Felipe Melo suspenso e até Allianz Parque fechado: os riscos para o Palmeiras após briga no Uruguai



 Brigas após jogo contra o Peñarol pode ter consequências para o Palmeiras na Libertadores
© ESPN.com.br/EFE Brigas após jogo contra o Peñarol  pode ter consequências para o Palmeiras na Libertadores
A confusão dentro e fora de campo após a vitória por 3 a 2 sobre o Peñarol deve trazer consequências ao Palmeiras para a sequência da Copa Libertadores. As possibilidades previstas no Regulamento Disciplinar da Conmebol incluem suspensão a Felipe Melo e até jogos sem torcida no Allianz Parque.
Em relação ao que aconteceu ainda no gramado, o documento que rege as decisões do Tribunal de Disciplina da entidade máxima do futebol sul-americano diferencia agressões entre graves ou não. De acordo com a avaliação, as suspensões mínimas vão de três a cinco jogos, mas podem ser maiores.
Depois do apito final, Felipe Melo acertou um soco em Matías Mier após ter sido perseguido por uruguaios. Se o comportamento for entendido como "conduta violenta", o brasileiro corre risco de "suspensão mínima de três partidas na competição ou por um período de tempo específico".
O mesmo artigo, o 10º do regulamento, prevê, porém, que, se a agressão for "considerada como grave pelos órgãos disciplinares", a suspensão mínima para o volante seria de "cinco partidas na competição" ou também por "período de tempo específico". Nesse caso, o gancho pode ir até além da Libertadores.
 "Em caso de infrações que foram consideradas graves pelos órgãos disciplinares, a sanção de suspensão em questão poderá se estender indistintamente a diferentes categorias de competições", diz o texto.
Já para a briga envolvendo torcedores de Palmeiras e Peñarol nas arquibancadas do estádio Campeón del Siglo, o regulamento prevê risco para a equipe brasileiro mesmo que ressalte que os "clubes são responsáveis da segurança e da ordem (...) da partida de qual sejam anfitriões ou organizadores".
Em seu 11º artigo, o código da Conmebol diz que "quando, em casos de agressão coletiva, rinha ou tumulto, não seja possível identificar o autor ou autores das infrações cometidas, o órgão disciplinar sancionará a associação ou o clube a que pertençam os agressores", e as penas podem ser pesadas.
"Se as circunstâncias particulares de um caso requerem, o órgão disciplinar competente poderá impor sanções adicionais à associação membro ou ao clube responsável, como jogar uma ou mais partidas de portões fechados, a proibição de jogar uma partida em um estádio determinado, a cessão da vitória do encontro pelo resultado que se considere, a perda de pontos ou a desclassificação", prevê.
Além disso, "qualquer associação membro ou clube cujos torcedores incorram nos comportamentos descritos no item anterior serão sancionados com uma multa de ao menos US$ 3 mil (R$ 9,5 mil)".
Os riscos, claro, também se estendem ao Peñarol, mandante da partida. Além do comportamento de seus torcedores e de Mier, os jogadores Nandéz e Lucas Hernández são outros que podem ser julgados por agressões, já que foram flagrados pelas imagens partindo para cima do goleiro do Palmeiras Fernando Prass.
A punição ao Peñarol deve ficar ainda mais pesada considerando que tudo aconteceu sem qualquer ação da segurança privada do clube, responsável pela ordem como diz o regulamento, ou de policiais uruguaios.
No passado, a Conmebol já puniu clubes visitantes com a pena de portões fechados com base no comportamento de seus torcedores. Em 2013, por exemplo, o Corinthians encarou o Millonarios-COL com Pacaembu vazio, após a morte do boliviano Kevin Espada. Já para equipes mandantes, o último gancho pesado foi imposto ao Boca Juniors, eliminado do torneio de 2015 após confusão em clássico contra o River Plate e também forçado a jogar sem torcida por quatro jogos - depois, a pena foi reduzida.
Para o julgamento, o Tribunal de Disciplina da Conmebol considera os informes dos árbitros da partida, documentos apresentados pelos envolvidos e também imagens de televisão. O órgão é composto por cinco pessoas - um presidente, um vice e três membros, cada um de uma nacionalidade diferente.
Atualmente, o Tribunal da Conmebol tem um brasileiro, Caio Cesar Vieira Rocha. Os outros membros são: Amarilis Belisario (Venezuela), Juan Carlos Silva Aldunate (Chile), Ricardo Gil Lavedra (Argentina) e Eduardo Gross Brown (Paraguai). 

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