Lewis Hamilton foi novamente mágico e arrancou uma grande vitória no peito, na raça e na estratégia neste domingo (27) de GP do México. Lutando contra todo o teórico favoritismo da Ferrari, antecipou seu pit-stop e fez um stint de quase 50 voltas com os pneus duros, e ainda contou com a 'forcinha' da equipe italiana, que 'derrubou' Charles Leclerc no seu pit-stop e viu Sebastian Vettel perder terreno ao ficar mais tempo na pista com os pneus médios. Assim, Hamilton conquistou sua 83ª vitória na carreira e sua décima do ano, além do 100º triunfo da Mercedes na F1.
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Mas Hamilton vai precisar esperar mais uma semana para soltar o grito de hexacampeão. Isso porque Valtteri Bottas conseguiu salvar o primeiro match-point ao terminar em terceiro lugar, atrás de um Sebastian Vettel que sofreu com a falta de ritmo de corrida da Ferrari. O finlandês tirou proveito da melhor performance do carro e também dos azares da dupla da Red Bull: Max Verstappen se enroscou com Hamilton na primeira curva e teve um pneu furado, enquanto Alexander Albon até flertou com o pódio, mas ficou encaixotado em Carlos Sainz depois do primeiro pit-stop e perdeu muito tempo.
Leclerc teve um domingo decepcionante depois de ter largado na pole, perdendo qualquer chance de vitória depois de ter sido atrapalhado pela Ferrari na estratégia e nos pit-stops. O monegasco não passou da quarta colocação, sendo seguido por Albon e Verstappen, com uma Red Bull que também decepcionou depois de ter pintado muito bem na sexta-feira e também no sábado. Dono da casa, Sergio Pérez fez a festa da torcida local ao terminar na sétima posição, seguido por Daniel Ricciardo, Daniil Kvyat e Pierre Gasly. O russo, no entanto, bateu no carro de Nico Hülkenberg — que vinha em nono — na última curva, e o incidente ficou sob investigação dos comissários. O alemão terminou em 11º.
A decisão do título fica para o próximo domingo com Hamilton tendo 74 pontos de vantagem para Bottas. Em uma semana, a F1 disputa sua 19ª etapa da temporada 2019, o GP dos Estados Unidos, no Circuito das Américas, em Austin. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.
Saiba como foi o GP do México de F1
Diferente do que aconteceu no Japão há duas semanas, a Ferrari largou muito bem com seus dois pilotos. Charles Leclerc manteve a dianteira, enquanto Sebastian Vettel defendeu bem a segunda colocação ao fechar a porta de Lewis Hamilton. Na curva 1, o pentacampeão ficou lado a lado com Max Verstappen e os dois se tocaram. Quem se deu melhor foi Alexander Albon, que pulou para terceiro, e Carlos Sainz, em quarto.
Na sequência da volta, Vettel chegou a tocar na traseira do carro de Leclerc. Mas, por muita sorte, o alemão não teve avarias na sua Ferrari.
Por conta dos detritos espalhados na pista na largada, a direção de prova acionou o safety-car virtual, liberando a prova com bandeira verde a partir da terceira de 71 voltas. Leclerc liderava a disputa, seguido por Vettel, Albon, Sainz, Hamilton, Lando Norris, Valtteri Bottas e Verstappen, com as Toro Rosso de Daniil Kvyat e Pierre Gasly fechando o top-10.
Verstappen e Bottas dividiram curva na entrada do Foro Sol, e o holandês levou a pior ao ter o pneu traseiro direito furado. Max despencou para último e teve de ir para os boxes antecipar seu pit-stop. Já o finlandês passava Norris e buscava se aproximar de Hamilton para tentar adiar para Austin a decisão do título. Na volta seguinte, Bottas passou a outra McLaren, de Sainz. Mais atrás, o destaque era Sergio Pérez, para a alegria da multidão mexicana nas arquibancadas. O piloto da Racing Point não tomava conhecimento ao passar Gasly e Kvyat.
Em terceiro, Albon fazia corrida excepcional, ignorava a pressão de Hamilton e se aproximava de Vettel, que tinha ritmo bem mais lento que o anglo-tailandês. Já os pilotos que haviam largado com pneus macios faziam seus pit-stops, casos de Kvyat, Gasly e Norris. O britânico levou muito, muito azar na sua parada. A McLaren errou no procedimento de troca de pneus ao não encaixar o dianteiro esquerdo. Os mecânicos conseguiram levar o carro de volta ao pit, fizeram a troca, e Lando voltou para a prova, mas em último lugar.
Albon parou na volta 15, em clara estratégia de duas paradas. Alexander voltou na sexta posição com novo jogo de pneus médios, mas ficou encaixotado pelo ritmo mais lento de Sainz. No giro seguinte, foi a vez de a Ferrari chamar Leclerc, que adotou a mesma estratégia de Albon. Vettel continuou na pista ainda sem trocar os pneus, assim como Hamilton e Bottas, segundo e terceiro, respectivamente.
Hamilton fez sua parada na volta 24, trocando os pneus médios pelos duros. O #44 conseguiu voltar à frente de Albon, que acabou tendo sua posição na pista comprometida depois de ter ficado encaixotado em Sainz. Lewis teve lá seus problemas também no tráfego ao pegar as lentas Williams de Robert Kubica e George Russell, que também lutavam entre si. Vettel continuava na pista e contrariava a própria Ferrari ao esticar ao máximo seu stint antes de fazer o pit-stop.
A prova chegou à sua metade e mostrou o perfil que teria até o fim, com uma disputa muito mais estratégica do que de brigas diretas entre os ponteiros. No pelotão intermediário, Daniel Ricciardo e Lance Stroll esticavam bem seus respectivos stints e se colocavam em sexto e sétimo, respectivamente, com Pérez, já com seu primeiro pit-stop feito, em oitavo. Verstappen já se colocava em décimo, enquanto Sainz perdia muita performance e era pressionado por Gasly.
No meio da confusão entre os dois, Vettel se aproximava para dar uma volta sobre os retardatários. Só que o alemão ficou muito perto de acertar a traseira de Sainz, que teve de ficar mais lento para abrir passagem após receber bandeira azul. Bottas aproveitou o tráfego intenso à sua frente e fez a troca de pneus. Foi quando a Ferrari chamou novamente Vettel para reagir à parada da Mercedes. Foi então que, finalmente, na volta 37, Vettel fez seu pit-stop e colocou pneus duros para tentar ir até o fim.
O top-3 voltava a mudar: Leclerc retomava a liderança — e reclamava dos pneus dianteiros —, seguido por Hamilton e Albon, com Vettel aparecendo em quarto e Vettel fechando a lista dos cinco primeiros. Verstappen já era o sétimo colocado depois de passar o dono da casa Pérez.
De tanto que reclamou, Leclerc foi chamado aos boxes para nova troca de pneus. Mas a Ferrari 'derrubou' o monegasco com uma parada muito longa, de 6s2, por conta da falha no encaixe do pneu traseiro esquerdo. Charles viu a chance de vitória escapar de forma clamorosa e voltou em quinto. Hamilton assumiu a ponta e teve Vettel em segundo depois que Albon fez seu segundo pit-stop.
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Ficava a dúvida se Hamilton precisaria de um novo pit-stop, mas o fato de Ricciardo andar com os pneus duros por mais de 50 voltas mostrava que era possível ir ao fim. O australiano só fez a parada obrigatória no giro 51, mesmo período em que Norris abandonou a corrida de forma melancólica. Daniel caiu para oitavo depois de ter sido superado por Verstappen e Pérez.
Hamilton conseguiu se sustentar na frente mesmo com pneus mais desgastados e tinha ótima performance. Vettel, por sua vez, segurava Bottas no braço e conseguia se defender graças à forte performance do motor Ferrari, abrindo boa vantagem nos trechos de reta.
Grande nome do pelotão intermediário por ter arriscado tudo com os pneus, Ricciardo pressionava Pérez e vinha para ultrapassar o mexicano no fim da reta, mas perdeu o controle do carro, escapou pelo gramado e, ao voltar à frente, teve de ceder a posição para 'Checo'. Lá na frente, seguia a batalha estratégica com Hamilton puxando a fila e se sustentando à frente de Vettel e Bottas. O cenário não mudou, e Hamilton confirmou grande vitória no México, mas vai ter de esperar mais uma semana para comemorar o título por conta do terceiro lugar do seu companheiro de equipe.
Na volta final, Kvyat bateu no carro de Hülkenberg, que vinha em nono, na última curva. O russo ganhou uma posição, terminando atrás de Pérez e Ricciardo, mas o incidente ficou sob investigação dos comissários.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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