Fortaleza Esporte Clube CASO EVERTON Esposa de Everton faz desabafo após ameaças e diz que atleta não quer ficar no Fortaleza

Meia Everton cabisbaixo, saindo do treino no Pici 
Meia Everton não participará do jogo de domingo, contra o CSA. Foto: Mateus Dantas
A esposa do meia Everton se manifestou sobre a intimidação de torcedores ocorrida na última quarta-feira, 23, quando cerca de 15 homens foram até a casa de familiares do atleta, em Maranguape, cobrar melhores atuações do jogador. Na tarde desta sexta-feira, 25, ela divulgou uma nota de esclarecimento via WhatsApp relatando os fatos que aconteceram naquela noite.

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Por motivos de segurança, O POVO opta por não divulgar seu nome. E, a pedido dela, não reproduz na íntegra a mensagem original. Em contato com a reportagem, a esposa de Everton afirmou que o momento é muito delicado e que o atleta não deve permanecer no Fortaleza.

"O que fizeram foi só afastar mais o jogador. Ele está muito chateado porque não esperava por isso, e disse que não quer atrapalhar o grupo. Não está com cabeça pra jogar. Ele quer sair e não quer continuar", afirmou ao O POVO.

Everton deve se pronunciar na segunda-feira, 28, quando definirá seu futuro em reunião com a diretoria tricolor.

Veja alguns trechos do relato da esposa de Everton. A pedido dela, o texto passou por edição antes da publicação:

"Boa tarde!
Meu nome é L*, sou esposa do jogador Everton, e venho através dessa nota esclarecer sobre o acontecido nesta quara-feira, 23. 

Após os dois períodos de treino, nós fomos, eu e Everton, para Maranguape, na casa da minha sogra (mãe do Everton), onde moram mãe, padastro, irmãos, avós, tios e sobrinhos.

Chegamos e a família estava reunida assistindo aos jogos de quarta-feira na calçada de casa, como de costume. Até que na parte da noite, por volta das 23 horas (não sei a hora exata), vimos vários torcedores vestidos com blusa da sua torcida chegando em multidão.

Everton entrou em casa e como todos nós nos assustamos, não deixamos ele sair de lá. Então eu fui até eles e perguntei o que seria, e todos responderam que queriam conversar com ele.

Eu falei: 'Mas uma conversa não precisa ser assim. Vocês nos assustaram chegado assim aqui em casa, pois temos avós com mais de 70 anos e já ficaram logo preocupados, pois chamaram atenção da vizinhança toda'.

Um deles se apresentou como presidente da torcida (o qual não sei o nome) e eu o autorizei a entrar na casa. Ele foi educado o tempo todo, mas não conversou com Everton, pois ele estava cuidando de sua avó, que estava passando mal.

Eu entendo perfeitamente a cobrança da torcida, mas não acho certo de forma alguma que torcedores cheguem na casa do jogador como chegaram.

Eu, como melhor amiga, companheira e parceira do meu marido, sou a fã número um dele e sei que tudo que ele tem passado.

Fui falar com os torcedores, que eram mais de 15 (também não me recordo quantos), e não foram todos que foram desagradáveis com a família. O presidente da torcida respeitou meu pedido para que eles fossem embora, porque nossa família estava em choque.

NÃO existiu de forma alguma agressão física, apenas verbal, e não foi de todos, mas de cerca de cinco torcedores. Também NÃO houve rojões ou invasão, como estão falando na Internet.

Isso que alguns torcedores fizeram, indo na casa de jogador, não é atitude certa. O Everton é capaz de receber qualquer torcedor em casa, como já fez, mas os torcedores com boas intenções."

ANDRÉ ALMEIDA 

  varjota  esportes  - ce.         /          O Povo.

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