Renê Simões, ex-técnico da seleção feminina de futebol e que já passou por clubes como Botafogo, Fluminense, Ponte Preta, Bahia e Atlético Goianiense, defendeu a volta do futebol, mesmo com os casos de covid-19 ainda se espalhando pelo Brasil. Para justificar a posição, o experiente treinador afirmou que é necessário avaliar um 'fator social' com as pessoas 'enlouquecendo' em casa, e citou ter conhecimento de casos de maridos batendo nas esposas durante entrevista à Rádio Central de Campinas. O próprio Renê já teve coronavírus e conseguiu se recuperar.
"Vamos discutir o futebol como fator social para ajudar as pessoas que estão em casa enlouquecendo. Eu tenho amigos aqui que já se separaram, outros já bateram na mulher, outros batem nos filhos, estão enlouquecendo. Então se colocar futebol, pode ser que ajude em alguma coisa", declarou Renê, sem dar maiores detalhes sobre os casos de violência doméstica.
Para Renê, mesmo com a volta do futebol, as coisas não serão normais. "Ah, mas falam que o futebol voltando vai indicar que a situação está normal. Como está normal? Não tem torcida, os gandulas higienizando a bola, isso não é normalidade, agora isso vai fazer um bem muito grande para as pessoas que estão em casa. O fator social de alguém que está em casa e não está com a cabeça pensando só no vírus, está pensando no jogo, interagindo com outro", disse o técnico, que também já treinou as seleções da Jamaica e da Costa Rica.
Renê ainda comentou que a condição física dos atletas impediria que, em caso de contaminação, a situação se agravasse. "Nós já tivemos mais de 100 jogadores brasileiros com covid-19. Nenhum deles foi internado, nenhum deles foi entubado. No mundo todo, só conheço um caso que fugiu da regra, que foi o Dybala da Juventus que foi testado positivo, 14 dias depois positivo de novo, mais 14 dias positivo de novo, mas resolveu tudo. Eu não tenho um caso de jogador que tenha sido internado, entubado, e porque, porque são pessoas extremamente saudáveis, e esse vírus não é para as pessoas saudáveis, esse vírus quer as pessoas que tenham alguma deficiência, que os jogadores não tem", opinou.
No exterior, o medo da volta do futebol acontecer cedo demais, antes da pandemia ser controlada, envolveu o temor de que os atletas pudessem transmitir covid-19 para familiares do grupo de risco ou outros funcionários dos clubes em que trabalham. Alguns jogadores com condições cardíacas, como Kanté, do Chelsea, também demonstraram medo de serem infectados e os casos acabarem se complicando.
No Brasil, o único torneio que já retornou foi o Campeonato Carioca, enquanto outros torneios estaduais ainda não tem datas definidas para voltarem a ser disputados. Já os dias 8 e 9 de agosto estão previstos como possíveis datas para o início do Campeonato Brasileiro.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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