As conquistas são impressionantes: nove dos últimos dez títulos nacionais. O elenco é o melhor do handebol feminino no Brasil. Mas a atual situação não combina com esse currículo. O time de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, foi convidado para participar do primeiro Pan-Americano feminino de clubes, que será realizado no Chile. As brasileiras estão no Grupo A ao lado do Santiago Morning (Chile), Layva (Uruguai) e Cerro Porteño (Paraguai).

O problema é que não há dinheiro suficiente para bancar a viagem, que custaria por volta de R$ 50 mil. O dinheiro pagaria as passagens, alimentação e hospedagem das 15 atletas e três membros da comissão técnica para a competição, inédita entre as mulheres no continente. A Confederação Brasileira de Handebol diz que só pode pagar a taxa de inscrição, que é de R$ 500.
- A CBHb irá pagar a taxa de inscrição, mas não pode bancar todas as despesas por não ter essa verba e por não poder privilegiar apenas um clube, já que temos outras equipes que participam de torneios internacionais, entre eles, o Taubaté e o Pinheiros, que competiram neste mesmo campeonato (no masculino) este ano, na Argentina – disse a Confederação em nota.
A prefeitura de São Bernardo, que mantém o time, diz que a viagem está fora do orçamento previsto para este ano.
- Esta é uma competição que não existia no naipe feminino, surgiu agora, durante a Olimpíada, recebemos o convite há muito pouco tempo - disse o secretário de esportes de São Bernardo do Campo, José Alexandre Pena Devesa.

Por isso, as meninas resolveram dar um jeito para viajar por conta própria. Elas estão arrecadando doações pela Internet, o chamado “crowdfunding”, a popular vaquinha online.
- Sempre foi uma vontade nossa, como clube, participar de uma competição internacional. Algumas aqui não sabem o que é jogar lá fora. Quando apareceu o convite, foi uma oportunidade – afirmou a ponteira Célia, diversas vezes convocada para a seleção brasileira.
A situação da equipe de São Bernardo é um reflexo do handebol no Brasil, não da seleção brasileira, que é uma das melhores do mundo e conquistou o título mundial em 2013. A explicação é a seguinte: para alcançar sucesso e fugir de casos como esses, as principais jogadoras tiveram que deixar o país.
Das 14 atletas que foram convocadas para os Jogos Olímpicos, 12 atuam na Europa. O Pan-Americano começa em 1º de novembro. As meninas vão continuar fazendo a arrecadação online até o próximo dia 12.
Até agora foram doados cerca de R$ 5 mil. Mas elas ainda vão fazer uma feijoada beneficente para levantar mais dinheiro.
- Nenhuma vergonha. É para mostrar mais uma vez que os atletas estão difundindo a modalidade, eles amam o que eles fazem e o que falta é um pouco de investimento, infelizmente – conclui a pivô Lívia.
- Sempre foi uma vontade nossa, como clube, participar de uma competição internacional. Algumas aqui não sabem o que é jogar lá fora. Quando apareceu o convite, foi uma oportunidade – afirmou a ponteira Célia, diversas vezes convocada para a seleção brasileira.
A situação da equipe de São Bernardo é um reflexo do handebol no Brasil, não da seleção brasileira, que é uma das melhores do mundo e conquistou o título mundial em 2013. A explicação é a seguinte: para alcançar sucesso e fugir de casos como esses, as principais jogadoras tiveram que deixar o país.
Das 14 atletas que foram convocadas para os Jogos Olímpicos, 12 atuam na Europa. O Pan-Americano começa em 1º de novembro. As meninas vão continuar fazendo a arrecadação online até o próximo dia 12.
Até agora foram doados cerca de R$ 5 mil. Mas elas ainda vão fazer uma feijoada beneficente para levantar mais dinheiro.
- Nenhuma vergonha. É para mostrar mais uma vez que os atletas estão difundindo a modalidade, eles amam o que eles fazem e o que falta é um pouco de investimento, infelizmente – conclui a pivô Lívia.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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