A voz feminina vem superando barreiras e construindo seu espaço dentro do futebol brasileiro. Na Rede Globo, principal emissora do país, a presença de narradoras em transmissões da modalidade demorou mais de cinco décadas para ser viabilizada. Em entrevista à "Folha de São Paulo", o narrador Cléber Machado destacou o machismo como obstáculo e afirmou que a presença de mulheres em exibições esportivas é um "caminho sem volta".
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Renata Silveira é o nome mais forte entre as comunicadoras da Globo. Em 10 de março deste ano, no confronto entre Moto Club e Botafogo, pela primeira fase da Copa do Brasil, a narradora tornou-se a primeira mulher a comandar uma partida de futebol por um dos canais da emissora carioca. Recentemente, outra narradora foi contratada. Natália Lara, ex-ESPN, compõe o time feminino da empresa.
- Se alguém ainda precisa "acostumar o ouvido", vai acostumar. Não tem volta, é uma inclusão necessária. Elas fazem a transmissão no padrão que se faz transmissão na Globo. Identificam os caras, crescem nos lances próximos da grande área, são bem informadas e entendem de futebol. Têm as características necessárias para quem transmite um evento esportivo - disse Cléber Machado.
- A sociedade é machista, muitas vezes preconceituosa, elitista e barra a possibilidade de muitas pessoas se apresentarem, crescerem e ganharem espaço. Felizmente, as coisas estão evoluindo. As pessoas estão preocupadas em combater, denunciar e protestar - começou Cléber Machado.
Nas redes sociais, o público tem aprovado a performance das narradoras. Renata Silveira, muito elogiada pela condução responsável no drama vivido por Eriksen na Eurocopa, recebeu destaque nas redes sociais por sua qualidade e representatividade na transmissão esportiva que marcou sua estreia no "SporTV", em março.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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