Os torcedores cruzeirenses podem se acostumar aos nomes de Eurico, Bruno Ramires, Judivan e Hugo Ragelli nas escalações do time nos próximos anos. Afinal, o futuro do clube passa por eles. Assim como Mayke, Lucas Silva e Alisson, nomes sólidos dos profissionais, os quatro são oriundos das categorias de base e, pelo que demonstraram diante da Chapecoense, têm tudo para repetir o sucesso dos antigos companheiros (veja acima o gol de Ragelli).
O trabalho desenvolvido na Toca da Raposa I, local de concentração das divisões de base do Cruzeiro, vem sendo colhido nos últimos anos. Não são somente os títulos, mas também o número de jogadores revelados e aproveitados pela equipe de cima. No time misto na partida em Chapecó, quatro novas caras se apresentaram para a torcida. Conheça um pouco mais sobre eles.
O polivalente Eurico
Eurico: na lateral ou no meio-campo, pode escalar (Foto: Washington Alves/ Light Press)
Natural de Santa Luzia, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, Eurico se destacou no Campeonato Brasileiro Sub-20 de 2012, conquistado pelo Cruzeiro. O volante chegou às categorias de base do clube em 2008, quando ainda tinha 13 anos, e sempre mostrou personalidade forte, maturidade e coragem, por nunca fugir das divididas em campo e das responsabilidades fora dele. Eurico já disputou seis partidas pelo time profissional. Mas a primeira como titular foi diante da Chapecoense. Outro ponto forte do jogador é a versatilidade. Volante de origem, ele também atua como lateral-direito.
- Eu procurei aproveitar a oportunidade, tanto como volante quanto como lateral. É sempre bom o jogador fazer mais de uma função em campo, porque isso ajuda na hora de ser relacionado. Há muito desgaste no Campeonato Brasileiro. No ano que vem vamos disputar o Mineiro e temos que estar preparados para corresponder e fazer o nosso melhor dentro de campo.
Eurico elogiou o desempenho dos companheiros da base diante da Chapecoense e o trabalho feito pelo Cruzeiro nos últimos anos.
- É muito bom. É sinal de que a categoria de base do Cruzeiro está sempre revelando bons jogadores. Quando a gente está lá, tenta aprender o máximo possível para chegar ao profissional pronto. Tivemos bom desempenho (domingo), tanto eu quanto o Judivan, o Hugo Ragelli e o Bruno. Temos que estar sempre preparados para fazer nosso papel da melhor forma possível.
Bruno, o novo Ramires
Bruno e as semelhanças com o veterano Ramires:
"Apelido carinhoso" (Foto: Tarcísio Badaró)
"Apelido carinhoso" (Foto: Tarcísio Badaró)
Ele surgiu no futebol como Bruno Edgar, nome de batismo. Mas aos poucos está se tornando conhecido como Bruno Ramires. Para entender o apelido, basta dar uma olhada na foto ao lado. E, também, vê-lo jogar. O estilo é semelhante ao ex-cruzeirense (e atualmente no Chelsea). O apelido não o incomoda, muito pelo contrário.
- Podem me chamar de Bruno Ramires, tanto faz, é um apelido carinhoso, pelo estilo de jogo parecido. Fico muito feliz com isto. Meu estilo de jogo é de muita marcação, com saída de jogo rápida, com passadas largas. Chego bem à frente para procurar sempre surpreender o adversário.
Baiano de Salvador, Bruno Ramires chegou ao Cruzeiro em 2007, com 13 anos, depois de ter passado por Bahia e Vitória. Também jogou pelo Itaúna, emprestado pelo Cruzeiro por dois anos, até voltar à Toca da Raposa em 2009, de onde não saiu mais. Jogou no time campeão brasileiro sub-20 em 2012. No domingo, aos 20 anos, teve a primeira chance entre os profissionais.
- Todo jogador da base sonha com isto: uma chance no profissional. Agradeço a todo o elenco pela força que me deu, pela confiança. Estou muito feliz.
- Todo jogador da base sonha com isto: uma chance no profissional. Agradeço a todo o elenco pela força que me deu, pela confiança. Estou muito feliz.
O veloz Judivan
Judivan e Hugo Ragelli duas das promessas do Cruzeiro (Foto: Marco Antonio Astoni)
A torcida cruzeirense deve ter se surpreendido ao ver a desenvoltura com que Judivan entrou em campo contra a Chapecoense. O estilo agressivo, que combina velocidade e habilidade, desmontou a defesa adversária e foi fundamental para o Cruzeiro empatar a partida, numa jogada sua pela direita, concluída com cabeceio de Hugo Ragelli. Este é o jeito de jogar do garoto de 19 anos, nascido na Paraíba e que, aos seis anos, se mudou para o interior de São Paulo, onde chamou a atenção dos olheiros do Cruzeiro.
- Eu venho trabalhando há bastante tempo. Estou treinando bastante e me dedicando ao máximo. Sem dúvida é isto que a torcida pode esperar, um jogador rápido, veloz, que parte pra cima - disse o jogador, desde 2010 no Cruzeiro.
O entrosamento com Hugo Ragelli vem desde o começo do ano, quando começaram a jogar juntos no time profissional. Judivan falou sobre o amigo como um legítimo campeão brasileiro.
- Essa parceria já vem desde a base. Desde que ele chegou ao Cruzeiro temos este entrosamento. Hoje (domingo) não foi diferente. Pude dar um passe para ele fazer o gol. Estou muito feliz com minha estreia. É muito bom fazer parte deste grupo campeão brasileiro.
Ragelli: estreia com estrela
Trinta e quatro segundos. Foi o tempo que Hugo Ragelli precisou para fazer o primeiro gol como jogador profissional. O atacante, que é de Montes Claros (norte de Minas), passou quatro anos na base do Palmeiras até chegar ao Cruzeiro, no começo deste ano. Ele entrou em campo no segundo tempo da partida contra a Chapecoense e não demorou a gravar o nome na história do tetracampeonato brasileiro da Raposa.
- Eu sou um cara tranquilo, na minha, humilde. Eu vou buscar meu espaço no Cruzeiro. Vim para o Cruzeiro no começo deste ano e também estou fazendo muitos gols. Hoje (domingo), a minha estrela brilhou. Foi uma emoção muito grande: entrar em campo e em poucos segundos fazer um gol.
Para Hugo, o gol não foi por acaso, já que conhece bem o estilo de jogo do companheiro Judivan.
- Esta parceria com o Judivan tem dado certo na base e hoje (domingo) deu certo também. Realizei um sonho de criança. Joguei com vários jogadores importantes. O Cruzeiro é um clube vitorioso.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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