O empresário brasileiro José Hawilla, dono da Traffic (empresa de marketing esportivo) e réu confesso no processo sobre corrupção no futebol que corre na Justiça americana, afirmou a um juiz nos Estados Unidos que, apesar de saber ser errado pagar propina, adota essa prática pelo menos desde 1991. No documento, liberado nesta quinta-feira pela Justiça americana, Hawilla concorda em se declarar culpado de quatro acusações e afirma ter pago propina por contratos de direitos sobre Copa América, Copa Ouro, Copa do Brasil, e até por patrocínios da seleção brasileira.
Parte da transcrição do documento é bloqueada, especialmente trechos partes sensíveis à investigação que ainda está em andamento e pode, como já anunciou a Procuradoria americana, atingir outros dirigentes. Um desses trechos é o nome da empresa mencionado por Hawilla ao mencionar propina para fechar contrato de patrocínio da seleção brasileira. Na década de 90, a Traffic foi a responsável pelo acordo de patrocínio e fornecimento de material esportiva da Nike, que mantém contrato com a CBF até 2018.
Confira trechos do depoimento de Hawilla:
"Aproximadamente em 1991, quando eu fui renovar um contrato para um desses eventos, a Copa América, um dirigente associado à Fifa, a agência encarregada do futebol mundial, e à sua confederação, a Conmebol. Ele me pediu uma propina para assinar o contrato. Eu precisava daquele contrato, pois já havia assumido compromissos futuros. E, mesmo que não quisesse, eu concordei em pagar propina para aquele dirigente.
Depois disso e até 2013, outros dirigentes de futebol vieram a mim e aqueles com os quais eu me associei em negócios exigiam propinas para assinar ou renovar contratos. Eu concordei com pagamentos de suborno em sigilo que seriam feitos a esses dirigentes de futebol por contratos de direitos de marketing para vários torneios e outros direitos associados ao futebol.
Eu concordei em pagar subornos por contratos da Copa América, Copa Ouro, Copa do Brasil, e pelo patrocínio da seleção brasileira. Eu usei instituições financeiras dos EUA e facilidades de transação bancária digital nos EUA para pagamento de algumas dessas propinas, bem como para pagamentos legítimos correspondentes a esses direitos".
Consultado, o advogado de José Hawilla, José Luís de Oliveira Lima, afirmou:
- Não há nenhuma novidade nos documentos divulgados hoje. J. Hawilla contribuiu com as investigações e está sempre à disposição da justiça para qualquer esclarecimento.
Parte da transcrição do documento é bloqueada, especialmente trechos partes sensíveis à investigação que ainda está em andamento e pode, como já anunciou a Procuradoria americana, atingir outros dirigentes. Um desses trechos é o nome da empresa mencionado por Hawilla ao mencionar propina para fechar contrato de patrocínio da seleção brasileira. Na década de 90, a Traffic foi a responsável pelo acordo de patrocínio e fornecimento de material esportiva da Nike, que mantém contrato com a CBF até 2018.
Confira trechos do depoimento de Hawilla:
"Aproximadamente em 1991, quando eu fui renovar um contrato para um desses eventos, a Copa América, um dirigente associado à Fifa, a agência encarregada do futebol mundial, e à sua confederação, a Conmebol. Ele me pediu uma propina para assinar o contrato. Eu precisava daquele contrato, pois já havia assumido compromissos futuros. E, mesmo que não quisesse, eu concordei em pagar propina para aquele dirigente.
Depois disso e até 2013, outros dirigentes de futebol vieram a mim e aqueles com os quais eu me associei em negócios exigiam propinas para assinar ou renovar contratos. Eu concordei com pagamentos de suborno em sigilo que seriam feitos a esses dirigentes de futebol por contratos de direitos de marketing para vários torneios e outros direitos associados ao futebol.
Eu concordei em pagar subornos por contratos da Copa América, Copa Ouro, Copa do Brasil, e pelo patrocínio da seleção brasileira. Eu usei instituições financeiras dos EUA e facilidades de transação bancária digital nos EUA para pagamento de algumas dessas propinas, bem como para pagamentos legítimos correspondentes a esses direitos".
Consultado, o advogado de José Hawilla, José Luís de Oliveira Lima, afirmou:
- Não há nenhuma novidade nos documentos divulgados hoje. J. Hawilla contribuiu com as investigações e está sempre à disposição da justiça para qualquer esclarecimento.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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