Walter é o artilheiro do Atlético-PR no Campeonato Brasileiro (Foto: Ag Estado)
A conversa durou 15 minutos. Tempo suficiente para Walter traçar os planos para a próxima temporada. Sem saber qual será o seu destino, o atacante do Atlético-PR tem uma certeza: 2016 vai ser o ano do Walter, como o próprio camisa 18 projeta. Aproveitando o descanso após o empate sem gols com o Sport na última segunda-feira, o jogador havia acabado de chegar a Porto Alegre quando atendeu a reportagem do GloboEsporte.com.
Por telefone, Walter tocou em assuntos que sempre evita abordar, como o problema com a balança. O atacante se mostrou grato ao Rubro-Negro por ter aberto as portas após a saída conturbada do Fluminense, mas não falou em tom de despedida. Tratou de agradecer o carinho dos torcedores desde o momento em que foi apresentado no gramado da Arena da Baixada e deixou em aberto a possibilidade de seguir no time paranaense. Até o momento, a renovação do jogador segue indefinida no CT do Caju.
Leia também:
Walter revela desejo de renovar com o Atlético-PR: "Prazer imenso jogar aqui"
Eleições prejudicam negociação de jogadores do Atlético-PR para 2016
Empresário negocia com o Porto para manutenção de Walter no Atlético-PR
Walter revela desejo de renovar com o Atlético-PR: "Prazer imenso jogar aqui"
Eleições prejudicam negociação de jogadores do Atlético-PR para 2016
Empresário negocia com o Porto para manutenção de Walter no Atlético-PR
Confira abaixo os principais trechos do bate-papo do camisa 18 com o GloboEsporte.com:
2016: O ANO DE WALTER
- Em 2016 eu tenho um projeto para mim, para o Walter estar muito bom. Um foco maior para parar com isso de que qualquer coisa o Walter está em cima do peso, o Walter isso, o Walter aquilo, parar com esse papo. É tentar me concentrar mais, 2016 é um foco para mim. Para onde eu for eu quero isso para mim, quero mudar esse foco.
PAPO CABEÇA
- Teve um jogador que me chamou em um canto, conversou comigo de uma forma muito franca. Ele chegou para mim e conversou. Sabe quando cai a ficha? Foi bem isso. Eu venho levando para mim e coloquei na minha cabeça. E quando eu coloco, eu consigo. Eu consegui isso quando estive lá no Fluminense. Então o meu pensamento é esse. Estando no Atlético-PR ou não, o ano de 2016 eu quero estar muito bem. E ficando no Atlético-PR vai ser melhor ainda por toda a estrutura que o clube tem. Acho que pode ser mais fácil.
AMBIENTE TRANQUILO
- Aqui é muito bom, cara, você trabalha mais de boa. Querendo ou não você sente falta (da mídia e presença da imprensa nos treinos), no Rio de Janeiro a mídia é mais forte. Fiquei um ano e quatro meses lá e qualquer coisa é notícia. Aí eu chego em Curitiba, no Atlético-PR, um lugar que a imprensa não pode entrar, e quando entra é rapidinho. A gente se acostuma com isso, porque querendo ou não é a nossa imagem, né. Aqui em Curitiba é bom para o jogador, falam pouco da gente porque não tem nada pra falar. Para o jogador trabalhar é ótimo, você trabalha bem mais calmo, mas é um pouco estranho. Eu estava acostumado no Fluminense com aquela imprensa toda 24h.
CARINHO DA TORCIDA
- Só tenho a agradecer a Deus pelo carinho. Se você pegar por onde passei o torcedor tem um carinho muito grande comigo. Ainda faltam dois jogos no campeonato, temos agora o Flamengo, e querendo ou não é o último jogo em casa e temos que tentar deixar uma última imagem para os torcedores. Eu estou focado nesses jogos aí (no próximo domingo) e quando acabar o jogo ir lá e agradecer os torcedores por todo o carinho que eles têm por mim. Eles me deram muita força quando eu cheguei, eles me abraçaram. Quando eu saí do Fluminense tinha toda aquela dúvida. Eu cheguei aqui e vi uma enquete da Globo.com com uma confiança muito grande em mim. Eles gritaram o meu nome, fizeram até música. Estou até com saudades dela. A torcida está um pouco chateada, e você sente a falta da musiquinha, né, é importante. Mas eles estão chateados, eles têm razão. Tiveram alguns jogos que nós demos mole, mas o mais importante é que o time está aí sem risco e tem qualidade.
PERMANÊNCIA NO ATLÉTICO-PR
- É difícil, é complicado. Se eu tivesse mais um ano, eu sabia que ia ficar. Ia sair de férias, ia curtir, saberia o dia que iria voltar. E o fim de ano está quase chegando, ainda não tem nada certo. Nenhuma conversa com o presidente. Pelo menos pelo que me contam, nada ainda. Ele (presidente) deve falar comigo. É difícil porque fico ansioso, louco para ver onde vou. Minhas coisas são um pouco demoradas. 'O Walter já está resolvendo'. Jamais. Sempre comigo é demorado. Eu nunca resolvo minhas coisas agora, só em janeiro. Você entra em férias ansioso. Chega dia 28, 30 de dezembro e nada. Reapresentação e você fica naquela expectativa. Mas minha mãe sempre fala que a minha vida tem que deixar nas mãos de Deus. Ele que me controla. Mas me sinto feliz aqui e tenho certeza de que posso dar muito mais para eles.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário