Se por um lado Flamengo e Palmeiras estão um patamar acima de todos os outros times brasileiros no quesito finanças, por outro seus dois arquirrivais - no caso Vasco e Corinthians, respectivamente - vivem momentos preocupantes.
Essa é a análise de um estudo do Itaú BBA feito em cima das finanças dos 27 principais clubes do Brasil ao qual o ESPN.com.br teve acesso.
Os dois clubes alvinegros não têm cenários econômicos animadores atualmente e vão precisar se reinventar se quiserem mudar esse panorama.
Nesta terça-feira, César Grafietti, superintendente de Crédito do Itaú BBA e coordenador do estudo, estará no Bate-Bola na Veia, da ESPN Brasil, a partir das 19h, onde é aguardado para comentar sobre as análises financeiras feitas pelo banco.
Confira, a seguir, as análises individuais da dupla destoam muito do momento financeiro vivido pelo principal adversário de cada um.
- CORINTHIANS
O time do Parque São Jorge vive realidade "muito difícil", conforme relata o estudo.
O principal ponto é que o Corinthians, ao contrário do Palmeiras, não tem receita com bilheteria de estádio, já que todo o valor que é arrecadado na Arena em Itaquera a cada jogo é direcionado ao fundo que administra o local, de olho em pagar pela obra que já ultrapassou o custo de R$ 2 bilhões.
O estudo explica que, nos últimos anos, o Corinthians vem dependendo muito da venda de atletas, que mesmo assim ajudam a recompor perdas inflacionárias.
"Ou seja, o clube ainda precisa trabalhar e buscar novas fontes, especialmente porque a perda da bilheteria ataca frontalmente o caixa", explicou o Itaú BBA.
O Itaú BBA ressalta que o ano de 2016 só não foi pior para a equipe alvinegra porque recebeu R$ 80 milhões de luvas da TV Globo, sendo que R$ 22 milhões foram usados para fechar as contas do estádio.
"O cenário está longe de ser confortável", descreve o estudo, que por outro lado lembra que o Corinthians reduziu parte importante da dívida bancária.
A análise feita pelo banco aponta que é hora de ligar o sinal de alerta no Parque São Jorge. "Se não houver uma gestão rígida no controle de gastos, a situação geral pode piorar".
Apesar do momento financeiro preocupante, o Corinthians foi campeão paulista em 2017, segue vivo na briga pela Copa Sul-Americana e é líder do Brasileirão.
- VASCO DA GAMA
O Vasco, por sua vez, consegue ter um futuro ainda mais temeroso do que o rival paulista.
O estudo define a equipe cruzmaltina "na corda bamba" no que diz respeito aos seus cofres: "Muito difícil o futuro do Vasco", lamenta o Itaú BBA.
A equipe cruzmaltina é definida como "uma equipe que vive na gangorra entre Série A e B e perde a referência de gestão, especialmente de receitas. E aí fica muito errática sua capacidade de atrair e formar bons elencos, pois as receitas flutuam muito".
A transparência na gestão Eurico Miranda também foi muito criticada, já que o banco não encontrou informações tão claras, o que faz ainda mais difícil entender qual a real situação vascaína.
Sobre o que vem pela frente, o Itaú é claro e taxativo.
"O Vasco precisa voltar a ser grande. E isto passa por uma gestão mais afiada do esportivo, mas também maior controle de custos e ações para aumento nas receitas", condenou o estudo.
E ainda há um porém: um novo rebaixamento tem que estar fora de cogitação se o clube quiser recuperar-se algum dia.
"Não será fácil, e o clube não pode correr o risco de cair novamente para a Série B", finaliza o estudo.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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