O desejo de se desafiar marca Carlos Alberto Dias. Convidado do "De Casa Com o LANCE!" nesta segunda-feira, o treinador do Atlético Gloriense, clube da Série A2 do Campeonato Sergipano, recordou como foram seus primeiros passos nos gramados.
-- Eu sou de Brasília e fui para o Matsubara (clube do interior do Paraná) quando tinha 13, 14 anos. Minha família também era humilde e, quando tinha férias e ia para casa, saía de Cambará e pegava o ônibus. De lá, saía para Ribeirão Preto e pegava outro ônibus para Brasília. Dormia na praça, ficava rodando na rodoviária... Foram três anos nessa batalha de início até que fui para o futebol japonês - e recordou:
- Aí depois de dois anos no Fujita, eu disse para o dono do meu passe: "quero voltar para o Brasil, quero voos mais altos e vou tentar". Quase fui para o Athletico-PR, mas o negócio não foi para frente e acabei indo para o Coritiba. Sou muito grato ao Coritiba pelo período que fiquei lá - completou.
Herói do gol do título carioca do Botafogo em 1990, Dias não esconde a relevância daquela conquista sobre o Vasco.
- Foi o gol mais importante que fiz no Maracanã - afirmou.
O ex-meia, que foi campeão carioca em 1992 e 1993 pelo Cruz-Maltino, também contou como era no dia a dia como atleta.
- Eu me cobrava muito, a cada passe errado, em lance errado, reclamava comigo mesmo. Nos grandes clubes que joguei, no futebol japonês, sempre procurei fazer meu melhor. Passo isso para os jogadores. Independentemente de onde estejam, façam o melhor deles - disse.
Dias detalhou como é lidar com elenco que tem menos visibilidade.
- Passo que para eles terem um conforto maior, precisam ralar. Por mais que eles digam com lamento: "estou aqui hoje, ninguém está me vendo". Têm de saber que alguém está vendo sim... São Jogadores humildes, mas com qualidade. Se você for ver, tem muito jogador bom por aí - declarou.
Uma publicação compartilhada por LANCE! (@diariolance) em 28 de Set, 2020 às 3:16 PDT
O treinador contou como lida ao abordar para os atletas com quem trabalha suas lembranças em campo.
- Não gosto de ficar dando meu exemplo, mas eles buscam via Internet. Aí perguntam, passo algumas situações... - e destacou:
- O exemplo maior é o Cristiano Ronaldo. Passou por grandes clubes, tem grandes conquistas, mas não senta em uma zona de conforto. Com uma gestão de pessoas, é preciso agregar ao máximo, fazer o grupo jogar. Em cada minuto no seu trabalho, o jogador tem de dar o seu melhor - completou.
Carlos Alberto Dias também apontou o cenário que tem encontrado nos clubes que comandou. Em seu currículo, há trabalhos no Castanhal-PA, Bacabal-MA, Paragominas-PA, Freipaulistano-SE e Gama-DF.
- O Castanhal tem um centro de treinamento bacana, o Paragominas conta com um estádio ótimo, o Gama, além do respaldo de já ter disputado Série A, conta com uma boa estrutura, o Freipaulistano faz um trabalho legal. O que pesa é a saúde financeira, os patrocinadores. Falta um investimento maior nesses clubes - e, em seguida, mostrou sua expectativa pelo novo trabalho:
- Os clubes nos quais trabalhei pensam em um patamar maior, têm uma boa logística. É igual a este momento do Atlético Gloriense, que tem uma estrutura de trabalho e almeja crescer com o clube. Estou confiante de realizar uma boa caminhada nesta Série A2 - complementou.
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