Dia após dia, fica clara a dimensão dos problemas da McLaren durante a pandemia do coronavírus. A marca britânica, que já demitiu mais de mil funcionários e passou a considerar venda de ações, segue em busca de formas para aliviar as contas. A nova manobra é uma segunda tentativa de conseguir empréstimo, agora alegando que a situação é de caráter “urgente” e que precisa de recursos no máximo até 17 de julho.
A McLaren precisa de £280 milhões [R$ 1,8 bilhão], mas com um porém: existe uma briga nos bastidores. De acordo com a BBC, um grupo de credores da marca britânica tenta impedir a busca pelo empréstimo. Os britânicos reagiram com um documento que detalha “dificuldades financeiras severas e inesperadas”, servindo como argumento para assegurar a entrada de dinheiro.
“[A pandemia] afetou seriamente a entrada de dinheiro no grupo [McLaren]”, explicou o documento. “A dimensão e o impacto ficaram rapidamente aparentes para a equipe administrativa, assim como um efeito negativo enorme sobre a habilidade de fazer negócios”, seguiu.
“O começo da temporada da F1 foi adiado, concessionárias estão fechadas, fornecedores interromperam negócios, produção foi suspensa, encomendas de consumidores caíram, dinheiro de patrocínio caiu e custos de saúde e de segurança cresceram”, destacou.
A busca da McLaren por um empréstimo junto ao governo britânico começou ainda em abril. Na ocasião, o pedido de £150 milhões [R$ 982 milhões] foi rejeitado. A alegação foi de que, apesar das dificuldades financeiras, a escuderia não atendia os pré-requisitos necessários para receber o suporte.
A situação da McLaren é particularmente difícil. É que a escuderia, ao contrário de outras do pelotão intermediário da F1, tem também uma divisão de carros esportivos. Esta, por sua vez, enfrenta dificuldades óbvias: o setor praticamente parou durante a pandemia. Não por acaso, a maioria das demissões da montadora foram no setor de bólidos de rua, e não no de automobilismo.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário