Por que ideia da Fifa de ‘nova janela de transferências’ é ruim (e boa) para o Brasil

 © ESPN
De acordo com informações do jornal inglês Telegraph, a Fifa estaria estudando uma medida para sanear a crise financeira dos clubes: uma extensão da janela de transferências.
Assim, a janela do meio do ano, que normalmente vai do começo de julho ao final de agosto nas grandes ligas europeias, poderia ser estendida até janeiro de 2021. Desta maneira, os clubes teriam alguns meses recebendo receitas antes do período de contratações. 
Mas e o Brasil, como fica nesta história?
Existem duas formas de analisar o impacto que tal medida poderia ter futebol brasileiro. O assédio geral dos europeus ficaria prolongado até o final do ano. Assim, não seria nenhum absurdo imaginar que clubes poderiam perder jogadores em meio à competições como o Brasileirão.
Claro, é possível que, neste caso, mecanismos seriam feitos para impedir que isso acontecesse. No entanto, caso a janela realmente se estenda, é natural que os europeus queiram buscar jogadores brasileiros, mais baratos - devido a desvalorização do Real - e, em suma maioria, com possibilidade de revenda.
João Pedro estreia Watford Tranmere FA Cup 04 01 2020 © Fornecido por Goal.com João Pedro estreia Watford Tranmere FA Cup 04 01 2020
Fica óbvio que este possível êxodo de jogadores mais jovens seria péssimo para o futebol brasileiro... mas não tão ruim para os clubes.
Endivididas, as equipes brasileiras que já passam por problemas financeiros perderiam quase meio-ano de receitas devido à crise do coronavírus Covid-19. Não só isso: caso o Brasileirão seja realmente jogado em mata-mata, fica difícil imaginar que a TV Globo e a Turner, emissoras que transmitem a competição, pagariam o mesmo valor de cotas de TV e transmitiram menos datas.
Desta maneira, fica claro que o impacto financeiro que a pandemia irá causar nos clubes será significativo... assim, talvez algumas equipes só se sustentem vendendo seus jovens valores, como já acontece hoje. Neste caso, a abertura da janela não seria de todo mal.
Como a maioria das coisas na vida, uma medida tal impactante para o futuro do futebol traria benefícios e malefícios. Se o futebol brasileiro perdesse talentos, ele também possivelmente ganharia clubes mais saudáveis financeiramente. Como ainda não se sabe a decisão da Fifa, fica difícil imaginar qual seria a decisão. Segue nos próximos capítulos. 

 Varjota Esportes - Ce.          /          MSN.

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