Opinião: O silêncio dos aspirantes à presidência do Barcelona sobre Messi. Não o querem no Camp Nou?

 

Messi durante a partida entre Barça e Real Sociedad © Tim Clayton/Corbis via Getty Images Messi durante a partida entre Barça e Real Sociedad

Quando Ronald Koeman, no dia de sua apresentação como treinador do Barcelona, proclamou que só queria no elenco quem quisesse jogar no clube, ninguém suspeitou - ou se atreveu a suspeitar - que esse aviso poderia ter Lionel Messi como provável destinário. Mas com o passar dos dias começa a parecer que o holandês já suspeitava que o argentino, horas depois, lhe comunicaria pessoalmente que não via futuro para ele no Camp Nou.

Seis dias depois do burofax mais famoso da história do Barça, somente Josep María Bartomeu se mantém firme no discurso de "não há nada para negociar" e que seu único cenário é que Messi siga no clube. Pelo menos até o final de seu contrato. Mas... Nada, ninguém, parece estar do mesmo lado.

Em todo este conflito, chama a atenção que ninguém do chamado entorno, nenhum aspirante à presidência nas próximos eleições, tenha ido além da crítica descarada (com mais ou menos razão) contra Bartomeu, mas, em troca, não tenha dito nem meia palavra de suas intenções a respeito de Messi.

Nem Laporta, mudo, nem Font, Rousaud, Freixa, Benedito ou Farré mostraram um mínimo de interesse em demonstrar publicamente a Leo que em seus planos futuros sua figura é indiscutível. Não manifestaram que eles, em caso de vitória nas eleições, facilitariam ao capitão os mecanismos necessários para que seja feliz no Barça, nem tampouco o principal, que reconsidere sua ideia de sair imediatamente, espere a votação de março de 2021 e, então, após conhecer o projeto do presidente ganhador, tome uma decisão.

Ex-lateral e hoje treinador, Sylvinho é o Bola da Vez da semana© Fornecido por ESPN

Ex-lateral e hoje treinador, Sylvinho é o Bola da Vez da semana

De fato, nenhum deles pegou o telefone para falar com Messi ou com seu entorno mais próximo e se interessar direta e discretamente pela situação. Não perguntaram se existe uma mínima possibilidade de ele mudar de opinião ao menos até as eleições. Nada. Zero.

Por acaso não querem Messi? Passa a impressão de que, para quem assumir o Barcelona no futuro - sem o argentino -, lhe supõe um alívio, por mais estranho e descabelado que pareça. Por mais que em todas as manifestações públicas, os elogios a Leo sejam tão sentidos como as críticas contra o atual presidente pelo fracasso de sua gestão com o camisa 10.

Para Koeman, se apresenta um desafio imediato monumental; para Bartomeu, lhe aguarda um pesadelo diário. Merecido, com certeza, mas convertido na melhor notícia, ao que parece, para seu sucessor. Com o conflito em andamento, quando Messi já deu o passo definitivo e se multiplicam nas redes sociais reações de todo tipo, soa curioso, no mínimo, que nenhum aspirante à presidência do Barcelona tenha proclamado que ele, em primeira pessoa, quer que o capitão lidere seu projeto de futuro.

Mais ainda que nem tenha sido feito diretamente. Querem Messi? De verdade? 


 Varjota Esportes - Ce.              /                MSN.

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