Aos 31 anos de idade e há 12 anos representando a Seleção Brasileira de judô, Érika Miranda decidiu dar um fim a sua carreira como atleta em 2018. Natural de Brasília, a judoca fecha um ciclo de conquistas no tatame ainda em destaque, ocupando atualmente a quarta posição no ranking mundial do peso meio-leve feminino (-52kg). Nesta quarta-feira, ela será homenageada na Sogipa (seu clube, em Porto Alegre) às 15h.
- Hoje, com orgulho e emoção, venho despedir-me da minha carreira no judô, esporte pelo qual vivi todos os dias com empenho, disciplina, profissionalismo e renúncias. Mas, sobretudo, com amor e paixão. Há momentos na vida que somos compelidos a tomar decisões importantes e esta, sem dúvida, é a mais difícil para mim - afirmou Érika.
Sua última disputa foi o Campeonato Mundial de Baku (Azerbaijão), em setembro de 2018, onde conquistou a medalha de bronze, resultado que a colocou ao lado de Mayra Aguiar como recordista do judô brasileiro em pódios mundiais - ambas com cinco medalhas.
Érika foi prata no Mundial do Rio (2013) e bronze em todos os Mundiais seguintes: Chelyabinsk (2014), Astana (2015), Budapeste (2017) e Baku (2018).
Ela representou o Brasil em duas edições das Olimpíadas, nos Jogos de Londres-2012 e Rio-2016, conquistando o quinto lugar, seu melhor resultado olímpico.
Ao longo desses anos, colecionou dezenas de medalhas em etapas de todos os níveis do Circuito Mundial, como Abertos, Copas do Mundo, Grand Prix, Grand Slam e World Masters, tornando-se uma das judocas mais consistentes do mundo, chegando a liderar o ranking mundial por diversas vezes.
Érika dominou a categoria meio-leve a nível continental, com 12 medalhas pan-americanas (Jogos e Campeonatos). A brasiliense sagrou-se tetracampeã pan-americana (2012-2016). Ela foi campeã do Pan-Americano de Toronto 2015 e duas vezes prata (Rio-2007 e Guadalajara-2011).
Érika Miranda participou de uma das gerações mais vitoriosas do judô brasileiro feminino, ao lado de nomes como Sarah Menezes, Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Mariana Silva, Maria Portela, Mayra Aguiar e Maria Suelen Altheman.
- A Érika é uma das pioneiras na virada que transformou o judô feminino do Brasil nessa força que ele é hoje. Ela é a comandante dessa geração. Acredito que ainda tinha lenha para queimar, mas eu respeito e compreendo essa decisão de muita coragem, virtude que ela sempre demonstrou nos tatames defendendo o Brasil - analisou Ney Wilson Pereira, atual gestor de alto rendimento da CBJ.
Na sua carreira, a judoca passou por clubes como SESI/Ceilândia, Academia Espaço Marques Guiness, Clube de Regatas do Flamengo, Instituto Reação, Minas Tênis Clube e Sogipa.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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