Após Federação decretar 3 a 0, Vitória prepara recurso para reverter resultado do Ba-Vi

Jogadores do Vitória deixam o campo ao fim do polêmico Ba-Vi© Maurícia da Matta/EC Vitória Jogadores do Vitória  deixam o campo ao fim do polêmico Ba-Vi
Na última segunda-feira, a FBF (Federação Bahiana de Futebol) declarou o Bahia como vencedor do último Ba-Vi por 3 a 0, depois que o clássico encerrado aos 35 minutos do segundo tempo, após o time rubro-negro ficar com apenas seis jogadores em campo, após cinco expulsões. O Vitória, porém, promete não aceitar esse resultado.
A equipe do Barradão prepara um recurso para tentar reverter o placar, que foi dado pela FBF com base no Regulamento Geral de Competições da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O deparatamento jurídico do clube estuda dar entrada no processo ainda nesta terça-feira.
No entendimento do Vitória, ambas as equipes provocaram o fim da partida com a briga iniciada após a comemoração do meia Vinícius, logo após o gol de empate do Bahia. Isso derrubaria o Regulamento Geral da CBF, que determina que "a equipe que der causa ao término da partida perderá os pontos, sendo o time adversário declarado vencedor por 3 a 0".
Para os rubro-negros, quem tem competência para decidir o resultado da partida é o TJD-BA (Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia), e não a Federação. Dessa forma, o clube exige que o placar seja mantido em empate por 1 a 1 até julgamento por parte do tribunal.
Em nota oficial divulgada na última segunda, o "Leão" já havia dito que iria punir seus atletas que participaram da briga, mas apontou Vinícius como a pessoa que deu início ao conflito, por ter "incitado a violência" com sua comemoração direcionada à torcida rubro-negra.

A SÚMULA

A confirmação do 3 a 0 aconteceu após a divulgação da súmula do árbitro Jailson Macêdo Freitas, que relata o motivo dos nove cartões vermelhos apresentados no total durante o clássico, reclamações de dirigentes dos dois clubes contra o trio de arbitragem, além de invasão de campo de dois torcedores do Vitória.
Sobre a confusão após o gol do Bahia, Jailson diz que “apesar de todo esforço da equipe de arbitragem para conter o conflito, intervindo com gestos, voz e apito, mesmo assim não foi possível, pois a confusão foi intensa. Só nos restou observar a confusão e punir os agressores. Após nos reunirmos no campo de jogo”.
Ele aponta conduta violenta como motivo das expulsões de Rhayner, Denilson e Kanu, do Vitória, sendo que, em relação ao último, observa que Vinicius, do Bahia, “precisou de atendimento médico devido às agressões sofridas", o que pode agravar sua pena em caso de julgamento pelos tribunais competentes.
O mesmo motivo foi apontado para os vermelhos mostrados a Edson, Rodrigo Becão e Lucas Fonseca. Já em relação a Vinicius, Jailson diz que a expulsão foi "por comemorar o gol da sua equipe em frente à torcida adversária fazendo gestos obscenos provocando a mesma."
O árbitro também confirma que Diego Cerri, diretor de futebol do Bahia, o abordou no intervalo, como acusou o técnico Vagner Mancini no domingo. Segundo a súmula, o cartola tricolor disse: "Jailson, no gol do Vitória a bola foi mão claramente".
O documento, porém, também traz reclamações de Erasmo Damiani, dirigente rubro-negro: "Não aceite pressão do dirigente do Bahia", disse, no retorno para a segunda etapa. Já após o final do Ba-Vi, o cartola, segundo o juiz, “invadiu o campo de jogo em direção à equipe de arbitragem proferindo as seguintes palavras: 'Você está de brincadeira, aceitou a pressão do Bahia".
Jailson afirma ainda que "após o término da partida, houve invasão de dois torcedores da equipe do Vitória no campo de jogo, sendo os mesmos contidos imediatamente pelo policiamento", o que também pode render punição. 

 Varjota Esportes - Ce.          /         MSN.

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