Em 2007, Clayton iniciou a sua trajetória no Figueirense. E, em 2015, ela deve ter um fim. Ao que tudo indica, o atacante de 19 anos, revelação da base alvinegra, deixará o clube de Florianópolis ao término da temporada. O artilheiro da equipe de Florianópolis no ano, com 14 gols, está na alça de mira de grandes do futebol brasileiro e também é desejado por equipe de Europa.
Especulações, propostas e sondagens tornam a rotina do empresário de Clayton, Jorge Machado, um tanto intensa. Inter,Corinthians e Cruzeiro são os clubes brasileiros que já manifestaram interesse no atacante alvinegro. Porém, foi na última quarta-feira que um novo destino se abriu de uma forma mais concreta para Clayton, que havia deixado escapar a possibilidade de deixar o clube catarinense ao fim da temporada.
Wilfredo Brillinger, presidente, e Cleber Giglio, superintendente de esportes do Figueirense, vestiram terno sobre as habituais camisas sociais. A noite de quarta era diferente. Não era apenas mais um importante jogo na luta contra o rebaixamento no Brasileirão, mas sim um encontro de negócios. Em um camarote do Orlando Scarpelli, o dirigente do clube russo, Spartak Moscou, Dmitriy Popov, estava acompanhado do empresário gaúcho Jorge Machado, o responsável por administrar a carreira do atacante. Em uma noite de vitória e dois gols do camisa 7 do Figueira, a comitiva, que contava com mais três pessoas ligadas ao time europeu, gostou do que viu. Tanto que, durante as conversas, solicitou a prioridade na compra dos direitos do atacante.
Dmitriy Popov esteve no OrlandO Scarpelli
(Foto: Reprodução / Site Spartak Moscou)
(Foto: Reprodução / Site Spartak Moscou)
O fato é que as chances de Clayton ficar no Figueirense para a temporada 2016 são mínimas. Fontes ligadas ao atacante já falam em “saudade” da capital catarinense por conta da despedida. Até o momento, a proposta russa é a que mais balançou os dirigentes alvinegros e também o staff do jogador. Os valores, apesar de não terem sido revelados, cumpriram todas as exigências impostas pela diretoria. Entretanto, há um fator que pode dificultar uma possível ida para a Rússia.
Apesar de ser financeiramente rentável, o futebol russo, dentro da Europa, não é dos mais observados e badalados. Além do mais, há um temor de Clayton sofrer com a adaptação no país de inverno rigoroso. Porém, o fato da Rússia ser a sede da próxima Copa do Mundo traz a esperança de que o futebol local será melhor avaliado e atrairá atenção com a proximidade do mundial.
Nos bastidores do estádio Orlando Scarpelli, há a certeza do adeus da joia alvinegra no final do ano. E, no discurso oficial do presidente Wilfredo Brillinger, apesar das negociações estarem em curso, o martelo só será batido ao término do Brasileirão, para evitar desgastes e que o jovem jogador perca o foco em campo, onde o Alvinegro luta para permanecer na Série A.
Clayton tem contrato até o final de 2017 e está em constante evolução desde que chegou ao clube, em 2007. Artilheiro do clube na temporada e um dos destaques da seleção brasileira durante o Pan-Americano, em Toronto, o jovem atleta é visto como uma importante moeda para o Figueirense. Por isso, a diretoria tem estado aberta a ouvir as propostas.
Apesar dos valores serem alto pela revelação, o Figueirense ficará com apenas 10%, pois este é o percentual destinado ao clube. O restante, 90%, é dividido entre o pai do jogador, o empresário Jorge Machado e mais três investidores.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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