Um tribunal norte-americano recusou o recurso da defesa do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e do paraguaio, Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol e confirmou a condenação dos dois ex-dirigentes por envolvimento no escândalo de corrupção na FIFA. A decisão foi proferida por três juízes do Segundo Circuito de Cortes de Apelações dos Estados Unidos
No final de março, Marin havia tido a liberdade concedida pela juíza de Nova York, Pamela Chen. Ela alegou motivos humanitários, em virtude pandemia do novo coronavírus e da idade avançada do réu, de 88 anos. Com essa decisão, a pena do brasileiro diminuiu em oito meses. Vale lembrar que ele havia sido sentenciado a quatro anos de prisão.
Napout, por sua vez, de 62 anos, foi preso em 2015 e condenado a nove anos de prisão por envolvimento no escândalo do Fifagate. Ele não teve seu pedido aceito para aguardar o julgamento do recurso em prisão domiciliar e permaneceu preso. Como argumentação para a recusa dos pedidos, juiz Robert D. Sack declarou.
- Os apelantes argumentam principalmente que suas condenações por conspiração para cometer fraude eletrônico se basearam em aplicações extraterritoriais inadmissíveis. A prova apresentada ao tribunal foi suficiente para confirmar a convicção do tribunal do distrito - garantiu.
Entenda o caso
Napout, ex-presidente da Conmebol entre 2014 e 2015, e José Maria Marin, mandou na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entre 2012 e 2014. Ambos fazem parte de um grupo de dirigentes do futebol presos em 2015 na Suíça a pedido da justiça americana por corrupção.
O processo é conhecido como Fifagate e levou à queda do presidente da entidade, Joseph Blatter. O escândalo revelou um esquema de subornos milionários pagos por empresas de marketing esportivo a dirigentes em troca dos direitos de transmissão e de promoção dos torneios continentais, entre eles a Copa América e a Copa Libertadores.
Com isso, diante da justiça americana, Napout se declarou inocente da acusação de ter recebido milhões de dólares em subornos de empresas esportivas em troca de contratos, mas foi considerado culpado por um juri popular dois anos após sua prisão.
Além do escândalo na Fifa, o governo norte-americano acusou 45 pessoas e várias empresas esportivas de mais de 90 crimes e de pagar ou aceitar mais de 200 milhões de dólares em propina. Até o momento, dos 45 acusados, cinco já faleceram, 26 se declararam culpados e seis já foram sentenciados.
Entre eles estão os ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, que também foram denunciados pela justiça americana pelo recebimento de propina. No entanto, o Brasil, por lei, não extradita seus cidadãos, e eles seguem soltos.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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