Sob o forte calor de 33° no Rio, o Vasco teve uma atuação para ser esquecida em sua estreia pela Série B, perdendo por 2 a 0 para um organizado Operário. Os desfalques certamente prejudicaram o desempenho do time. Fora do jogo por conta de uma contusão, Marquinhos Gabriel, que vinha sendo o cérebro do meio campo cruzmaltino, não tem substituto à altura, e o time perde muito na criatividade durante sua ausência.
O miolo de zaga é outra dor de cabeça para o técnico Marcelo Cabo. Com o principal defensor, Leandro Castán, fora por lesão, ficou evidente a fragilidade defensiva do time, que dava muitos espaços para o ataque do Operário, que chegou pelo menos três vezes com perigo ao gol de Vanderlei logo nos primeiros minutos de jogo. Em uma delas, após Zeca perder a bola na defesa, o goleiro não conseguiu evitar o gol.
Em que pese a segura atuação da equipe paranaense, que não dava espaços para o adversário jogar e chegava periodicamente com perigo à meta do adversário, o Vasco fez muito pouco na primeira etapa, só conseguindo botar o goleiro Simão para trabalhar já no final do primeiro tempo, em chute de Figueiredo — no que gerou o primeiro escanteio do cruzmaltino no jogo, dando a dimensão da pobreza ofensiva do time.
Mas, se existe justiça no futebol, ela premiou o Operário e castigou o Vasco, que deu nova bobeira defensiva. Andrey errou o passe para trás, Ricardo Bueno recebeu livre e não perdoou. Após o intervalo, pressionado, Marcelo Cabo decidiu lançar os estreantes Sarrafiore e Daniel Amorim, que pouco puderam fazer para mudar a partida. O mesmo pode ser dito sobre Germán Cano, absolutamente preso entre os zagueiros do “Fantasma”, tendo apenas uma oportunidade na partida, finalizando de fora da área.
No segundo tempo, coube ao organizado Operário apenas administrar a boa vantagem, após bela exibição, tanto ofensiva quanto defensivamente. Ex-Vasco, Pimpão ainda acertou a trave no fim do jogo, evidenciando a superioridade dos paranaenses. Na entrevista após o jogo, Léo Matos fez uma leitura precisa da fase do time:
— Eu costumo dizer para os meus amigos e minha família que o homem não pode apanhar na mesma esquina duas vezes. Se ele passou por ali e apanhou, ele tem que ir por outro caminho. E nós, no campeonato estadual, já tivemos algumas situações parecidas com essa, entrar sem intensidade no jogo. E o que a gente vem falando desde o início é o seguinte: se a gente não igualar na força, a gente não vai ganhar. (o Operário) Uma equipe muito bem preparada, veio aqui e deu um nó que a gente não conseguiu se livrar — disse o defensor.
Varjota Esportes - Ce. / Globo Esportes.
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