Laterais, reforços, Borja e Corinthians em 'Brasileiro à parte': a entrevista de mais de 1h de Mattos

Mattos sobre campeonato: 'Temos o Brasileiro e o Corinthians' 

Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras, substituiu Cuca na entrevista coletiva desta sexta-feira e falou por mais de uma hora. Sair em defesa do treinador foi o principal assunto do dirigente, que, entre muitas coisas, falou também sobre as laterais do elenco, o fim das contratações, as críticas a Borja e o Corinthians em um “Campeonato Brasileiro à parte” dos demais rivais. Veja um resumo: 
  • Cuca
 Mattos sobre campeonato: 'Temos o Brasileiro e o Corinthians'

 "De quarta até hoje se começou aquele processo que a gente conhece no Brasil. Perde um jogo, todo amor, todo respeito, toda a convicção que a gente tem por um profissional se acaba. É impressionante. Se a gente não mudar isso a gente não vai conseguir entender nunca o famoso 7 a 1. O Cuca na minha opinião, e tenho certeza que de vário de vocês, é o melhor treinador em atividade no futebol brasileiro. Cuca não é inventor, é criativo, e essa criatividade o faz ser um dos melhores."
"Chegar hoje dizer que ele está inventando porque Mina foi centroavante, Roger Guedes foi lateral, é não pensar no que é o Cuca em 20 anos de carreira. cuca pegou Jorge Henrique, que vocês conhecem, e colocou como ala. Atlético-MG foi campeão com Leonardo Silva de centroavante fazendo gol aos 43 do segundo tempo. O Cuca tem a nossa confiança, nosso respeito, tenho certeza também do torcedor. o Cuca erra também, mas o índice de acerto dele é impressionante. No momento, o melhor treinador em atividade."
  • Palmeiras campeão de tudo
"Nós sabemos onde queremos chegar. É um jogo, você ganha, perde. Ninguém do Palmeiras disse que íamos ganhar tudo. Isso partiu do projeto sério, dos investimentos sérios, que está fazendo porque tem condição, não está fazendo loucura. A partir do momento que pode fazer, o Palmeiras faz. A partir do momento que se cria essa expectativa, vem a cobrança que o Palmeiras tem que ganhar, e o Palmeiras não tem. No mundo todo, isso é muito difícil."
  • Fim das contratações e Borja
"Não vamos contratar mais este ano. O Deyverson foi nossa última contratação. Era um necessidade até numérica. Saíram cinco, chegaram quatro."
 "Quando erra, a gente sofre bastante. Era uma unanimidade, de vocês, crítica, da torcida, jogadores, me procuraram e falaram: 'Traz o Borja'. Escolhido o Rei da América... Tem que dar tempo ao tempo. O Cuca está começando a entender, mas nos jogos. Não dá para parar ali no treino, não aconteceu e nem vai acontecer. Tomara que a gente continue na Libertadores até quando der."
  • Corinthians
 Mattos sobre campeonato: 'Temos o Brasileiro e o Corinthians'
"O Brasileirão, até vi a declaração do Cuca e conversei com ele, está equilibrado. Do Grêmio para baixo. Nós temos o Brasileiro, e o Corinthians. O Palmeiras está no bolo. Com 13 rodadas, tudo é aberto. Agora, existe o Corinthians. Até vi o (técnico do Corinthians, Fábio) Carille falando, nem ele esperava isso. Não é no futebol brasileiro, no mundo. É anormal. Bayern de Munique? Real Madrid? Quem faz isso? A gente aplaude, é um exemplo. Até para o futebol brasileiro, falei com o Roberto (de Andrade, presidente do Corinthians): em 2015, campeão brasileiro, 'nossa, é Deus'; em 2016, 'vendeu todo mundo', não presta para nada. Aqui é a mesma coisa. Calma!"
  • Laterais
 "É até bom, porque a gente volta um pouco no Cuca. O Juninho foi contratado como zagueiro e lateral-esquerdo. Ele jogou um terço da Série A como lateral. É uma opção mais defensiva. O Egídio é uma opção mais ofensiva. Tem o Zé Roberto, que dá outra opção de marcar mais por dentro... E ainda tem o Michel Bastos que pode jogar ali. Não dá para acreditar falar que está faltando laterais. A solução está aqui, se não estão em um momento bom, temos que ajudar eles. Isso que a gente confia na comissão técnica. E nos atletas também. Na direita, idem."
  • Espaço para a base
"Categoria de base. O que era isso aqui no Palmeiras? Até 2014, o Palmeiras era cobrado bastante para mudar seu profissional. Fui contratado para isso. Se o profissional, que é o carro-chefe, estava em situação bem complicada, você imagina o que era a base. A base, infelizmente, nunca foi referência nacional. Vamos ser sinceros. Mas, hoje, pode ter certeza, que essa busca por talentos que é feita no profissional, traz o melhor da Libertadores, o melhor das Américas, destaque na Espanha, é feita também diariamente na base. Estamos buscando os melhores. Esses garotos que vão aparecer, pode ser que eu nem esteja aqui. Isso tem tempo. Primeiro, a gente tinha que captar, estruturar e ainda não estou satisfeito. Não tinha profissionais de ponta" 


  Varjota  Esportes - Ce.      /         MSN.

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