'Intocável', Jadson termina turno como principal garçom do Brasileirão Camisa 10 deixa entra-e-sai da era Leão para trás e se firma como único jogador do São Paulo a ter atuado nos 19 jogos do turno

A chegada de Ney Franco mudou a vida de Jadson no São Paulo. No primeiro semestre, o camisa 10, apresentado com pompas após ser contratado ao Shakhtar Donetsk por R$ 9 milhões, dificilmente atuava durante 90 minutos. Sob o comando de Emerson Leão, o meia chegou a perder a posição mais de uma vez, acusado de falta de ritmo de jogo e má adaptação ao futebol brasileiro. Das 28 vezes em que começou como titular com Leão, Jadson foi substituído em 22.
Com o novo técnico, porém, o jogador é presença sempre certa em campo. Foi o único a ter participado das 19 partidas do primeiro turno, e muito mais privilegiado, já que saiu em apenas duas das 12 vezes em que atuou com Ney Franco no banco.
Jadson se firmou definitivamente na equipe e evoluiu tecnicamente. Prova disso é que terminou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro como líder de assistências na competição. Foram sete passes para gols, o último para Luis Fabiano, na vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians (assista a todos os lances no vídeo acima). Bernard, do Atlético-MG, aparece em segundo na estatística, com seis assistências em 18 jogos. Em seguida, com cinco assistências, estão: Ronaldinho Gaúcho (Atlético-MG, 17 jogos), Rhayner (Náutico, 17 jogos), Elano (Grêmio, 14 jogos), e Deco (Fluminense, nove jogos)
- Quando o Ney chegou, deu muita confiança para mim e para o grupo. Por isso, estamos conseguindo fazer bons jogos e ele tem me deixado mais em campo.
info_jadson_assistencias - 2 (Foto: arte)
Apesar do ótimo índice, Jadson ainda sofre com a desconfiança de parte da torcida, o que causou vaias contra o Bahia, na quarta-feira, pela Copa Sul-Americana. Ney Franco quis poupá-lo de dores musculares, justamente para o duelo contra o Corinthians. Mas, no clube, ele está em alta. Mesmo com o interesse declarado na contratação de Ganso, de posição parecida, muitas pessoas o consideraram o grande nome da equipe num primeiro turno que Rogério Ceni, Lucas e Luis Fabiano foram desfalques em várias rodadas.
- Meu trabalho é esse (dar assistências). Não é todo mundo que vai ficar contente com meu trabalho aqui no São Paulo, mas pouco a pouco a torcida pega confiança. As sete assistências mostram que tenho feito bem meu trabalho, de acordo com o que o Ney Franco e meus companheiros esperam de mim - afirmou.
No início, grande parte das assistências de Jadson era oriunda de bolas paradas, em cobranças de faltas e escanteios. Mas o número de passes precisos com a bola rolando tem aumentado, como foi o caso do lançamento para Luis Fabiano no segundo tempo, no Pacaembu. A volta do atacante, inclusive, é um alento para que o número de assistências aumente no segundo turno.
O camisa 10 poderia já ter ampliado seu índice, mas muitos jogadores não aproveitaram chances claras criadas por ele. Contra o Corinthians, por exemplo, Maicon recebeu ótimo passe de Jadson, mas finalizou para fora. Com o Fabuloso em campo, é notório que o meia procura sempre pelo centroavante.
- O Luis tem o mérito, não sou fazedor de gols, então meu papel é dar assistências. Estou feliz por ter conseguido. Ter um camisa 9 como o Luis Fabiano facilita muito meu trabalho.
Jadson são paulo treino (Foto: Joâo PIres / Vipcomm)Jadson deixou de ser substituído e virou o principal garçom do Brasileirão (Foto: Joâo PIres / Vipcomm) 
 
 

 
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