O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e o ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Juan Angel Napout, foram considerados culpados por associação para delinquir, fraude bancária e lavagem de dinheiro, nesta sexta-feira, durante julgamento do escândalo de corrupção que sacudiu a Fifa.
Após sete semanas no tribunal e seis dias de deliberações, o júri de Nova York não tirou conclusões sobre se o terceiro acusado, o ex-presidente da Federação Peruana, Manuel Burga, é culpado ou não da acusação de associação para delinquir.
Marin, que comandou o futebol brasileiro entre março de 2012 e maio de 2015, foi declarado culpado em seis dos sete delitos dos quais era acusado, por aceitar subornos em troca de contratos de transmissão e marketing em jogos da Libertadores e da Copa América.
Por outro lado, o júri absolveu o brasileiro da acusação de conspiração de fraude bancária ligada à Copa do Brasil.
Napout, por outro lado, foi declarado culpado em três das cinco acusações: associação para delinquir e duas acusações de fraude bancária relacionadas à Copa América e à Libertadores.
Os três acusados são os únicos de um total de 42 que insistiam em suas inocências, após extradição aos Estados Unidos onde estão em prisão domiciliar.
Segundo a procuradoria, Napout, Marin e Burga entraram em acordo para receberem, respectivamente, 10,5 milhões, 6,55 milhões e 4,4 milhões de dólares em subornos de empresas esportivas, entre 2010 e 2016.
Os acusados, presentes no tribunal, escutaram o veredito de maneira séria e sem demonstrar reações. Os filhos de Napout e sua esposa, visivelmente nervosos, eram os únicos familiares dos acusados no tribunal.
A juíza Palme Chen, responsável do caso Fifa, vai decidir a sentença dos condenados. Os advogados dos acusados podem apelar a decisão do júri.
AFP
Varjota Esportes - Ce. / O Povo.
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