Orlando diz que ainda aceita acordo com São Paulo por Kaká e não descarta Ganso

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 Kaká marcou na sua estreia pelo São Paulo 
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O Orlando City, dos Estados Unidos, ainda está disposto a resolver a questão da dívida de quase R$ 14 milhões que o São Paulo tem com a equipe da Flórida por meio de um acordo, sem ter que esperar a decisão do caso na Justiça.
Quem garante é o próprio dono do clube da MLS, Flávio Augusto da Silva, que assegura nunca ter pretendido resolver o imbróglio, que começou por causa de uma planilha de apenas seis linhas, nos tribunais.
"Sempre houve possibilidade de acordo. Nós nunca nem sequer quisemos fazer solicitação à Justiça para o recebimento da dívida que o São Paulo tem conosco. Mas, infelizmente, como não houve nem pagamento e nem uma conversa que nos deixasse seguros, a gente recorreu à Justiça. Mas sempre há e sempre houve (interesse de resolver a questão com o São Paulo)", afirmou, em entrevista ao ESPN.com.br.
Silva diz, no entanto, que, apesar do Orlando estar "à disposição", o São Paulo não demonstra interesse em resolver a briga de forma "pacífica".
"O que nunca houve foi iniciativa do São Paulo de saldar o compromisso. Desde que a situação [saída de Carlos Miguel Aidar da presidência do clube] aconteceu, eu entrei em contato algumas vezes, mas não houve deles nenhum interesse, nenhuma sinalização, eles entendem de outra forma... Estamos aguardando a Justiça, mas, se houve contato deles, estamos à disposição", salientou.
Na entrevista, o proprietário do City também revelou que não descarta tentar novamente a contratação do meia Paulo Henrique Ganso, do próprio São Paulo, para a próxima temporada da MLS, além de ter comentado a atual situação de Kaká e garantido que nunca fará investimentos em um time brasileiro.
Confira a entrevista com Flávio Augusto da Silva:
ESPN: Quando o investimento que o senhor fez no Orlando estará pago?
FAS: O investimento que eu fiz, sob determinados pontos de vista, já está pago. Hoje, a valorização dos clubes da MLS é muito alta, então, sob o ponto de vista de valorização, já foi pago.
ESPN: Como é ver Kaká ser convocado, só ficar no banco e correr o risco de se machucar?
FAS: Eu acho que a seleção brasileira tem um papel muito importante par ao jogador. Ele gosta bastante da seleção, e a gente apoia a decisão dele (de defender). Tivemos a falta dele em um jogo, acabou sendo ruim por isso. E contusão pode acontecer sempre, é risco inerente da profissão dele. Aquilo que está não só promovendo o clube como ao mesmo tempo motivando o jogador a gente apoia.
ESPN: Acha que com a saída de Aidar pode haver um acordo no caso da dívida de Kaká?
FAS: Sempre houve possibilidade de acordo. Nós nunca nem sequer quisemos fazer solicitação à Justiça para o recebimento da dívida que o São Paulo tem conosco. Mas, infelizmente, como não houve nem pagamento e nem uma conversa que nos deixasse seguros, a gente recorreu à Justiça. Mas sempre há e sempre houve (interesse de resolver a questão com o São Paulo). O que nunca houve foi iniciativa do São Paulo de saldar o compromisso. Desde que a situação (saída do Aidar) aconteceu, eu entrei em contato algumas vezes, mas não houve deles nenhum interesse, nenhuma sinalização, eles entendem de outra forma... Estamos aguardando a Justiça, mas, se houve contato deles, estamos à disposição.
ESPN: Com a desvalorização do real vai ficar mais fácil a MLS contratar jogadores brasileiros?
FAS: Vai ficar mais barato, né? Há interesse grande dos jogadores em atuarem lá, tendo em vista os salários mais atrativos, por conta da variação cambial, além da questão da qualidade de vida, da própria segurança financeira para recebimento dos salários. Também há a questão da visibilidade, pois os jogos da MLS são transmitidos para mais de 100 países.
ESPN: Ainda há interesse em contratar o Ganso?
FAS: Nós tivemos interesse naquele momento, até fizemos uma proposta por ele. Nesse momento, estamos esperando terminar a temporada para falar sobre o time. Nunca está descartado, mas não falamos sobre o ano que vem ainda. A temporada acaba agora em novembro, e a partir daí vamos ver as alternativas que temos no mercado.
ESPN: E Luis Fabiano?
FAS: A gente conversou sobre Luis Fabiano num determinado momento, mas agora... A gente começa a partir de novembro a definir o time para o próximo ano.
ESPN: Já pensou em contratar um brasileiro para ser treinador do Orlando?
FAS: No momento, não. Nosso técnico é inglês, mas nós não temos preconceito nem preferência com nenhuma nacionalidade, inclusive a brasileira.
ESPN: Já pensou ou pensa em algum dia investir em um clube brasileiro?
FAS: Não tem como... Eu sou dono do Orlando, mas não posso comprar o São Paulo, o Flamengo...
ESPN: E ter um time empresa no Brasil?
FAS: Aí não tem torcida... Você ter um clube sem torcida é a mesma coisa que não tem time. Time sem torcida não dá... Esse é o diferencial de lá. O futebol nos Estados Unidos te permite construir uma base de fãs enorme, haja vista que nossa média de público esse ano foi maior que a de qualquer time brasileiro. E com o novo estádio isso vai maximizar. Na MLS, você tem a possibilidade de conquistar novos fãs no mundo inteiro.
Outro lado
Procurado pela reportagem, o São Paulo ainda vive momento conturbado após a renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar e não respondeu.
Os departamentos institucionais ainda estão sendo reformulados e, por isso, o clube está sem diretor jurídico no momento.
A tendência é que o clube indique novos nomes nos próximos dias, para ocuparem as posições antes das eleições, marcadas para o dia 27 de outubro.
No entanto, conforme apurou a reportagem, a tendência é que o clube aceite ao menos conversar com o Orlando City sobre o imbróglio que hoje corre na Justiça de São Paulo.
O presidente interino Carlos Augusto Barros, o Leco, não atendeu aos telefonemas doESPN.com.br


 Varjota  Esportes - Ce.              /         Gazeta Press

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