O Palmeiras enfrenta o Santos, na quinta-feira (24), às 15h, no Allianz Parque, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro Feminino A1. Será a primeira vez que o time feminino do Palmeiras entrará em campo no “novo” estádio do clube.
O que pouca gente sabe é que foi a equipe feminina do Palmeiras que disputou a última partida oficial do antigo Palestra Italia, em 2010, antes da reforma que transformaria o estádio no atual Allianz Parque.
A esmagadora maioria dos torcedores acredita que o último jogo oficial do Verdão em sua antiga casa se deu na vitória por 4 a 2 sobre o Grêmio, pelo Brasileirão, no dia 22 de maio de 2010. As palestrinas, entretanto, entraram naquele mesmo campo apenas oito dias depois, para enfrentar o Juventus, pelo Paulistão Feminino.
O time masculino ainda faria a despedida definitiva do Palestra Italia, em amistoso contra o Boca Juniors, disputado no dia 9 de julho daquele mesmo ano. A partida festiva, todavia, não entra para os registros de compromissos oficiais.
Na época, a equipe costumava mandar os jogos no próprio Palestra Italia, porém – a exemplo do extinto Palmeiras B – as partidas não eram abertas ao público. Podiam comparecer apenas sócios do clube e familiares das jogadoras.
Embora por motivos completamente diferentes, quando o time feminino do Palmeiras finalmente voltará a entrar em campo para uma partida oficial no estádio do clube, dez anos depois os portões estarão fechados novamente.
Assim como o time de 2020 possui a parceria com o município de Vinhedo, a equipe de 2010 foi formada em colaboração com o Clube Atlético Indiano, sob a gestão de Ademar Júnior, técnico da Seleção Brasileira em 1995. O Verdão promoveu uma peneira e estruturou a equipe com jogadoras jovens e promissoras. Posteriormente, algumas chegaram a defender a Seleção Brasileira, inclusive.
O time era formado por diversos nomes conhecidos do público que acompanha a modalidade de perto: Paula, Monique, Moniquinha, Cris, Angélica, Ari, Black, Nataly, Nalian, Juliana, Carol, Gabi, Patricia Llanos e Fernandinha eram alguns dos destaques.
Contudo, se atualmente o Palmeiras Feminino apresenta bons resultados, na década passada o mau desempenho resultou em eliminação precoce no Paulistão e afastou as chances de obtenção de um patrocínio. Sem recursos financeiros, a equipe acabou sendo desmontada.
Diante do Juventus, na ocasião da despedida oficial do antigo Palestra Italia, no dia 30 de junho de 2010, o Palmeiras Feminino acabou derrotado por 2 a 0. A equipe era comandada pelo técnico Marcelo Frigério.
– O time de 2010 foi um projeto esperando chegar um patrocinador para montarmos um time com a grandeza do Palmeiras. O patrocínio não chegou, então fizemos peneiras e montamos um time com a maioria jovem. Era um time para revelar novos talentos, acabamos tendo esse foco – conta o ex-treinador.
Marcelo Frigério também está marcado na história do Palmeiras por outros feitos: é o técnico com mais passagens pela equipe (quatro) e foi o comandante do único título paulista do Palmeiras, em 2001. Ele ainda possui um vice-campeonato paulista e um vice da Taça São Paulo.
O ex-técnico também afirmou que voltaria a trabalhar no Palmeiras, caso a oportunidade aparecesse.
– Eu me sinto honrado por estar na história do clube – finalizou.
Boa filha a casa torna
Com apenas 14 anos em 2010, a atacante Mônica Bitencourt chegava para integrar o time feminino do Palmeiras. Curiosamente, a atleta seria contratada novamente pelo Verdão quase uma década depois, em 2019.
No final do ano, ela foi para o Corinthians e atuou em somente duas partidas, retornando mais uma vez para o Palmeiras no começo de 2020. A atleta foi apresentada como parte dos reforços do elenco alviverde para a temporada, em treino aberto no Allianz Parque.
Contudo, por conta de uma lesão no joelho, ela não estará à disposição para a partida diante do Santos. Tendo em vista os protocolos de segurança relacionados à pandemia, ela não poderá sequer estar presente no Allianz Parque para o jogo.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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