'Já liberamos todo mundo, não temos time', diz diretor do Tocantinópolis Vice-presidente do clube tocantinense, Salim Milhomem, diz que maioria dos jogadores já rescindiu contrato e não poderá enfrentar o Anapolina

‘Já liberamos todo mundo. Tem jogador no Piauí, em Fortaleza, no Maranhão, aí em Goiás, pra reunir todo mundo de novo vai ser difícil’. A constatação revela o que deve ocorrer na próxima quarta-feira, dia em que Anapolina e Tocantinópolis voltam a se enfrentar pela Série D: a equipe tocantinense levará atletas juniores para a partida, e irá sem treinar. Além dos jogadores que já rescindiram o contrato com o clube, há ainda os atletas que foram suspensos após a decisão do STJD (Gustavo, Fuzuê, China, Santos e Renatinho).
Mesmo diante das dificuldades para o confronto, o vice-presidente do Alviverde do Tocantins, Salim Rodrigues Milhomem, garante que o time entrará em campo na próxima quarta. Entretanto, o dirigente pretende tentar um efeito suspensivo quanto à decisão da Segunda Comissão Disciplinar do STJD, que anulou a partida disputada no último dia 19, em Anápolis.
- A gente já mandou todos os jogadores pra fora, alguns ainda não rescindiram, mas o contrato de vários já acabou, então não temos o time, por isso estamos estudando uma forma, uma maneira. Nós podemos entrar com efeito suspensivo, qualquer decisão dessas cabe um efeito suspensivo. Estamos analisando esses méritos, e temos até amanhã (sexta-feira) – declarou o Salim Milhomem.
Segundo o vice-presidente do clube, os atletas do sub-18 estão jogando o campeonato estadual e, portanto, poderiam ajudar a equipe principal contra o Anapolina. O dirigente garantiu que em nenhum momento cogitou a possibilidade de não comparecer ao jogo, e ressaltou que cumprirá o que foi decidido pela CBF, apesar das adversidades que terá pela frente, caso tenha que ir a Anápolis novamente.
- Não tem problema não, o que a gente quer é acabar com essa confusão toda logo de uma vez. Nós temos que formar uma equipe, mas se for pra cumprir tabela, vamos cumprir, vamos determinar o que a CBF mandou. Vamos jogar pra evitar mais problemas pra gente. Se eles (Anapolina) não ganharem, o problema é deles, a gente não tem nada a ver com isso, vamos pro jogo. Só que eu não vejo uma punição maior do que essa de ter que ir a Anápolis, com todas as despesas, hospedagem, transporte, tudo. É complicado.
‘Cai-cai foi uma coincidência’
Salim negou que o Tocantinópolis tenha recebido qualquer gratificação do Itumbiara para ajudar na desclassificação do Anapolina. Em sua defesa, o diretor ressaltou que tanto o Gigante do Vale, quanto o time tocantinense foram absolvidos na acusação de manipulação do resultado, e afastou qualquer possibilidade de o Itumbiara procurar a equipe após a remarcação do confronto com a Rubra goiana. O diretor revelou ainda que tentará recorrer da decisão do STJD.
- A mala-branca pode ser ilegal pro STJD, mas o errado mesmo é receber dinheiro pra perder, só que em momento algum isso aconteceu. Acho que não houve ‘cai-cai’, foi mera coincidência. Aliás, cabe recurso da decisão, e vamos tentar. Não teve contato de ninguém, esse momento é de nós nos defendermos.
Salim Milhomem também defendeu o goleiro reserva Régis, que momentos antes de entrar em campo disse que ‘melaria’ a partida contra o Anapolina, caso o juiz continuasse a expulsar mais companheiros.
- Aquilo foi o momento da partida, o momento em que o Régis entrou era o mais crucial, e era uma pressão horrível lá em Anápolis, o cara fala qualquer coisa, em momento algum ele quis dizer que ia cair por querer, é um momento de cabeça quente.
Caso não seja concedido o efeito suspensivo, Anapolina e Tocantinópolis se enfrentarão na próxima quarta-feira, dia 5 de outubro, às 20h30m, no estádio Jonas Duarte. O segundo confronto entre Itumbiara e Villa Nova-MG, válido pelas oitavas de final da Série D, está temporariamente suspenso.   

  Globoesporte.com  /  Varjota  Esportes.

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