BUENOS AIRES - O técnico Mano Menezes não confirma, mas dá pista de que deve escalar um quadrado ofensivo na seleção brasileira na Copa América. Pelo menos no coletivo de domingo, o primeiro desde a chegada dos reforços do Santos, campeões da Libertadores, o treinador colocou os titulares com Ganso, Robinho, Neymar e Pato juntos. No meio, dois volantes: Ramirez e Lucas Leiva.
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- O que vai dizer são os treinos e os jogos - despista Mano, ao ser indagado se o Brasil pode jogar com os quatro tanto quanto enfrentar a Venezuela quanto contra a Argentina, por exemplo.
Neymar e Pato na frente parecem, neste momento, não ter ameaças. Ganso é certo também. A dúvida no esquema residiria entre Robinho e Elano. Com o primeiro, o time fica mais ofensivo, mas pode também se tornar mais vulnerável na marcação. Com o segundo, ganha mais cadência e pegada.
No ritmo de Ganso
No esquema de Mano quem terá papel fundamental será Paulo Henrique Ganso. O treinador conta com a técnica e a visão de jogo apuradas do camisa 10 do Santos para furar o bloqueio que a seleção certamente vai encontrar. Mesmo ainda sem estar no ritmo ideal - jogou apenas a final da Copa Libertadores após 45 dias tratando de uma lesão muscular na coxa direita - o meia mostrou que, com ele em campo, os atacantes serão abastecidos com maior frequência do que vinha acontecendo nos últimos jogos.
- A ideia é termos uma equipe equilibrada, com muita posse de bola, mas ao mesmo tempo contundente. Às vezes, o time fica com a bola, mas não consegue penetrar na área adversária, criar chances claras de gol. Com uma formação mais ofensiva e com o Ganso entendo que isso ficará mais fácil. Ele só precisa de mais continuidade na seleção para repetir o que faz no Santos - disse Mano, logo após comandar o coletivo, que durou 50 minutos e terminou com a vitória de 2 a 0 dos titulares. - Ainda precisamos fazer alguns ajustes nos homens de frente, principalmente com Robinho e Neymar que jogam mais pelos lados, Sem a bola ainda temos que melhorar para não ficarmos vulnerável - explicou o técnico.
Sobre Neymar, Mano acredita que o astro, de 19 anos, está amadurecendo rápido diante de tanta exposição. Na Libertadores, Mano lembra, ele foi marcado em cima por mais de um adversário, apanhou muito e ainda assim foi decisivo.
- A seleção depende menos do Neymar do que o Santos. Aqui, temos outros grandes valores, e ele não é nossa única solução - disse.
Quem ainda está precisando se firmar é Alexandre Pato. O atacante é visto pelo treinador como o homem ideal para completar o quarteto ofensivo, pois tem muita qualidade técnica. Mas o fato é que ainda não convenceu que pode dar sequência à linhagem de grandes centroavantes, como Careca, Romário e Ronaldo:
- Pato está iniciando sua trajetória na seleção. Não podemos compará-lo com jogadores que fizeram história ao longo da carreira.
O Globo (esporteglb@oglobo.com.br)
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