Mari Steinbrecher e Paula Pequeno entraram oficialmente para o vôlei de praia nesta terça-feira. Para marcar a nova fase, as jogadoras apresentaram o projeto e a equipe envolvida em um evento na capital paulista. A maior motivação para a mudança de modalidade foi a de enfrentar novos desafios.
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"Vamos sair da zona de conforto e trilhar novos caminhos. Precisaremos de muito trabalho, fé e luta", disse Mari. "Buscaremos a corrida olímpica (para os Jogos de Paris, em 2024, pois as duplas de Tóquio-2020 já estão definidas) e sabemos que existem atletas treinando há muito mais tempo. É uma decisão muito séria, porque a gente sabe que essa transição, é na verdade uma transformação em nossas vidas", completou Paula.
As jogadoras vão buscar manter a alta performance que tiveram nas quadras. "Sabemos o nível de dificuldade que vai ser conseguir realizar nossos sonhos nessa empreitada. Éramos borboletas voadoras na quadra e vamos voltar para o casulo e aprender tudo novamente", comentou Paula.
A dupla participou da conquista da primeira medalha de ouro da seleção brasileira feminina de vôlei em uma Olimpíada, em Pequim-2008. Paula também esteve no bicampeonato em Londres-2012. Elas ainda jogaram juntas no time de Osasco, na Turquia e são amigas há mais de 20 anos.
O projeto começou nos últimos meses e as atletas seguem um cronograma de preparação para iniciar a disputa de campeonatos a partir do próximo ano. O técnico Alexandre Rivetti ainda não definiu a data exata de estreia da dupla em torneio oficiais.
"A ideia é que a gente consiga colocá-las para começar a jogar a partir do ano que vem, sem uma data específica, Tudo vai depender da evolução dos treinos para que elas cheguem com uma experiência maior. Vamos participar de amistosos antes de entrar no circuito, já que a nova etapa começa apenas após o segundo semestre."
Mari está fora de competições profissionais desde a temporada 2016/2017, quando defendeu Vôlei Bauru. Já Paula Pequeno jogou a última Superliga pelo Osasco-Audax e só parou com a eliminação da equipe nas quartas de final da competição.
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Entre as principais diferenças já detectadas neste início de treinamentos está a exigência na parte física. "A quadra exige mais potência e explosão. Já na areia a parte aeróbica é bem mais demandada. Fora a natureza, sol, chuva, areia quente, areia fria", comenta Paula.
Quando questionadas se a idade pode ser uma barreira para a disputa dos Jogos Olímpicos em Paris-2024 - Mari tem 36 e Paula 37 - , as jogadoras concordam que a idade pode influenciar, mas dizem que a longevidade dentro da praia é maior, já que o impacto é menor quando comparado com a quadra e isso pode prolongar a vida útil delas na modalidade. "A idade pesa. É claro que as mais novas terão mais gás e por isso vamos correr mais atrás", diz Paula.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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