FELIPÃO MUDA, RESERVAS BRILHAM, E PALMEIRAS ELIMINA O ATLÉTICO-PR Antigos titulares, Luan e Maikon Leite entram, incendeiam e são responsáveis pelos 2 a 0 em Barueri. Semifinal terá Grêmio ou Bahia


Sem Hernán Barcos, suspenso, o técnico Luiz Felipe Scolari preferiu manter o esquema com Mazinho e a estreia de Betinho. No entanto, foram os antigos titulares que deram a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR, nesta quarta-feira, na Arena Barueri, e a vaga nas semifinais da Copa do Brasil. Com um gol de Luan e uma assistência de Maikon Leite em cobrança de escanteio, o Verdão desamarrou um jogo que prometia se complicar e agora apenas aguarda o adversário na próxima fase da competição nacional – Grêmio ou Bahia, que decidem classificação nesta quinta-feira. O time volta às semifinais depois de 13 anos (a última passagem foi em 1999).
A Arena recebeu 17.574 pagantes, maior público do Palmeiras na Copa do Brasil. Depois de um primeiro tempo morno e sem grandes emoções, o time deslanchou com a entrada de Luan e Maikon, que deixaram o time sem centroavante, mas cheio de movimentação no setor ofensivo. Boa alternativa para a sequência da temporada. O Furacão, entregue, não conseguiu reagir e virar o jogo – o primeiro duelo foi 2 a 2, em Curitiba. No fim, deu até tempo de gritar o nome do Vasco, adversário do Corinthians pela Taça Libertadores.
Em meio à classificação, uma má notícia: em jogada infantil na lateral do campo, Valdivia deu um carrinho no adversário e levou o terceiro cartão amarelo. Está fora do primeiro jogo das semifinais, que ainda não tem data definida. Em compensação, Barcos volta à sua posição no ataque.
O Palmeiras volta a jogar agora pelo Campeonato Brasileiro, domingo, contra o Grêmio, no Olímpico. Já o Atlético-PR pega o Boa Esporte na terça-feira, pela terceira rodada da Série B do Brasileirão - seu jogo da segunda rodada foi adiado.
Betinho, do Palmeiras, disputa com Manoel, do Atlético-PR (Foto: Dorival Rosa / Futura Press)
Verdão cozinha, Furacão não incendeia
Desta vez, Felipão adotou na escalação aquilo que fez nos treinos da semana. Para manter o padrão de jogo no ataque, o técnico promoveu a estreia de Betinho na vaga de Barcos – o Palmeiras não jogou uma partida sequer sem centroavante nesta temporada. Muito nervoso, o atacante errou seus dois primeiros lances com a bola nos pés, mas mostrou movimentação e até um certo entrosamento com Mazinho.
Era natural que o Atlético atacasse mais, mas Juan Ramón Carrasco fez questão de se precaver. Por isso, quatro meio-campistas, três mais de marcação, e apenas dois homens na frente – Guerrón e Bruno Mineiro. No jogo de ida, Carrasco colocou três atacantes, deixou muitos buracos na defesa e levou dois gols. Nesta quarta, o time criou poucas chances no início, mas atacou com segurança. Bruno Mineiro teve até a chance de abrir o placar, em um dos vários passes em profundidade de Liguera, mas se enrolou na hora de finalizar.
O jogo ficou concentrado no meio-campo, já que os três volantes do Palmeiras se “embolaram” com os meias do Furacão. Para o time da casa, ótimo. Cozinhar o jogo era tudo o que Felipão queria desde o início, permitindo ao Verdão decidir quando bem entendesse. Faltou um pouco mais de gana ao Atlético, que jogou como se estivesse em uma das rodadas iniciais da Série B – que disputa paralelamente à Copa do Brasil.
As primeiras boas chances do Palmeiras só apareceram depois dos 30 minutos, justamente quando o Furacão resolveu se soltar e os espaços apareceram. Valdivia não teve marcação fixa, e a movimentação de Mazinho confundiu os defensores. Betinho ganhou uma ótima oportunidade no fim, dentro da área, mas chutou em cima da zaga. O próprio Mago arriscou duas vezes, ambas por cima do gol. Muito pouco para um candidato ao título da Copa do Brasil.
Valdivia Palmeiras x Atlético-PR (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)Valdivia tenta passar pela marcação atleticana na Arena Barueri (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)
Sem centroavante, trio decide
Sem Guerrón, machucado, Juan Ramón Carrasco apostou no veloz Edigar Junio para começar o segundo tempo. Nada que mudasse o panorama do indeciso Atlético, que não sabia se segurava o Palmeiras ou tentava buscar o gol da classificação. Mais uma vez, o Palmeiras ficou na dele, tocando bola no meio-campo e levando mais perigo do que na primeira etapa.
Isso porque Valdivia foi mais acionado. Esperto, o chileno achou o espaço entre os volantes e zagueiros do Furacão, e virou dono daquele território próximo à área atleticana. Felipão trocou o ataque: Luan e Maikon Leite nas vagas de Betinho e Mazinho, para alegria dos mais de 17 mil palmeirenses que encheram a Arena Barueri. Muita gente aplaudiu a substituição dupla do comandante, que deixou a equipe sem centroavante.
Seria uma premonição dos torcedores? Com apenas dois minutos de dupla em campo, veio a jogada que definiu a classificação palmeirense. Aos 22, Maikon Leite instituiu a correria pela direita, passou por dois adversários e rolou para Valdivia, na marca do pênalti. Em vez de chutar, o Mago rolou para Luan fazer seu segundo gol em dois jogos na última semana – marcou também no empate com a Portuguesa, pelo Brasileiro.
O lance valeu o ingresso, ainda que o jogo tenha sido muito abaixo da expectativa. Aos 37, depois de mais uma bela jogada da dupla e um escanteio cobrado por Maikon, Henrique cabeceou para fazer o segundo. Sem reação, o Atlético-PR apenas assistiu à festa alviverde em Barueri, e mais uma vez parou nas quartas de final da Copa do Brasil – o time nunca passou dessa fase. Já o Verdão pôde comemorar a vaga e o retorno às semifinais depois de 13 anos. Há muito a ser melhorado, mas há também perspectivas de dias mais felizes para Felipão e seus comandados. 
  
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