© Pascal GUYOT A atacante brasileira Debinha em partida contra a Austrália pelo Grupo C da Copa do Mundo em Montpellier, no dia 13 de junho de 2019
Ela ainda não balançou as redes na Copa do Mundo feminina, mas sua jogada contra a Itália quando quase marcou um gol de letra deu a volta ao mundo. Debinha é a nova estrela do Brasil, que neste domingo enfrenta a anfitriã França nas oitavas de final.
"É uma jogadora que encarna perfeitamente o jogo brasileiro, com muita ginga e capacidade de romper as linhas adversárias", diz Renata Mendonça, jornalista especializada em futebol no portal Uol.
Atacante de 1,58 metros, a camisa 9 da seleção tem 27 anos e lidera a nova geração de uma equipe que tem um trio de lendas: Marta (33 anos), Cristiane (34) e Formiga (41).
Na terça-feira Marta entrou para a história do futebol ao bater o recorde de gols em Copas do Mundo, masculina e feminina, com 17, mas foi Debinha a melhor notícia do Brasil. Além das boas jogadas, cavou o pênalti que sua companheira marcou e que garantiu a vitória de 1 a 0 sobre as italianas.
© Denis Charlet Debinha tenta driblar a italiana Elisa Bartoli, no dia 18 de junho de 2019 em Valenciennes
No início da partido ela havia protagonizado um dos momentos mais marcantes do duelo. Primeiro sofreu uma duríssima entrada de Bartoli, que provocou um corte em sua meia.
No escanteio seguinte tentou a letra mas a goleira italiana defendeu milagrosamente. Se a bola tivesse entrado poderia ter sido o gol da Copa.
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Titular surpresa
O repertório de Debinha não tem fim. Dribles, toques de letra e calcanhar, bolas por entre as pernas das adversárias...
Jogando pelas pontas, ela é muito rápida com a bola no pé e também se destaca por sua qualidade no passe, o que ajuda muito Cristiane e Marta.
Ela ainda não conseguiu coroar sua atuação na Copa com um gol, mas vem tentando. É a jogadora brasileira com mais finalizações na competição: dez, com três na direção do gol.
"Ela está fazendo um grande Mundial, embora tenha uma certa tendência a falhar na definição", explica Renata Mendonça.
Campeã dos Estados Unidos com o North Carolina Courage em 2018, é uma das cinco brasileiras a ter disputado as três partidas da fase de grupos da Copa.
E antes Debinha não começava as partidas como titular. O técnico Vadão a escolheu para substituir Marta, que se recupera de um problema na coxa, na equipe que enfrentou a Jamaica, e venceu por 3 a 0.
"Ela jogou tão bem que se tornou indispensável", diz a jornalista.
Suas companheiras sabem até que ponto a atacante é capaz de fazer a diferença.
"Ela mostrou desde a primeira partida que pode complicar a vida das defesas adversárias", afirmou na sexta-feira a zagueira Kathellen.
"É muito importante para nós e tenho certeza de que vai criar muitas chances de gol contra a França", acrescentou a jogadora, que atua no Bordeaux.
Neste sábado Vadão dividiu a coletiva de imprensa com Debinha, a quem elogiou. "Ela está fazendo uma Copa muito boa, é rápida, joga nas duas pontas. Nós a admiramos por sua polivalência e seu papel no ataque", disse.
A seu lado, Debinha sorriu. "É a Copa do Mundo, é preciso mostrar o melhor futebol e é o que tento fazer para ajudar minha equipe", acrescentou.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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