 130 mil, um dos vencimentos mais baixos entre os titulares


Ganso está machucado e não tem prazo para voltar
a jogar (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Dirigentes do Santos se reuniram na tarde desta sexta-feira com o meia Paulo Henrique Ganso para oferecer uma nova proposta de aumento salarial. O jogador recebe hoje cerca de R$ 130 mil, um dos vencimentos mais baixos entre os titulares. A própria cúpula do Peixe reconhece que a quantia está desvalorizada e tenta convencer o jogador a aceitar o reajuste, mantendo o tempo do contrato até fevereiro de 2015.
Após apresentarem a proposta para Ganso, os dirigentes do clube deram tempo para o atleta analisar a oferta e só depois responder. Participaram da reunião o vice-presidente Odílio Rodrigues, o gerente de futebol Nei Pandolfo, além de Pedro Luiz Conceição, integrante do Comitê de Gestão, representando o Santos. Enquanto isso, só o atleta conversou sozinho, sem a presença de familiares ou agentes da DIS, empresa responsável pelo gerenciamento de sua carreira.
Ganso tem quatro patrocinadores pessoais e consegue ganhar mais com essas receitas do que com o salário. Segundo pessoas envolvidas na negociação, o fim da novela está próximo e deve ter um capítulo final na próxima semana, seja lá qual for a decisão do camisa 10.
- Não faz sentido a cada nova reunião nós nos manifestarmos. Isso não contribui para nada. O Santos pretende a permanência do atleta e isso está claro na nota oficial (emitida naquinta-feira) - limitou-se a dizer Pedro Luiz.
Esta não é a primeira vez que as duas partes buscam um acordo, mas no passado todas as tentativas naufragaram. Paralelamente ao encontro entre Ganso e Santos, o São Paulo permanece interessado no jogador, mesmo depois de oferecer duas propostas já recusadas pelo atleta. Também nesta sexta, Adalberto Batista, dirigente do Tricolor, rebateu as insinuações de um possível aliciamento sobre o meia e reiterou interesse em sua contratação.
Nesta quinta-feira, dirigentes do Peixe já haviam se encontrado com o camisa 10 para passar apoio e respaldar o jogador, depois dos protestos da torcida, durante a derrota por 3 a 1 para o Bahia.
O atleta, que sentiu uma lesão na coxa esquerda e está fora do jogo contra o Sport, domingo, na Ilha do Retiro, tem multa nacional avaliada em R$ 53 milhões. Seus direitos são divididos entre Santos (45%) e DIS (55%), também responsável por agenciar a carreira do jogador.   

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R49 elogia o próprio gol, prega foco no Timão e diz que está feliz no Galo Meia afirma que gol contra o rival está entre mais bonitos da carreira. Ele também fala sobre possível retorno à Seleção


Os ventos sopram a favor de Ronaldinho Gaúcho desde que o meia chegou ao Atlético-MG, em junho. Com quase três meses de Galo, o jogador perdeu peso, se sente em casa no clube, é mais participativo nas partidas e protagonizou verdadeiras pinturas em campo.
Ronaldinho Gaúcho é peça fundamental na campanha do Galo  (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)
Ronaldinho vem sendo o destaque da campanha do líder do Campeonato Brasileiro, com 44 pontos. Assistências, passes e lançamentos precisos após um período de adaptação, que durou dois meses, conforme havia adiantado o técnico Cuca.
O gol marcado diante do Cruzeiro, aos 45 minutos do segundo tempo, não sai da cabeça dos torcedores e até do próprio autor. Entre tantos anotados na carreira, R49 afirmou que o último teve um gosto especial.
Perguntado sobre o que achou do gol contra a Raposa (veja no vídeo ao lado), Ronaldinho não ficou em cima do muro.
- Um gol que fica marcado na minha história, na minha vida. Um dos mais bonitos que já fiz. Sempre marca porque é clássico.
O craque também comentou sobre o elogio recebido via ‘Twitter’ do ex-jogador Ronaldo, o Fenômeno. Na ocasião, Ronaldo disse que era muito bom ver Ronaldinho voltando a ter alegria de jogar e marcando golaço.
- Receber elogios é sempre bom e quando vem de um ídolo, é melhor ainda. Só tenho a agradecer.
Para o duelo contra o Corinthians, domingo, a partir das 16h (de Brasília), no Pacaembu, Ronaldinho mira primeiro os três pontos.
- Sempre me preparo para criar situações de gols. Vai ser maravilhoso se sairmos com uma vitória e se vencer fazendo gol, melhor ainda.

O camisa 49 lamentou os dois últimos resultados (empates no clássico e contra a Ponte), mas demontrou bastante motivação, mesmo jogando fora de casa.
- Jogo que todo jogador gosta de jogar. Contra os que estão na frente, ou que já foram campeões.
Ronaldinho Gaúcho, meia do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Flickr Atlético-MG)Meia não descarta retorno à Seleção Brasileira
(Foto: Bruno Cantini / Flickr Atlético-MG)
Seleção 
Com o reencontro com a boa fase, Ronaldinho diz que o foco está no Atlético-MG e não quer falar em Seleção. O presidente da CBF, José Maria Marin, já afirmou que as portas estão abertas para o craque.
- Meu pensamento é só no Atlético-MG. Quero fazer o meu melhor no Galo. Só tenho isso na cabeça. Quando a Seleção me chamar estarei à disposição. Mas penso só no Galo.
Ronaldinho confessou que, no Atlético-MG, está mais feliz. Além da intensa participação nos jogos e da identificação com a torcida, o craque ainda perdeu cinco quilos nesses quase 90 dias de clube (que serão completados no próximo dia 4).
- Me sinto mais participativo jogando no meio-campo, do que se jogasse na esquerda, mais adiantado. A gente participa mais, toca mais na bola. Estou feliz também. As coisas estão saindo bem, pelas vitórias. Cada dia me sinto mais à vontade aqui. 

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Com contragolpe perfeito, Daniele Bernardes conquista bronze por ippon Brasileira derrota a venezuelana Naomi Soazo na categoria até 63kg


O domínio de Naomi Soazo durou exatamente 1m02s. Com a iniciativa desde o início do combate, a venezuelana largou na frente na disputa pelo terceiro lugar da categoria até 63kg do judô feminino. Tinha um yuko e dominava a brasileira Daniele Bernardes até sofrer um contragolpe. Com perfeição em sua única investida contra rival, a paulista conseguiu um ippon e se garantiu no pódio das Paralimpíadas de Londres. No peito, carregará a medalha de bronze, a mesma que ganhou nos Jogos de Atenas e Pequim.

Esta é a segunda conquista do Brasil no judô nesta edição das Paralimpíadas. Na quinta-feira,Michele Ferreira abriu a contagem brasileira no quadro de medalhas com um bronze na categoria até 52kg.
Daniele Bernades vibra muito com contragolpe perfeito e novo bronze olímpico (Foto: Patrícia Santos / CPB)
O caminho de Daniele em Londres
Daniele Bernades no judô Paralimpíadas  (Foto: Patrícia Santos / CPB)Daniele Bernades cai diante de chinesa e não vai
à final da categoria (Foto: Patrícia Santos / CPB)
Daniele estreou na competição contra a finlandesa Paivi Tolppanen, vencendo-a por ippon. Na semifinal, a brasileira não conseguiu se impor da mesma forma. Foi anulada pela chinesa Tong Zhou. A asiática derrubou a paulista duas vezes e venceu a luta por dois yukos.

Na disputa pelo bronze, contra Naomi Soazo, a judoca paulista começou em desvantagem. Assim que o árbitro autorizou, a venezuelana tomou a iniciativa com técnica de sacrifício. Por duas vezes, desequilibrou a brasileira até pontuar pela primeira vez. Primeiro, os juízes deram um wazari, mas reviram a pontuação e o transformaram em yuko.

A rival da paulista manteve o ímpeto, mas pecou por não se resguardar. Em nova investida de Soazo, Daniele aplicou um contragolpe perfeito, derrubando a rival com as costas inteiras no chão. O ippon encerrou a luta e rendeu o terceiro bronze olímpico seguido à brasileira.
No masculino, Harlley fica sem medalha
 
Pela categoria –81kg, Harlley Pereira foi eliminado sem nenhuma vitória. Na primeira luta, válida pelas quartas de finais, o paulista caiu diante do alemão Matthias Krieger por ippon. No confronto seguinte, dessa vez pela repescagem, enfrentou o atleta da casa Dan Powell e perdeu novamente pela pontuação máxima.Confira no vídeo ao lado as lutas desta sexta-feira. 

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Solteira, Sharapova faz nova vítima em 58 minutos e avança às oitavas Russa perde apenas sete games em suas três primeiras partidas


Maria Sharapova aumentou, nesta sexta-feira, sua trilha de devastação no US Open. Em apenas 58 minutos, a atual número 3 do mundo derrotou a convidada americana Mallory Burdette (252 do ranking) por 6/1 e 6/1 e conquistou com tranquilidade uma vaga nas oitavas de final do Grand Slam americano. Ao fim da partida, a bela russa confirmou aos jornalistas que não está mais noiva do jogador de basquete Sasha Vujacic.
Maria Sharapova faz sua terceira vítima em Nova York  (Foto: Reuters)
Depois de três partidas, a ex-número 1 do mundo acumula apenas sete games perdidos. Na estreia, fez duplo 6/2 sobre a húngara Melinda Czink. Na segunda rodada, aplicou 6/0 e 6/1 em cima da espanhola Lourdes Dominguez Lino. Sharapova agora aguarda sua próxima adversária, que sairá do jogo entre a também russa Nadia Petrova (22) e a tcheca Lucie Safarova (17). Quem vencer será a primeira cabeça de chave no caminho da favorita.
Na entrevista coletiva, Sharapova foi indagada sobre seu relacionamento com o jogador de basquete Sasha Vujacic e revelou que os dois não estão mais noivos. O rompimento aconteceu na primavera (do hemisfério norte), segundo a tenista.
- Foi obviamente uma decisão difícil para nós dois. Vivemos um ótimo período, mas os calendários diferentes e as viagens faziam com que nos encontrássemos muito pouco. Ainda adoraria chamá-lo de amigo - declarou.
Sharapova e Vujacic começaram a namorar em 2009, quando o esloveno atuava pelo Los Angeles Lakers, da NBA. Em dezembro de 2010, o atleta teve de deixar a Califórnia, já que foi negociado com o New Jersey Nets. Em julho de 2011, Vujacic assinou com o Anadolu Efes, da Turquia, e deixou os Estados Unidos, onde mora Sharapova.
Número 1 na mira
Campeã do US Open em 2006 e atual dona do troféu de Roland Garros, Sharapova pode sair de Flushing Meadows com o posto de número 1 do mundo. Para isso, ela precisa conquistar o título e torcer para que a atual líder, Victoria Azarenka, não passe das quartas. 

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Guarani supera 'trauma' de 1º tempo, toma susto no 2º e derrota o Boa Com gols de Fernando e Oziel, Bugre vence a segunda seguida fora. Já o time mineiro, após sucumbir diante do Avaí, amarga nova derrota na Série B


Joinville, Barueri, América-RN, Avaí, São Caetano. Foram vários os maus primeiros tempos feitos pelo Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro. Nesta noite, aconteceu o contrário - um ótimo início e problemas no fim. Aproveitando os espaços deixados pelo Boa Esporte na defesa, o Bugre matou a partida ainda na primeira etapa e, apesar do susto nos 45 minutos finais, venceu por 2 a 1, no Estádio Melão, em Varginha, e garantir a quarta rodada de invencibilidade na competição.
Mesmo com Fumagalli no banco de reservas, o time paulista aproveitou - e bem - as bolas paradas para construir o resultado fora de casa. Fernando, de cabeça, abriu o placar após cobrança de escanteio de Oziel. Depois, o mesmo Oziel, desta vez em cobrança de falta, deixou o seu nas redes mineiras. Sidney tentou mudar o Boa para a segunda etapa, mas o máximo que conseguiu foi um gol, marcado por Fernando Karamba.
Rafael Oliveira passa por Radamés: Bugre chega ao quarto jogo invicto (Foto: Pakito Varginha / Futura Press)
O Guarani conquistou a segunda vitória consecutiva fora de casa (a primeira foi sobre o São Caetano, no ABC paulista) e começa a dar sinais de que pode reagir. Com 28 pontos, o time assume a 11ª posição, oito pontos abaixo do Goiás, primeiro time dentro do G-4 e que enfrenta o Paraná neste sábado, em Curitiba.
Enquanto isso, o Boa mostrou mais um capítulo de sua irregularidade ao perder a segunda partida seguida. O desempenho em Varginha também deixa a desejar: quatro vitórias, quatro empates e três derrotas. A equipe mineira se mantém com 25 pontos.
Boa e Guarani voltam a campo na terça-feira, mais um dia de rodada cheia. Agora fora de casa, o time de Varginha visita o Atlético-PR, às 19h30, no Estádio Janguitão, em Curitiba. Já o Bugre recebe no Brinco de Ouro o Joinville, também às 19h30.
Bolas paradas colocam paulistas em vantagem
O Boa Esporte iniciou a partida com muitos erros no ataque. Logo no primeiro minuto, Vanger recebeu dentro da área e bateu de perna esquerda, à direita do gol de Emerson. Minutos depois, Radamés encontrou Marcelo Macedo, mas o atacante chegou atrasado e não conseguiu a finalização. Os mineiros não deixavam o Guarani respirar.
O Bugre só conseguiu se impor a partir do 12º minuto e, em um lance de bola parada, abriu o placar. Oziel cobrou escanteio pelo lado direito e achou Fernando livre na pequena área. O zagueiro, livre, desviou de cabeça e venceu Daniel para marcar seu primeiro gol com a camisa alviverde.
A mínima vantagem no placar deu tranquilidade ao Guarani, que não levou mais sustos no primeiro tempo. Ao contrário: até ampliou a vitória. Em novo lance de bola parada, Oziel cobrou falta com categoria por cima da barreira. Daniel ficou imóvel no centro da meta e nem arriscou pular.
Mudanças até fazem efeito, mas Boa erra demaisSidney apostou nas alterações para inverter o placar. Petros e Fernando Karamba substituiram Francismar e Everton, com o objetivo de anular a saída de bola do Guarani. Por alguns minutos, o plano deu certo. Logo aos 30 segundos, Radar teve a chance de balançar as redes e até fez, mas a rede pelo lado de fora. O chute assustou Emerson.
A pressão, aos poucos, foi se diluindo. Com a terceira mudança em campo - Jajá no lugar de Vanger -, o Boa seguiu criando, mas sem pressionar. Radamés, em cobrança de falta, forçou grande defesa de Emerson. Depois, Jajá teve a chance de chutar por cobertura após falha de Alex Barros, mas errou o pé.
Quando parecia que o Guarani reassumiria o controle da partida, com a entrada de Fumagalli, o time sofreu o gol. Após jogada pela direita, Fernando Karamba girou sobre Rodrigo Arroz e bateu de perna esquerda. O chute saiu fraco, mas Emerson demorou a cair e aceitou. Era a faísca que a partida precisava para pegar fogo.
O fogo, porém, virou uma brasinha. Ao invés de sufocar o adversário em busca do empate, o Boa Esporte não soube atacar o Guarani. Sequer forçou Emerson a fazer uma grande defesa. Melhor para o time de Campinas, que cozinhou a partida com substituições e voltou para casa com a vitória. 

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Barueri vence o ASA por 1 a 0 e ainda crê em 'missão impossível' na Série B Com gol solitário de Marcelinho no fim do primeiro tempo, time paulista se mantém na lanterna, mas diminui diferença para fugir da zona da degola


Poucas foram as vozes na Arena Barueri que comemoraram a vitória do time da casa por 1 a 0 sobre o ASA, em partida válida pela 21ª rodada da Série B. As arquibancadas vazias são o retrato de um time quase condenado ao rebaixamento na competição. No entanto, a equipe dirigida por Evandro Guimarães demonstrou forças para, ao menos, tentar uma reação praticamente impossível. O triunfo com o gol solitário de Marcelinho dá esperanças aos paulistas, ainda que a distância para sair da zona de rebaixamento seja de oito pontos.
Apesar da vitória, o Barueri se mantém na lanterna da Série B, com 13 pontos, enquanto o ASA está em 14º lugar, com 24. As equipes voltam a campo na próxima terça-feira, pela 22ª rodada da competição. Os paulistas encaram o ABC, em Natal, e o time de Arapiraca encara o Ipatinga em casa.
Ciente da necessidade de vitória a qualquer custo, o Barueri partiu para cima logo no íncio da partida. Aos cinco minutos, a equipe já havia chutado duas vezes, no entanto, longe da meta do ASA. A afobação inicial assentou e o time de Arapiraca começou a ganhar terreno, tendo nos pés de Lúcio Maranhão as melhores oportunidades de marcar.
Comemoração Marcelinho do Barueri (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)Marcelinho marcou o gol da vitória do Barueri sobre o ASA (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)
O fim do primeiro tempo se aproximava e se desenhava em um empate sem gols. No entanto, um gol chorado deu tranquilidade ao time da casa na saída para o intervalo. Após cruzamento na área, Marcelinho ajeitou e Alex Lima tentou o chute. A zaga do ASA travou e o próprio Marcelinho aproveitou para chutar forte e estufar a rede adversária. O detalhe é que o atacante acabara de entrar no lugar de Henrique Dias, que saiu contundido.
O Barueri começou a segunda etapa da mesma forma que a primeira e criou oportunidade antes do primeiro minuto. Ricardinho entrou livre pelo lado esquerdo e fez o goleiro Gilson trabalhar. O ASA respondeu e, no lance seguinte, Lúcio Maranhão carimbou o travessão dos paulistas após boa cabeçada.
Marcelinho Paulista ainda perdeu chance incrível, aos 15 minutos. O atacante fez boa jogada, dribou o goleiro e, ao invés de chutar, tentou o passe, jogando nos pés do adversário. O domínio se manteve com o time do paulista, que pecou nas finalizações. No entanto, se manteve sólido na defesa e passou poucos sustos até o apito final. 

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Com gol no finzinho, Guará arranca empate contra o Ceará em Fortaleza Vovô foi superior até os 25 minutos da segunda etapa quando abriu o placar. Depois disso, foi para a defesa e Marcinho empatou com golaço

Em partida emocionante no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, Ceará e Guaratinguetá ficaram no empate por 1 a 1 na noite desta sexta-feira, em jogo válido pela 21ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O Ceará saiu na frente com gol de Robert aos 23 minutos do 2º tempo e Marcinho empatou aos 42 minutos com um golaço de falta.
Com o resultado, o Ceará subiu à nona posição, com 31 pontos passando o América-MG, que joga neste sábado. Já o Tricolor do Vale continua na 17ª posição, na zona da degola, com 19 pontos.
As duas equipes voltam a jogar na próxima terça-feira, às 21h50. Enquanto o Guaratinguetá recebe o CRB, em São José dos Campos, o Ceará visita o Goiás.
Ceará pressiona e Guará tenta contra-ataques
Contra um Guaratinguetá embalado, o  Ceará apostou na pressão para quebrar o ímpeto adversário. Com um futebol ofensivo, o Vovô colocou a Garça na retranca e criou a primeira boa oportunidade de abrir o placar logo aos oito minutos, quando Mota recebeu livre dentro da área, mas finalizou mal, por cima do gol.
Ceará criou várias oportunidades na primeira etapa, mas não marcou (Foto: Kiko Silva / Agência Diário)

Acuado na defesa, restou para o Guará apostar nos contra-ataques, já que o Ceará jogava com a linha de defesa avançada. Foi assim que os visitantes criaram sua melhor oportunidade na partida. Aos 14 minutos, Marcinho recebeu passe em velocidade, invadiu a área e tocou na saída de Adilson. A bola explodiu na trave e foi afastada pela zaga do Vovô.
Aos poucos, o Ceará passou a dominar as ações do jogo e o Guará se limitou a se defender. No entanto, os donos da casa desperdiçavam as oportunidades criadas. Na melhor delas, aos 21 minutos, após cobrança de falta na área da Garça, César Luz espalmou, a bola continou na área e após bate-rebate, a bola veio para Robert, que livre, dentro da pequena área, não consegui completar para o gol. A zaga do Guará afastou em cima da linha.
Antes do final da primeira etapa, César Luz ainda foi obrigado a fazer grande defesa em uma bomba de fora da área de Márcio Careca. Sem conseguir marcar na primeira etapa, o atacante Mota resumiu o primeiro tempo dos donos da casa:
- Fizemos um péssimo primeiro tempo. Não tem como sair ganhando um jogo desse jeito.
Ceará marca, mas recua e sofre o empate em golaço de falta
Para a segunda etapa, o técnico PC Gusmão fez uma substituição que mudaria os rumos da partida: saiu o lateral-direito Paulo Sérgio e entrou o veloz Apodi em seu lugar.
Ceará x Guaratinguetá, pela Série B (Foto: Kiko Silva / Agência Diário)Jogo foi brigado, mas Ceará levou a melhor
(Foto: Kiko Silva / Agência Diário)
Apostando na velocidade de seus laterais, o Ceará passou a criar boas jogadas pela direita e pela esquerda. No campo de defesa da Garça, sempre cinco jogadores do Ceará pressionavam a saída de bola dos visitantes. Em uma destas saídas, a zaga do Guará saiu jogando errado e Apodi roubou. O lateral disparou pela direita e esperou o momento certo para cruzar para Robert, que livre, cabeceou para abrir o placar.
Após o gol, a situação se inverteu. O Guaratinguetá foi para o ataque e o Ceará passou a se defender e tentar os contra-ataques. Sem conseguir furar o bloqueio do Ceará, o Tricolor do Vale chegou ao gol de empate na bola parada e graças à criatividade de Marcinho.
Aos 41 minutos, Leandrinho sofreu falta próximo ao meio-campo. A jogada parecia sem muito risco e Marcinho ajeitou para cruzar na área. Na cobrança, no entanto, o meia surpreendeu o goleiro Adilson e mandou por cobertura, direto para o gol.
Após o gol de empate, o Ceará ainda teve uma boa oportunidade aos 48 da segunda etapa, o Vovô ganhou escanteio e, no último lance, Daniel Marques subiu mais que a zaga do Guará e cabeceou muito perto do gol. 

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21ª RODADA FURACÃO EMPATA COM IPATINGA NO FIM: RESULTADO BRECA REAÇÃO DE AMBOS Mineiros - depois de três vitórias em cinco jogos - continuam longe da saída da zona de rebaixamento, e Atlético-PR desperdiça chance de entrar no G-4


A vitória era fundamental tanto para Ipatinga, na luta contra o rebaixamento, quanto para Atlético-PR, de olho no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Em duelo equilibrado, com um primeiro tempo fraco e uma etapa final quente, porém, os times ficaram no 1 a 1. O zagueiro Eron, de cabeça, e o volante João Paulo, em chute de longe nos minutos finais do jogo, marcaram os gols na noite desta sexta-feira, no Estádio Ipatingão, pela 21ª rodada.
O resultado frustra os planos dos dois times. O Ipatinga segue longe da saída do Z-4. E o Furacão desperdiça chance de entrar no grupo de acesso. Os mineiros ficam na 18ª posição, com 15 pontos - seis atrás do ABC, 16° colocado. Ele tenta a reação contra o ASA, às 21h50m (horário de Brasília) de terça-feira, no Estádio Municipal de Arapiraca.
Já o Atlético-PR sobe para o quinto lugar, com 34 pontos. Mas ele pode ser ultrapassado por São Caetano, Avaí e América-RN no sábado. Ele encara outro mineiro na próxima rodada: o Boa Esporte, às 15h de terça-feira, no Ecoestádio, em Curitiba
Ipatinga e Atlético- Pr (Foto: Sergio Roberto / Futura Press)Ipatinga e Atlético-PR ficam no empate em Minas (Foto: Sergio Roberto/Futura Press)
Muita marcação, pouco futebol
Ipatinga e Atlético-PR entraram em campo com uma alteração cada em relação à última rodada. No time mineiro, o lateral-esquerdo Bruninho ganhou a vaga do atacante Márcio Diogo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Ele atuou improvisado no meio-campo. Na equipe paranaense, o meia Zezinho entrou no lugar do também meia Elias por opção do técnico Ricardo Drubscky. Os dois times começaram no 4-5-1, com apenas Bruno Batata e Marcão no ataque.
Com dez homens no meio-campo, o jogo ficou travado. Os jogadores de criação dos dois clubes eram bem marcados, e as chances de gol foram raras no primeiro tempo. O Tigre assustou com Bruno Batata, que cabeceou perto do gol rubro-negro após cruzamento do meia Wellington Bruno. O Furacão respondeu com dois chutes de fora da área. O volante João Paulo, em cobrança de falta, e o lateral-direito Maranhão, porém, erraram o alvo.
O técnico Ricardo Drubscky, aos 30, foi obrigado a mexer no time atleticano. O zagueiro Manoel - até então presente em todos os minutos de todos os jogos da Série B - machucou o tornozelo esquerdo e deu lugar ao estreante Naldo. O jogo seguiu brigado, concentrado ao meio-campo. O Atlético-PR até teve uma chance clara. Marcão fez jogada individual, mas bateu torto, direto para fora. Primeiro tempo muito fraco, e empate mais do que justo.
Jogo esquenta, gols saem
O comandante rubro-negro teve de promover mais uma alteração por questões médicas na volta do intervalo. Ele tirou o machucado Deivid e colocou o volante Derley. O Furacão, que buscava a vitória para dormir no G-4, partiu para o ataque na etapa final. Logo aos dois minutos, Derley cabeceou para a primeira defesa difícil de Helton Leite no jogo. Marcão tentou no rebote, e o zagueiro Tiago Alencar tirou para escanteio. Na sequência, Naldo, de cabeça, e Henrique, de longe, mandaram a bola por cima do gol adversário. E João Paulo, também em chute de fora da área, parou nas mãos do camisa 1 do Ipatinga.
Os mandantes responderam com Bruninho, que cabeceou por cima. Preocupado com o domínio atleticano, o técnico Eugênio Souza fez a primeira mudança no Ipatinga: ele trocou Bruninho pelo meia Andrezinho. Ricardo Drubscky também mexeu: Zezinho pelo atacante Marcelo. Apesar de o Atlético-PR passar a ter uma formação mais ofensiva, foi o time mineiro que abriu o placar. Depois de cobrança de escanteio, aos 22, o zagueiro Eron subiu livre na pequena área e cabeceou no meio do gol: Ipatinga 1 a 0.
O Rubro-Negro foi com tudo para o ataque. Aos 28, Marcelo cruzou, e Marcão cabeceou para defesa de Helton Leite. Depois, o camisa 9 finalizou mascado, e o camisa 1 conseguiu segurar a bola. De tanto tentar, o Furacão conseguiu o empate. João Paulo, em nova finalização de fora da área, surpreendeu o goleiro adversário: 1 a 1.
O Furacão quase virou com João Paulo, mas o goleiro do Ipatinga salvou. No último lance, após bate e rebate na área, a defesa do Ipatinga afastou o perigo. No fim das contas, resultado ruim para ambos. 

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21ª RODADA APÓS SUSTO, CRICIÚMA VENCE O BRAGANTINO E MANTÉM 100% EM CASA Tigre abre 2 a 0 no placar e vê o Massa Bruta reagir. Gol da vitória sai aos 42 do segundo tempo e gera muita reclamação do time paulista


Em um jogo de muita emoção no segundo tempo, o Criciúma venceu o Bragantino por 3 a 2, no estádio Heriberto Hülse, na noite desta sexta-feira, e manteve os 100% de aproveitamento jogando em casa nesta Série B. Depois de abrir 2 a 0, o Tigre de Santa Catarina viu o Massa Bruta reagir e empatar. O gol da vitória foi marcado aos 43 do segundo tempo, pelo artilheiro Zé Carlos, em lance que gerou muita reclamação dos visitantes.
Após bate-rebate, o camisa 9 do Tigre completou para o gol. O goleiro do Bragantino, Gilvan, que estava próximo à linha de fundo, tirou com o pé. A princípio, o árbitro Rodrigo Nunes de Sá não deu o gol. Alguns segundos depois, o auxiliar Marco Pessanha sinalizou para Sá e correu para o meio-campo, indicando que a bola havia entrado.
Após a confirmação do gol, os jogadores do Braga partiram para cima do árbitro e do auxliar, que foram protegidos pela polícia. A partida foi reiniciada nove minutos depois. A reclamação dos jogadores do Massa Bruta foi tanta que, quando Sá terminou a partida, o fez se dirigindo para onde estava um grupo de policiais, na lateral do gramado. Além do gol de Zé Carlos, Kléber e Lucca marcaram para o Tigre, enquanto Acleisson e Léo Jaime fizeram para os visitantes.
Com a vitória, o Criciúma foi a 45 pontos e segue na segunda posição, na cola do líder Vitória, que tem 47 e joga neste sábado. Já o Braga chegou à sexta derrota seguida e permanece na zona de rebaixamento.
Kleber comemora seu gol contra o Bragantino (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)
Sem pressão
O torcedor do Criciúma, acostumado à pressão que o time faz nos primeiros 15 minutos nas partidas em casa, teve que se acostumar com outra situação. Bem postado na defesa, o Braga não passou sufoco e foi quem criou as primeiras chances claras de gol. Aos dez, Fernando Gabriel cruzou da esquerda e Cesinha se atirou para cabecear para o chão. Michel Alves fez grande defesa.
Sete minutos mais tarde, novamente a bola parada do Massa Bruta levou perigo. Fernando Gabriel cobrou escanteio, Lincom desviou na primeira trave e Cesinha cabeceou para fora. O lance acordou o time da casa, que respondeu com Lucca, três minutos depois. Zé Carlos tocou para o camisa 11, que passou pela zaga e parou em Gilvan.
A partir dos 20 minutos, o jogo passou a ter o Criciúma com mais posse de bola, tentando furar o bloqueio defensivo do Massa Bruta, montado com com três zagueiros e dois volantes, além de Robertinho, homem de marcação, improvisado na lateral-direita. Já o Braga apostava nos contra-ataques puxados por Léo Jaime e Cesinha, além das bolas paradas cobradas por Fernando Gabriel.
E com a marcação ajustada, o Tigre de Santa Catarina teria duas opções para escapar do bloqueio de Wagner Benazzi: bolas paradas ou arriscar de fora da área. E foi com a segunda opção que abriu o placar, aos 32. Após boa trama, a zaga bragantina afastou parcialmente o perigo. Kléber pegou o rebote e bateu firme da intermediária, sem chances para Gilvan.
E depois de tirar a pressão de abrir o placar das costas, o Tigre se soltou em campo e quase marcou o segundo aos 39, em um belo chute de Ezequiel, que contou com leve desvio de Gilvan antes de explodir no travessão.
Atrás no placar, o Bragantino não mudou de postura e continuou marcando a partir do meio campo, muitas vezes, apenas com Lincom no campo de ataque.
Criciuma e Bragantino (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)Bola parada foi a arma mais usada pelo Braga
(Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)
Gol relâmpago
Na segunda etapa, logo aos três minutos, Zé Carlos foi derrubado por Astorga próximo à entrada da área. Lucca cobrou com perfeição e aumentou a vantagem dos donos da casa.
Benazzi tentou recolocar o Bragantino no jogo com o meia Matheus no lugar do zagueiro Walter. A substituição deixou o Massa Bruta mais vulnerável e Zé Carlos quase aproveitou aos 15, quando ficou cara a cara com Gilvan. Mas, ao tentar driblar o goleiro, perdeu a bola.

Aos 20, Acleisson cobrou falta com força e contou com um desvio na barreira para diminuir o placar para os visitantes. Nos minutos seguintes, o Bragantino tentou aproveitar o bom momento e por duas vezes levou perigo, novamente, em levantamentos na área.
O empate veio 11 minutos depois. O veloz Léo Jaime recebeu na grande área, se livrou da marcação e bateu cruzado para marcar o segundo do Braga. Com a igualdade no placar, o Criciúma tentou partir para cima, mas, com pressa, passou a errar muitos passes. Aos 38, Lincom recebeu livre na grande área e bateu de primeira para mais uma grande defesa de Michel Alves.
Gol e muita confusão
Os minutos finais foram de muita tensão. Aos 42, depois de bate-rebate na área, Zé Carlos completou para gol. O goleiro Gilvan, próximo à linha, tirou com o pé. Em um primeiro momento, o árbitro Rodrigo Nunes de Sá não deu o gol. Alguns segundos depois, o auxiliar Marco Pessanha sinalizou para Sá e correu para o meio campo, indicando que a bola havia entrado.
Com a confirmação do gol, os jogadores do Bragantino foram para cima de Sá e Pessanha. O jogo foi reiniciado nove minutos depois. E depois de algumas tentativas frustradas de ataque das duas equipes, o jogo terminou 3 a 2 mesmo. O técnico do Criciúma, Paulo Comelli, comemorou a vitória e destacou a luta dos atletas para buscar o resultado.
- Acho que é o quarto jogo assim de pura emoção. Hoje começamos bem, jogo tranquilo, aí veio o empate e fomos buscar o resultado. Acho que isso é fruto desse pessoal ter garra, determinação. Merecemos a vitória
O auxiliar-técnico do Bragantino, Darcy Marques, reclamou da arbitragem. 
- Não sei se a bola entrou no terceiro gol, mas esse bandeirinha desde o primeiro tempo vinha marcando coisa que não acontecia. 

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Em nome dos pais: Andre Brasil, o campeão com lágrimas de iniciante Coleção de medalhas em Paralimpíadas não diminui emoção de nadador ao ver Seu Carlos e Dona Tônia nas arquibancadas: ‘Devo tudo a eles’


Acostumar-se a ganhar nem sempre quer dizer que a vitória se tornou algo normal. Esse foi o exemplo dado por Andre Brasil no pódio dos Jogos Paralímpicos de Londres, nesta sexta-feira. Ao conquistar a segunda medalha de ouro brasileira em grande estilo, com direito a recorde mundial (23s16), nos 50m livres da classe S10, o carioca aumentou para cinco a sua coleção dourada na maior competição esportiva para portadores de deficiência, chegou a sete no total (tem ainda duas pratas), mas mostrou no pódio, aos prantos, que a rotina não diminuiu em nada sua emoção.
O choro incontido tem muitas explicações. Andre Brasil enumerou: sacrifícios, treinamento pesado, investimento... O motivo principal, porém, estava ali, bem pertinho, para ele poder sentir e ver. Ao contrário de Pequim-2008, o nadador trouxe os pais Tônia e Carlos para incentivá-lo, e ao ver o sorriso no rosto da dupla uma cena passou por sua cabeça.
Em Londres, Andre festeja novo recorde mundial com a família (Foto: Divulgação / CPB)
- Lembrei de uma coisa de criança, coisa boba. Toda vez que eu ia dormir, colocava uma calha para o pé ficar na mesma posição. Você imagina o quanto isso é difícil com seis, cinco anos. Lembrei da minha mãe chorando. Ela nem pedia mais para eu usar, ela chorava, e meu pai fazia força para eu colocar. Parece maus tratos, né? Mas eu devo tudo a eles.
A rotina sacrificante da infância era para minimizar os efeitos de uma reação a vacina contra poliomielite, que deixou sequelas em Andre. A natação sempre foi uma válvula de escape, desde a infância, mas se tornou profissão para valer há apenas oito anos. Assim como Daniel Dias, o carioca descobriu o esporte adaptado através das conquistas de Clodoaldo Silva em Atenas-2004, quando já competia sem muita repercussão em provas convencionais.
- Meu pai foi o cara que me mostrou isso (pausa emocionada), foi quem me acordou de madrugada para ver o desporto adaptado, assistir o Clodoaldo... Pode trazê-lo a um evento desse é muito bacana (lágrimas). Para quem ralou para caramba, escutou que o filho não ia andar, é uma vitória individual.
Nadador do Pinheiros, Andre Brasil mora em São Paulo há seis anos. A distância torna ainda mais especial a participação em família nas Paralimpíadas.
- Sinto muita falta. O Rio não é tão longe de São Paulo, mas eu sou muito apegado a minha família. É difícil, mas eles sabem que é por um bem maior. Hoje, eu não sou mais o Andrezinho da Dona Tônia e do Seu Carlos. Sou o Andre Brasil e represento muita gente.
Medalha na mala e foco em outras seis provas
Andre exibe a mais nova medalha da coleção paralímpica (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Andre exibe a mais nova medalha da coleção
paralímpica (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
A medalha desta sexta foi a segunda do nadador em Londres, já tinha ficado com a prata nos 200m medley no dia anterior – e não chorou. Andre garante, porém, que cada conquista será bem saboreada e virá acompanhada de um turbilhão de sentimentos.
- Não é mais uma. É minha primeira de ouro aqui em Londres. Ela tem um sabor especial. Tenho meus objetivos pessoais, de grupo e vejo esse crescimento. Cada medalha, cada lágrima, me faz pensar em luta, trabalho, dedicação, empenho, força de vontade, família. Isso que eu sou.
A emoção por cada conquista, entretanto, não pode durar muito. Já com os 100m borboleta, que serão disputados neste sábado, em mente, ele promete curtir o ouro apenas por algumas horas antes de “escondê-lo” na mala até o fim da competição.
- Quando eu entrar na Vila, a ordem é: medalha guardada. Coloco no fundo da mala, tomo um banho, relaxo, e já penso na outra prova. Só volto a pegar as medalhas no fim da competição.
Esporte olímpico? 'Sei onde é o meu lugar', diz
Andre lutará por mais seis pódios em Londres
(Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
O recorde mundial batido nos 50m livres, apesar de estar mais de dois segundos distante da marca de Cesar Cielo (23s16 contra 20s91), fez com que fosse levantada a possibilidade de Andre tentar a sorte também no mundo olímpico, como tem sido moda recentemente. O brasileiro não descarta a possibilidade, mas é sincero ao apontá-la como alcançável somente entre os reservas de um revezamento 4 x 100m livres. A realidade, por outro lado, é de um atleta realizado em seu ambiente e sem frustrações.
- Sei onde é o meu lugar. Sou reconhecido como sou pelo esporte paralímpico. Tenho certeza que toda comunidade aquática me conhece, a CBDA, mas talvez eu não tenha o meu valor, eu seja apenas mais um dentro de uma infinidade de atletas lá. Aqui, eu sei o que represento, apesar de ainda me sentir objeto de transformação. Não sei se vou ver (o crescimento), se estarei presente, mas vou lutar o máximo para levantar a bandeira do esporte adaptado.
Luta que Andre continuará com mais seis provas em Londres: 100m borboleta, 100m costas, 100m e 400m livres, e os revezamentos 4 x 100m livres e medley. 

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