Técnico do Nacional-AM se emociona antes de partida decisiva na Série D Naça recebe, neste domingo, em Manaus, o Salgueiro-PE pelas oitavas de final. 'O choro não foi um desabafo, mas algo meu', disse Léo Goiano


Há um mês e seis dias no comando do Nacional, e prestes a fazer um de seus principais jogos desde quando assumiu o comando azulino, o confronto de volta das oitavas de final da Série D, neste domingo, contra o Salgueiro, em Manaus, o técnico Léo Goiano surpreendeu os jornalistas durante entrevista coletiva, na sexta-feira (6), no CT Barbosa Filho, na Zona Leste de Manaus, e simplesmente 'caiu no choro' após ser questionado sobre a forma defensiva de atuar da sua equipe.
Na ocasião, o treinador disse que se sente privilegiado em defender a camisa do Nacional em um momento importante, o ano do centenário. E quando começou a falar que tem trabalhado muito, 'varado' noites para vencer, não conseguiu mais falar, emocionado. Pediu desculpas e saiu chorando da entrevista. (veja o vídeo acima)

Após a coletiva, Léo Goiano explicou ao GLOBOESPORTE.COM/AM que o acontecimento não se trata de um fato isolado, mas sim de algo que ele leva consigo.
Tenho me dedicado além do limite e muitos não reconhecem isso. Porém, faz parte. E eu estou preparado para isso. O que me resta é trabalhar e trabalhar muito mais"
Léo Goiano
- O choro não foi um desabafo, mas algo meu. É algo que eu vou carregar comigo e que eu vou carregar dentro de mim. É como eu já falei. Tenho me dedicado além do limite e muitos não reconhecem isso. Porém, faz parte. E eu estou preparado para isso. O que me resta é trabalhar e trabalhar muito mais. E tudo o que está acontecendo eu quero guardar pra mim - disse o técnico, ao lembrar que já viveu situações semelhantes em outros times.

- Já vivi situações parecidas como a que estou vivendo aqui no Nacional, principalmente quando você é treinador. Vários momentos você trabalha muito, mas o que condiciona é o resultado. E eu tenho certeza que se a gente vencer a partida contra o Salgueiro, as coisas ficarão 'mil maravilhas' - completou.
Léo Goiano explicou que o momento é de estresse e voltou a destacar a importância do grupo e o empenho do mesmo na briga por uma vaga na Série C. De acordo com ele, mais importante que o talento é o atleta 'transpirar' ambição e se entregar na luta pelo objetivo.

- Eu vim pra cá num momento delicado. Vim num momento de urgência. Não tive tempo pra fazer teste. Não tive tempo pra fazer combinações com os atletas. E consegui fazer muita coisa, mas muitos não veem isso. Porque o resultado no futebol é assim: quando você ganha você é tudo, e quando você perde você não presta. E, aqui no Nacional, mesmo você ganhando, eu acredito que muitos me consideram como um bandido - explicou.
Léo Goiano tem a missão de levar o Nacional à Série C do Brasileirão (Foto: Frank Cunha)
Apesar da pressão, o treinador que comandou cinco jogos do Nacional e conseguiu três vitórias, uma derrota e um empate (0 a 0 com o Salgueiro, o primeiro jogo fora a não levar gols), espera que um dia seja reconhecido pelo trabalho que realiza no Nacional.
- Tenho consciência de tudo que está sendo feito, da forma que estar sendo feito. E espero ser coroado e, um dia, poder ser lembrado com carinho de que fiz um trabalho, no mínimo, razoável aqui no Nacional - completou, que comandou o Leão da Vila Municipal em 2012 e foi campeão do primeiro turno do Estadual, na época.
Léo Goiano comanda o Nacional neste domingo diante do Salgueiro, pelo jogo de volta das oitavas de final da Série D. A partida ocorre, às 16h (17h de Brasília), no estádio Roberto Simonsen (Sesi), na Zona Leste de Manaus. Para chegar à próxima fase, o Naça precisa de uma vitória simples. Caso o placar termine sem gols, a decisão será nos pênaltis (pois o primeiro jogo ficou em 0 a 0). Qualquer outro empate, a vaga fica com o Salgueiro. 

 Varjota   Esportes - Ce.        /          Globoesporte

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