Lembra dele? Autor de golaço em Fla-Flu, P. César sonha com o Tricolor Ex-lateral, atualmente o treinador da equipe sub-20 do Juventude, conta que seu feito contra o maior rival no Rio-São Paulo de 2002 mudou o rumo de sua carreira

  O Fla-Flu tem o poder de construir heróis e vilões. O lateral Paulo César, atualmente com 38 anos, viveu o lado bom da moeda e entrou para a história do clássico com um golaço durante o Torneio Rio-São Paulo em 2002. Depois daquele lance, sua carreira decolou. Foi para o PSG, seleção brasileira... Tudo com um belo empurrão do feito no clássico.

- Se eu não tivesse feito o gol, talvez minha passagem no Fluminense não tivesse tido tanto impacto - afirmou.


Paulo Cesar Fluminense 2009 (Foto: Photocamera)






Sobre o Fla-Flu da próxima quinta-feira, em Volta Redonda, Paulo César vê um leve favoritismo do rubro-negro, mas sabe melhor do que ninguém que este duelo é capaz de criar histórias que poucos imaginam. Atualmente o ex-lateral é o técnico do time sub-20 do Juventude, e já tem no currículo a conquista do Gaúcho desta temporada. Nos planos para o futuro está, claro, o Flu.

- Quem sabe um dia ser treinador do Fluminense... As oportunidades vão aparecer.

Confira a entrevista com Paulo César:

GloboEsporte.com: O que representou para a sua carreira aquele golaço marcado no Fla-Flu no Rio-São Paulo de 2002? 
Paulo Cesar, Juventude (Foto:  Arthur Dallegrave / E.C.Juventude)Paulo Cesar, Juventude (Foto: Arthur Dallegrave / E.C.Juventude)





















Paulo César: Está na memória. Foi muito marcante, mudou minha vida. Foi no ano em que minha filha nasceu, e depois fui jogar no PSG. Muitas coisas boas, como a seleção principal. Um gol daqueles, e em um clássico como o Fla-Flu... Coroou minha passagem pelo Fluminense. Se eu não tivesse feito o gol, talvez minha passagem não tivesse tido tanto impacto.

Hoje em dia se você fechar os olhos consegue reviver aquele lance na memória?


Sim. O Roger toca a bola na direita, entre eu e o Athirson. Eu chego na frente e driblo ele. Depois vem o Rocha. Por último driblo o Flávio e chuto no gol. Jamais vou esquecer.

Quais suas previsões para o Fla-Flu desta quinta-feira, disputado em Volta Redonda com torcida 50%/50%? Tem favorito?


O Flamengo está em uma crescente dentro de campo e fora, na parte da estrutura. É um clube bem falado. Claro que a torcida tem importância, assim como a do Fluminense. Vai ser um clássico interessante. O Flamengo é um pouco favorito nesse momento, mas jogos assim envolvem muita coisa, e quem estiver mais atento vai sair com a vitória. Fla-Flu é sempre Fla-Flu, independentemente de local e condição.

Qual avaliação faz dos laterais do Fla e do Flu?


Os laterais do Flamengo têm muita qualidade, o Pará é experiente, conhecido. Teve dificuldades no início para substituir um cara com a trajetória do Léo Moura, mas depois conseguiu se encaixar. Agora está aparecendo bem. O Wellington Silva é um grande lateral. Oscilava muito, desde a época do Flamengo, mas agora está mais regular e crescendo junto com o time, que o utiliza bastante.
Paulo Cesar Fluminense 2009 (Foto: Photocamera)


Desde março desde ano você assumiu o time sub-20 do Juventude. Como tem sido esta experiência?

A experiência tem sido muito boa, me identifiquei com os garotos e o trabalho foi bem proveitoso. Fomos campeões estaduais perdendo apenas um jogo no campeonato inteiro. A comissão técnica me ajudou bastante, e fizemos um trabalho bem proveitoso. Nossa safra de jogadores de 96, 97 e 98 tem muita qualidade. Agora temos que dar continuidade. Na Copa São Paulo temos a chance de fazer uma boa campanha.

Como é a relação com o Antônio Carlos Zago, técnico do time principal? Você tem participação ativa?

Foi o Antônio Carlos quem me indicou. Toda semana estamos juntos para conversar, trocar ideia sobre os jogadores que ele precisa. Depois do estadual, foram sete jogadores sendo aproveitados. É um número bastante alto.
Paulo Cesar, Juventude (Foto: Divulgação)Paulo César foi campeão gaúcho com a equipe sub-20 do Juventude (Foto: Divulgação)






















O quanto sua passagem pelo PSG teve de influência em sua formação como jogador e tem hoje no seu trabalho de treinador?

Na parte tática me ajudou muito. Costumo dizer que no Brasil eu era só jogador de futebol, e quando fui para lá virei atleta profissional de futebol. Mas aprendi muito aqui no Brasil também. Hoje em dia na minha área procuro fazer o que eu gostaria que tivessem feito comigo: transparência, honestidade, sem humilhar ninguém, mas sendo claro e direto, resolvendo os problemas no momento, sem deixar sair do vestiário. Até agora está dando certo. Espero que continue assim. Os resultados falam por sim também. Aqui no Brasil somos julgados pelos resultados.

Quais técnicos foram mais marcantes em sua trajetória e que carrega os ensinamentos para seu trabalho atual?


Cada um tem uma conotação diferente. Dentro do campo, o Luxemburgo foi o melhor. O Oswaldo de Oliveira, além de também ser bom, me ensinou muito fora do campo. O Espinosa também. Cada um tem sua parcela na minha carreira e guardo até hoje. Os estágios que eu fiz guardo bastante também, posso utilizar pelo resto da carreira. Saber se relacionar, orientar... tudo isso ajuda.

Quais os planos para o futuro? Tem algo tricolor nele?


No momento meu futuro é fazer uma boa preparação para carreira, através da Copa São Paulo, a competição mais importante para mim. Mas claro que tenho muitos desejos, como o de treinar um clube grande. Quem sabe um dia ser treinador do Fluminense... As oportunidades vão aparecer. Tenho que me manter atualizado. Minha realidade hoje é o sub-20 a preparação para a Copa São Paulo.  

  Varjota  Esportes - Ce.           /              Globoesporte.

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