FABRÍCIO Ainda intocável

Imune à mudança de técnicos ou chegada de novos zagueiros no Vovô, Fabrício continua absoluto na defesa
Os mais de 200 jogos com a camisa do Ceará, a tarja de capitão e a titularidade na defesa há mais de três anos impõem respeito. Por essa trajetória no Vovô, o jogador é intocável na zaga alvinegra, mesmo com as mudanças de técnicos e a chegada de novos defensores.

A Série A deste ano, que o Vovô passa por sérios problemas defensivos, reforça a tese de intocável. Fabrício jogou 22 dos 26 jogos do Vovô até então. Ficou de fora apenas por suspensão ou lesão. Ao contrário de seu companheiro de zaga - ou companheiros no caso de três zagueiros - que sempre foram modificados: Erivélton, Diego Sacoman, Edmílson, Anderson Luis e Thiago Matias já se revezaram na defesa do Vozão, em dupla ou trio ao lado do intocável Fabrício, que pode jogar com o sétimo zagueiro diferente no domingo, contra o Atlético Mineiro: Daniel Marques.

O zagueiro foi titular nos dois últimos treinamentos - quarta no Vovozão e ontem no Ceten, em Itaitinga - por Edmílson estar com problemas na coluna cervical. O experiente defensor será avaliado hoje pela manhã para saber se viaja com o grupo.

Moral
Sobre a longevidade como titular, Fabrício avaliou. "Sempre deixei bem claro que se conquista espaço no clube foi com trabalho. E isso vem dando certo, independente da comissão técnica que esteja no clube, sempre me mantendo como titular".

Com a saída de Geraldo, o zagueiro herdou a braçadeira de capitão. Mais uma prova da sua identificação com o Ceará.

Só que um episódio recente quase arranhou a imagem de ídolo que Fabrício construiu em quatro ano de clube. Após a expulsão contra o Botafogo e a consequente goleada de 4 a 0, no Engenhão, uma crise entre Fabrício e o Vovô surgiu.

O jogador recebeu uma proposta do Sport Recife e apresentou à diretoria, que por sua vez, o liberaria apenas com o pagamento de multa. Com o vazamento na negociação, o jogador foi afastado, treinou à parte, e quando retornou, foi hostilizado pela torcida, que o acusou de querer sair do clube.

Argumento
Fabrício se defendeu. "Falaram que eu tinha problemas internos com os jogadores, com comissão técnica. Criaram tudo em dois ou três dias, que eu apresentei uma proposta do Sport. Fiz meu papel de profissional, apresentei para a diretoria uma proposta melhor financeiramente. Como não pagaram a multa rescisória, permaneci".

O jogador garante estar feliz no Ceará. "Em momento algum deixei de me dedicar nos treinamentos e jogos. Recebi mais de cinco propostas para sair do Ceará. Deixo claro que estou feliz aqui, fazendo o meu melhor até o ultimo dia do meu contrato", finalizou o capitão.

Boa relação

No treino do Ceará no Ceten, em Itaitinga, o presidente do clube, Evandro Leitão, o vice, Robinson de Castro, e o proprietário do Centro de Treinamento, Ângelo Oliva, observaram a estrutura e conversaram demoradamente. A diretoria alvinegra já quis comprar o Ceten, em agosto, mas o negócio travou. Uma nova investida, segundo Evandro, depende da permanência do Vovô na Série A, quando as cotas de TV aumentarão FOTO: FRANCISCO VIANA

VLADIMIR MARQUESREPÓRTER  
 
 DN  /    Varjota  Esportes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário